Novo ano judicial /Chefe de Estado promete equipar tribunais com meios tecnológicos modernos
Bissau, 02 Fev 21 (ANG) –
O Chefe de Estado guineense prometeu esta terça-feira equipar
os tribunais com meios tecnológicos modernos e apoiar a capacitação dos seus
recursos humanos.
A promessa de Umaro Sissoco Embaló foi feita na cerimónia de abertura do ano judicial, na qual afirmou que o evento é portador de uma mensagem, que consiste na promessa de uma justiça melhor, isenta, não tendenciosa, incorrupta, velando pela proteção dos direitos fundamentais das pessoas, e o repúdio da arbitrariedade entre comunidades e o Estados.
Disse ter certeza de que não escapará a atenção dos
representantes do poder judicial o facto de a referida celebração ser também um dia de balanço.
O Presidente da República questionou
na ocasião, se a justiça esteve a altura
da sua missão, nomeadamente no fortalecimento do Estado de Direito Democrático
e as suas instituições incluindo os
actos eleitorais
Sissoco Embaló acusou o poder judicial de potenciar o risco da banalização
e fragilização do poder judicial e questiona se no decurso do ano 2020 a imagem institucional da justiça guineense, foi
devidamente protegida e
valorizada pelos seus próprios agentes e a sociedade em geral, ou foi o
contrário.
“Ainda no mesmo ano a
consciência pública foi surpreendida e atormentada por alguns acontecimentos
graves e pela avaliação de alguns observadores
que ameaçam tornar-se recorrentes, o que obrigou a sua imagem sofrer uma erosão e uma lamentável
degradação”, disse.
O Chefe de Estado referiu-se
ainda das disputas extra judiciais para
ocupações de terras para prática da agricultura, ocorrências que tiveram
lugar em duas localidades do interior do país.
Sissoco Embaló disse à
propósito que não se deve ter uma justiça que tarda a resolver um
litígio, acrescentando que, mesmo quando decide leva muito tempo a executar as sua próprias sentenças, assegurando que vai diligenciar
para que o país tenha justiça para
todos.
Pediu que se abdicasse de
uma justiça cara para benefícios dos que mais podem pagar. Felicitou a Polícia
Judiciária no combate a corrupção e crime organizado.
Aconselhou o poder judicial
a combater, efetivamente, a pequena e grande corrupção, apresentando resultados
concretos.
“O país precisa de uma
justiça que garante a segurança jurídica
encorajando assim os investimentos
estrangeiros na economia”, defendeu.ANG/JD/ÂC//SG
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