Ensino/Conaiguib exige início das aulas na Universidade Amílcar Cabral e Liceu Atadamum
Bissau, 02 Dez 20 (ANG) – O
Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau
(Conaiguib),afirmou hoje estranhar o porque do não início do ano lectivo
2020\21 nas duas instituições educativas do país, nomeadamente a Universidade
Amílcar Cabral e o Liceu Atadamum, já la vão dois meses deste o início das aulas.
Bacar Darame que falava numa
conferência de imprensa sobre a situação
vigente nestas duas escolas, disse que na Universidade Amílcar Cabral (UAC),
até hoje, os resultados do segundo período do ano lectivo 2019\20 não foram
publicados, para permitir o começo de um
novo ano escolar.
Acrescenta à propósito que
não se sabe para quando a resolução
deste problema .
“Apesar de muitas
diligências da Associação Académica da instituição e a Secretaria de Estado da
Investigação Científica, e da própria Reitoria da UAC ,até a data presente não
há uma resposta concreta sobre para quando o início das aulas “,explicou.
Darame pede ao ministro da
Educação, enquanto tutela do sector para não ficar em silêncio em relação a
essa situação.
Falando do Centro Escolar
Atadamum igualmente parado há dois meses, o Presidente da Conaiguib lamentou
que, por causa de um deferendo entre a direcção da escola e os docentes, os
alunos estão a ser penalizados.
Acrescenta que o ministro da
Educação já produziu um despacho que
destitui todo o corpo directivo daquela instituição.
Segundo Darame essa medida
do ministro da Educação não foi entretanto respeitada, apesar de haver um
entendimento que permitiu com que os alunos concluissem o ano lestivo
2019/2020.
“O problema é que até hoje não há uma lista nominal
dos alunos que dá sinal de que um novo
ano lectivo vai iniciar neste ou naquele dia e já estamos no mês de Dezembro,
em que praticamente só se estuda três semanas no máximo devido as festas do
Natal e do Ano Novo”, disse.
Aquele responsável afirmou
que, o mais agravante de tudo isto é que a direcção está a tentar sancionar os
dirigentes da associação dos alunos por estes
terem estado a reclamar os seus direitos.
Bacar Darame avisou que, se a situação destas duas instituições
educativas não for resolvida vão fazer uma vigília em conjunto com as Associações
das duas entidades e não só, a frente do Ministério da Educação numa data a
indicar .
Afirmou que a razão do não
inicio das aulas nestas instituições tem
a ver, por exemplo na UAC com o não pagamento de 8 meses de salário aos
professores, que recusam entregar as
fichas de avaliações.
“É inconcebível que num Estado como da Guiné-Bissau onde uma
entidade privada consegue segurar o funcionamento das Universidades Privadas e
o Estado não o consegue fazer numa unica
Universidade pública. É lamentável”, disse .
Segundo Darame, no Centro
Escolar Atadamum a situação tem a ver com a gestão participativa ou seja os
subsídios e outras regalias dadas aos professores, bloqueada pela direcção da
escola e por não terem acesso a isso levou ao
bloqueio das aulas”.ANG/MSC/ÂC
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