Bélgica/UE
reforça apelos internacionais e pede conclusão de negociações sobre cessar-fogo
na Faixa de Gaza
Bissau, 09 Ago 24 (ANG) - A União Europeia juntou-se hoje ao
apelo dos Estados Unidos, do Egito e do Qatar para a conclusão de um acordo de
cessar-fogo na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo
islamita palestiniano Hamas.
“A União Europeia (UE)
está com o Egito, Qatar e Estados Unidos da América no apelo para a conclusão,
sem demoras, do acordo para um cessar-fogo e libertação de reféns”, escreveu o
Alto-Representante cessante para os Negócios Estrangeiros e Política de
Segurança, Josep Borrell, na rede social X (antigo Twitter).
Os 27 países do bloco
comunitário “reiteram o apoio total para a mediação que acabe com este ciclo de
sofrimento insuportável”, acrescentou Josep Borrell.
“O acordo vai abrir
caminho para uma diminuição das tensões na região”, completou.
As declarações de
Borrell surgem depois dos Estados Unidos, Egito e Qatar terem exigido na
quinta-feira que Israel e o Hamas fechem definitivamente um acordo de
cessar-fogo em Gaza, numa reunião marcada para 15 de agosto, com o objetivo de
o implementar sem mais demoras.
“Pedimos a ambos os
lados que retomem as discussões urgentes na quinta-feira, 15 de agosto, em Doha
ou no Cairo, para colmatar todas as lacunas restantes e iniciar a implementação
do acordo sem mais demoras”, realçaram os três mediadores, numa declaração
conjunta.
A nota, assinada pelo
Presidente norte-americano, Joe Biden, pelo homólogo egípcio, Abdel Fattah
al-Sisi, e o emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, sublinhou ainda que “é
tempo de proporcionar alívio imediato tanto ao povo sofredor de Gaza como aos
reféns sofredores e às suas famílias”.
Em reação ao comunicado,
o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiantou que uma
delegação israelita vai viajar na próxima quinta-feira para se reunir com os
mediadores, com o objetivo de chegar a acordo sobre os detalhes finais do
acordo de cessar-fogo.
A guerra em curso entre
Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo
islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou
cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades
israelitas.
Após o ataque do Hamas,
Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já
provocou quase 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário,
desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
ANG/Lusa
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