Sublevação
militar/Governo confirma 11 mortes no ataque ao palácio de
Governo
Bissau 03 Fev 22 (ANG) – O
Governo confirmou que 11 pessoas morreram entre as quais sete
militares e paramilitares e três civis no ataque ao palácio do Governo
perpetrado por um grupo de homens armados na passada terça-feira.
Em comunicado lido à
imprensa quarta-feira pelo porta voz do Governo, Fernando Vaz, as vítimas militares
são Abubacar Seco Camará, Ibraima Carlos da Silva, Dogna Sigá, os para-militares
Ibraima Sory Djaló PIR-Ministério Interior, Dequer Felipe N´Baná e Marvino
Varela ambos seguranças do presidente,
Azulinho Gomes Dayzi (Lay) dos Serviços de Informação do Estado (SIS) e
segurança do primeiro-ministro.
Entre os civis, de acordo
com Fernando Vaz, constam Mamadú Uri
Djaló (Tocora) motorista do ministro da defesa, engenheiro Hipólito Djata
secretário-geral do Ministério dos Recursos Naturais e Telma M. Djamanca e um dos atacantes, Braima Djaló, da PIR-MI.
Segundo o governo, as
autoridades foram subitamente surpreendidas
por um “ataque armado violento e bárbaro” por indivíduos à paisana e o
modo de atuação da força agressora revela claramente que o propósito do ataque
era o assassinato de todos os membros do executivo presentes no Conselho de Ministros
e a decapitação do Estado, com assassinato do Presidente da República, o que provocaria
caos político e social, em benefício de interesses incofessados.
“A robustez dos meios e
munições usados pelos agressores demonstram que o referido atentado à ordem
constitucional foi planeado com rigor, tendo contado com o financiamento de
setores com capacidade financeira para a mobilização de tal quantidade de meios
materiais, logísticos e humanos,” disse.
O executivo elogiou a reação
das forças de defesa e segurança, e diz que, “com prontidão, estoicismo e
sentido de dever constitucional republicano”, conseguiram fazer abortar o que o
executivo considera “hedionda e inaudita tentativa de assassinato coletivo dos
dirigentes do Estado da Guiné-Bissau” visando,
no imediato, provocar o caos, facilitar assim o caminho ao crime
organizado transnacional e bloquear o processo de refundação do Estado, de
reformas políticas bem como a construção, em curso, de nova imagem do país.
O governo lamentou a perda
de vidas
de jovens, sacrificadas em defesa da legalidade democrática e da ordem
constitucional e endereça as mais sentidas condolências às famílias enlutadas.
Garante que o
sacrifício consentido por esses jovens e
“valentes heróis” não será em vão, e
reafirma o controlo total da situação
em todo o território nacional, onde reinam a calma e tranquilidade.
No mesmo comunicado o Executivo
exorta aos servidores públicos e
privados a retomarem a sua vida laboral, reiterando a sua firme determinação de
prosseguir na senda de construção de um “país novo”, onde imperem a lei, a
justiça e a igualdade, para que todos os guineenses possam viver em paz,
progresso e liberdade.
Declara que vai usar todos os meios legais a sua
disposição para garantir a segurança das instituições e a tranquilidade do povo, “porque na democracia o poder político
conquista-se nas urnas”.
Um grupo de indivíduos à
paisana atacou terça-feira, o Palácio de
Governo numa altura em que decorria uma reunião Extraordinária do Conselho de
ministros sob a prediência do Chefe de estado, Umaro Sissoco Embaló.
O incidente durou cerca de cinco horas de
tempo tendo provocado várias vitimas mortais.ANG/JD/ÂC//SG
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