sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

C.Social /Sinjotecs vai promover campanhas de sensibilização de alunos para o Jornalismo

Bissau, 11 Dez 20 (ANG) – O Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs) vai promover nas escolas do país campanhas de sensibilização de  alunos para se interessarem à profissão de jornalista.

O anúncio foi feito esta sexta-feira por Diamantino Lopes, Secretário-geral do Sinjotecs, em entrevista à Agência de Notícias da Guiné(ANG).

Diamantino Domingos Lopes adiantou que a referida campanha de  sensibilização que decorre sob o lema “Porque sou jornalista”, se enquadra não só no programa do SINJOTECS como também da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), e visa recrutar os jovens para a profissão.

Para que isso acontece, de acordo com Diamantino Lopes, vai ser levado a cabo ações de informações  para que as pessoas possam saber o que é o jornalismo e também educá-las para aderirem a profissão.

“O lema da  direção do SINJOTECS, aquando da apresentação do manifesto no congresso, foi “Com um salário justo e um jornalismo responsável”, e associado à isso, há vários caminhos que é necessário trilhar para chegar a esse objetivo. Mas também tínhamos o objetivo de promover, expandir, e mobilizar a juventude para aderir a profissão e estimular os que já estão a exercer”, explicou.

Para Diamantino nem sempre  os jornalistas soubem honrar devidamente a profissão.

Segundo o SG do Sinjotecs, numa análise empírica sobre o actual contexto laboral  entre os colegas da classe constatou-se  a desilusão de alguns jornalistas inconformados com a forma como o jornalismo está a ser exercido.

“Se entre nós há esse sentimento, imagino que para os telespetadores, ouvintes ou leitores, e para sociedade em geral também há essa inquietação, e isso leva  descrédito à profissão”, sustentou.

Para corrigir o que está a ser feito mal no exercício da profissão , Diamantino Lopes disse que essa situação exige a participação de toda a sociedade, argumenta que  não é apenas de uma classe profissional ou de um órgão como SINJOTECS, mas que  exige, acima de tudo, a  boa fé dos profissionais da classe.

“Nós enquanto organização, numa perspetiva institucional, estamos a trabalhar para honrar a classe pelo que já produzimos e já está aprovada a Lei da Carteira Profissional. Esse é um caminho para ajudar a disciplinar o setor e contribuir para servir, cada vez mais e melhor, a sociedade. Até nesse momento o que fizemos é o apelo, não temos poder coercivo para punir quem quer que fosse”, disse Lopes.

Lopes sublinhou  que além da boa fé dos atores do setor também é necessário uma consciência sobre os seus compromissos com a sociedade, “porque a profissão é exercida para a sociedade, para a ajudar a ter uma boa capacidade critica do contexto, para melhorar a qualidade de vida.

Questionado o porquê dessa campanha só agora, Domingos Lopes disse que a profissão está a viver um momento complexo e um ambiente sócio-político muito ingrato para a atividade profissional do jornalista, tendo em conta as várias pressões que existem e muitas responsabilidades que pendem sobre o ombro dos profissionais da comunicação social.

Salientou que é necessário informar a sociedade o que é exatamente o jornalismo, justificando que alguém pode trabalhar numa rádio, televisão ou outros órgãos de comunicação social sem ser jornalista, porque existem regras e os valores que regulam o exercício da profissão.

Diamantino Domingos Lopes disse que com essa campanha pretendem incentivar os que supostamente podem estar interessados à profissão mas que desconhecem o procedimento desse campo profissional, chamando a atenção dos que já estão a exercer  para acreditarem  que o jornalismo é uma  atividade profissional séria e com um papel relevante na sociedade.

Disse que no sistema guineense está registado o gabinete de apoio e de orientação das saídas profissionais mas que não funciona, acrescentando que faz todo o sentido orientar os alunos em função das suas capacidades para saber onde ficam mais adequados.

Lopes informou que a metodologia a ser utilizada vai ser visitas as escolas falando com os alunos nas diferentes turmas e pequena palestra para partilhar as informações ao respeito dessa atividade.

Acrescentou  que perspetivam trabalhar com os três liceus da capital Bissau e um do setor de Canchungo, nomeadamente, João XXIII, Liceu Nacional Kwarme Nkruma, Samora Moisés Machel e Liceu Oching Ming.

A  campanha  tem início previsto para a próxima quinta-feira, dia 17, dependendo do financiamento para suportar essa atividade. ANG/DMG//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário