Campanha de caju/Associação de Importadores e Exportadores revela que queda da colheita de cajú 2020 é superior a de ano passado
Bissau, 11 ago 20 (ANG) – O
Presidente da Associação dos Importadores e Exportadores disse que a queda na
colheita da castanha de caju este ano é de 16 à 22 por cento em relação ao mês
de agosto de 2019.
Em entrevista à Rádio Difusão Nacional (RDN) na segunda-feira, M
amadu Iero Jamanca disse que essa diferença percentual vai ter impato não só na procura da comercialização interna como no momento de repatriamento da divisa.Acrescentou que a
mobilização de divisa é muito importante para o país, nomeadamente para o Tesouro,
através da comercialização de caju.
“Acreditamos que ainda temos alguma quantidade residual em
alguns armazéns nas regiões à espera do transporte. Qualquer coisa como 80 à 90
mil toneladas. Portanto, vamos ter este ano uma queda não da produção mas da
colheita”, explicou Jamanca, acrescentando que estão a viver um autêntico
dilema de como é que irão fazer face esta situação logo após o fecho da
campanha de comercialização.
Disse que a maioria da
castanha de caju na colheita deste ano está com os exportadores, e que outra parte pode ficar nas mãos dos
agricultores ou intermediários, que, eventualmente, estão a espera do melhor
preço em função da experiência de cada um.
Aquele responsável informou
que devido a pandemia do novo coronavírus os vietnamitas não podem vir ao país,
frisando que, apenas os enviados dos
processadores vieram ao país.
Disse que a exportação vai ser através de correspondências
fornecidas pelas medias, isto é, os contratos vão ser feitos à distância, a
exportação e envios dos documentos também através dos meios que existem.
Jamanca disse que desafiaram
o governo e seus parceiros de desenvolvimento a nacionalizarem a campanha de
caju deste ano, com apresentação de proposta concretas, e que, infelizmente, o
pedido não foi ouvido nem acompanhado.
“Dissemos que este ano, em
função da situação que existe doa covid-19, o governo podia tomar a iniciativa
e servir diretamente da retaguarda dos exportadores para mobilizar fundos. E
quando dissemos que o caju é petróleo da Guiné-Bissau nós não sabemos como é
que as instituições estatais vivem esta importância de caju na economia”,
frisou.
Iero Jamanca referiu que
atualmente, em Bissau, há uma melhoria significativa na qualidade dos armazéns
com capacidade de armazenagem a curto e médio prazo.
Em relação ao fundo
desbloqueado pelo governo para financiar a campanha de comercialização este
ano, Jamanca reconheceu o gesto, sustentando que era preciso na mesma altura se
fazer mais para fazer face as exigências e os desafios da altura.
Para Jamanca o referido fundo não ajudou em nada, e criticou a forma como foi executado. Disse que o próprio governo reconheceu que houve um lapso, tendo prometido fazer as contas no fim.ANG/DMG/ÂC//SG
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