quinta-feira, 20 de abril de 2023

Cabo Verde/ Países da CPLP partilham experiência para combater a poluição plástica

 

Bissau, 20 Abr 23 (ANG) -Representantes de Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, ligados ao ambiente, encontram-se reunidos no Sal, num workshop, para durante dois dias partilharem experiências sobre a poluição por plásticos, e encontrar solução para a problemática.

Organizado conjuntamente com o Governo de Cabo Verde, GRID-Arendal e ICN, a iniciativa realiza-se, também, no âmbito do “Effective Capacity Building for Global Plastics Treaty in Africa” (AFRIPAC), projecto que procura identificar as necessidades de capacidade para participar nas reuniões do Comité Inter-governamental de Negociação (INC) para a proposta de Tratado sobre Poluição Plástica.

Nesta base, pretende-se com esta partilha de informações sobre a poluição por plásticos nos três países, discutir as necessidades de capacitação de cada um, para chegar ao Lixo Plástico Zero.

Para a directora nacional do Ambiente, Ethel Rodrigues, trata-se de uma oportunidade para ajudar o País a encontrar formas de minimizar o uso de plástico, principalmente os plásticos descartáveis.

Lembrando que Cabo Verde já faz um combate ao plástico logo à entrada, dispondo também de uma legislação para o efeito, a mesma fonte compreende, entretanto, que a resolução ou minimização do problema passa, sobretudo, pela mudança de mentalidade das pessoas.

“A legislação pode ser bonita, prevê uma série de condições que se implementadas, efectivamente, trariam uma vantagem enorme. Mas sem a participação, colaboração e mudança de mentalidade das pessoas sobre a forma como utilizamos o plástico… não chegaremos lá”, analisou.

Fazendo essa leitura, Ethel Rodrigues defende, por outro lado, campanhas de sensibilização e divulgação junto da população, por forma a se poder alcançar os objectivos preconizados, nesse sentido.

João Matos de Sousa, gestor sénior do programa na União Internacional da Conservação da Natureza (IUCN), que trabalha há dez anos na área dos plásticos, explicou por seu lado, que o projecto surge em Cabo Verde por se compreender que o conhecimento tem que ser utilizado para beneficiar os países.

“Uma vez que se aproxima um Tratado importantíssimo a nível internacional sobre plásticos, desenvolver capacidade dos países, de negociação, aprovação ou não deste tratado, é essencial”, sublinhou.

Conta, nesta medida, que o projecto divide-se em duas partes, isto é, primeiro ouvir os países sobre as necessidades, depois estabelecer as soluções e trabalhar no sentido de capacitá-los na tomada de decisões nesse tipo de convenções internacionais. ANG/Inforpress

 

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