tália/Um milhão protesta em Itália em greve geral a favor de flotilha
Bissau, 03 Out 25 (ANG) - Cerca de um milhão de
pessoas participaram hoje em protestos em várias cidades italianas, no âmbito
da greve geral convocada em solidariedade com a Flotilha Global Sumud.
De acordo com o jornal italiano La
Repubblica, a paralisação afetou sobretudo os transportes públicos em centros
urbanos como Roma e Milão, enquanto centenas de manifestações ocorreram em
dezenas de cidades italianas.
A Confederação Geral Italiana do
Trabalho (CGIL) - principal sindicato do país e organizador da iniciativa -
disse tratar-se de uma "resposta direta à interceção da flotilha" por
Israel e acusou as autoridades italianas de terem "abandonado
trabalhadores italianos em águas internacionais".
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, criticou esta mobilização,
alegando que a greve provocou "inúmeros inconvenientes" para os
cidadãos.
A chefe de Governo ironizou ainda com a escolha da data, afirmando que
"o fim de semana prolongado e a revolução não andam de mãos dadas".
Itália já tinha registado uma paralisação semelhante em 22 de setembro,
também em apoio da causa palestiniana, mas então apenas organizada pela União
dos Sindicatos de Base (USB), com menor adesão.
As forças israelitas intercetaram na noite de quarta-feira para
quinta-feira a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se
dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os
participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de
Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte
e Diogo Chaves.
Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11
tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos,
Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros - os
organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443
participantes da missão humanitária. ANG/Lusa

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