Covid-19/ “Grande desafio de 2021 é juntar 4 mil milhões para vacinas”, diz a OMS
Bissau, 31 Dez 20 (ANG) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o grande desafio no combate à pandemia da covid-19 em 2021 é juntar os quatro mil milhões de dólares que considera necessários para garantir acesso a vacinas para os países mais pobres.
Numa mensagem vídeo
divulgada hoje, o director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, apontou as vacinas
já aprovadas e as restantes candidatas em avaliação como “a grande esperança
para virar o curso da pandemia”, mas para isso é preciso “garantir que todas as
pessoas em risco em todo o Mundo sejam imunizadas”.
A iniciativa global de
partilha e acesso equitativo às vacinas promovida pela OMS, a Covax, “precisa
de mais de quatro mil milhões de dólares urgentemente para comprar vacinas para
os países de baixos e médios rendimentos”, reiterou.
“É o desafio que precisamos
de superar no novo ano”, considerou, indicando que o objectivo é garantir o
acesso a dois mil milhões de doses das várias vacinas candidatas contra o novo
coronavírus.
Ghebreysesus declarou
que há “uma escolha simples mas profunda” a fazer no próximo ano: “ignoramos as
lições de 2020 e deixamos prevalecer a insularidade, sectarismo, teorias da
conspiração e ataques à Ciência ou caminhamos juntos os últimos quilómetros
desta crise, partilhando as vacinas de forma justa?”.
“Em 2020 vimos como as
divisões políticas e entre comunidades alimentam o vírus e fomentam crises”,
lamentou.
Como vai levar tempo
para concretizar uma campanha global de vacinação em massa, será preciso
continuar a cumprir medidas de distanciamento físico, uso de máscara, etiqueta
respiratória e higiene das mãos, insistiu.
Na véspera do
aniversário do primeiro anúncio de casos de “pneumonia de origem desconhecida”
na cidade chinesa de Wuhan, que viriam a descobrir-se ser provocados pelo
SARS-CoV-2, que causa a covid-19, o director-geral da agência da ONU salientou
que foi um ano marcado por “tantas vidas perdidas e tantas perturbações nas
famílias, sociedades e economias”.
Ao mesmo tempo,
verificou-se “a resposta mais rápida e generalizada a uma emergência sanitária
global da história da Humanidade”, ressalvou.
A pandemia de covid-19
provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de
casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência
francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.751 pessoas dos 400.002 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-geral da Saúde. ANG/Inforpress/Lusa
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