Secretário-geral
confirma paralisação de três dias com início terça-feira
Bissau, 06 Mai 19 (ANG) – O Secretário-geral da União
Nacional dos Trabalhadores da Guine (ANG),afirmou domingo que a paralisação
convocada para esta semana terá lugar na data prevista os seja nos dias 7,8 e 9 do mês em curso .
Júlio Mendonça numa entrevista ao programa “Regiões ku si nobas” da Rádio
Bombolom FM disse que, infelizmente, vão ser obrigados a paralisar a Função
Pública por falta de vontade dos actuais governantes de se sentar numa mesa para conversar.
“Depois de varias tentativas para tentar sanear o problema
com o Governo, nada surtiu efeito. O mais caricato de tudo é que hoje não há salários os funcionários passaram a
páscoa e o Primeiro de Maio sem dinheiro .Tendo em conta a conjuntura de país parece
que o sofrimento dos trabalhadores esta para piorar cada vez mais “,lamentou.
Mendonça frisou que não vale a pena as pessoas se
sacrificarem trabalhando e não recebem o que têm direito, e que esse facto
é umas das razões fundamentaisl da
paralisação que se inicia terça-feira.
Questionado sobre as declarações do Governo em como
resolveu muitas reivindicações dos trabalhadores: caso do aumento ou reajuste
salarial apesar de ter pouco tempo em funções, o Secretário-geral da UNTG disse
que só quem é menos atento ou quer tapar o céu com a mão é que vai cair na
justificação do executivo e do Primeiro-ministro em particular.
Mendonça frisou que o dito reajusto foi mal feito, uma vez
que o governo só o fez numa parte deixando a outra sem nada .
Mendonça acrescentou que é verdade que o reajuste tem o
suporte legal ou não foi feita pela vontade de uma pessoa, mas sim depois de
muita pressão acompanhada de um decreto numero 01/2017 de 21 de Janeiro que
impõe obrigatoriedade de ter uma nova grelha salarial na Função Publica.
“O processo em causa foi trabalhada mal ou foi feito a
maneira deles no Ministério das Finanças. Fizeram o reajusto como fizeram e
mesmo com isso não o fizeram no total ou como devia ser feito, contudo não
acabou de ser cumprida ou seja mesmo depois do reajusto parcial tivemos um
acordo onde prometeram cumprir a aplicação do decreto que mostra que qualquer
aumento salarial na Função Publica deve abranger os pensionistas, o que não é o
caso”, disse.
O Secretário-geral da maior central sindical guineense
salientou que para conseguir alguma coisa é preciso fazer a luta e exigir o
respeito pela legalidade, dignificação dos trabalhadores guineenses, e que,por
isso, fez um apelo ao não conformismo, “uma vez que as migalhas que os políticos
dão a uma certa franja da sociedade não chega para sustentar a família”.
Disse que caso
contrario vai-se continuar no mesmo sistema ou seja de bloqueio total mesmo
depois das eleições e que são os políticos que ganham com isso.
Júlio Mendonça convidou aos trabalhadores para mudarem a
mentalidade e sairem do conformismo
partidário ,porque os filhos dos políticos não vão ao Hospital Simão Mendes
,não estudam nas escolas publicas e não se interessam com os problema dos
trabalhadores .
ANG/MSC//SG
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