segunda-feira, 17 de abril de 2023

Nova greve no ensino público /Presidente da Associação dos Alunos do Liceu Rui Barcelos pede entendimento entre Governo e os sindicatos

Bissau, 17 Abr 23 (ANG) – O Presidente da Associação dos Alunos do Liceu Dr.Rui Barcelos da Cunha pediu hoje um entendimento entre o Governo e os sindicatos, para que escolas públcas pudessem recuperar seus créditos.

Kelvin Madjido Sambú reagia em declarações à ANG sobre mais uma paralisação no ensino público nacional.

Disse  que durante os dois últimos anos não houve paragem prolongada das aulas nas escolas públicas, como acontecera nos anos anteriores em que a greve durou quase todo o ano letivo.

O Sindicato Nacional dos Professores(Sinaprof) decretou uma greve  de 05 dias ou seja entre 17 e 21 de Abril, nas escolas públicas do país, exigindo do Governo, entre outras, a conclusão do pagamento das dívidas aos professores de novos ingressos e contratados dos anos 2018/2022, a aplicação na integra do Estatuto da Carreira Docente e a colocação dos professores novos ingressos e contratados formados em diferentes escolas de formação dos professores, de acordo com as vagas e necessidades existentes.

Madjido Sambú disse que as sucessivas greves nas escolas públicas  fizeram com os pais e encarregados de educação  perdessem a confiança  nas escolas do Estado, o que, segundo Sambú, terá  levado aos  país e encarregados da educação a transferirem os seus educandos para escolas privadas.

“Nos últimos dois anos, devido a não interrupção das aulas, os alunos estavam  a voltar para  escolas públicas pouco a pouco, e se assim continuar podemos vir a recuperar o número de  estudantes que tínhamos”, disse.

Aquele responsável sublinhou que no Liceu Rui Barcelos da Cunha, se matriculava uma média de sete mil alunos, a cada ano lectivo, mas que agora não é fácil encontrar 1000 alunos.

“As escolas privadas estão a levar à melhor, o que é inaceitável num país que quer atingir objetivos nesta área fundamental para o avanço de qualquer Nação”, desabafou.

Neste liceu verificou-se  fraca presença de alunos  mas Sambú diz que não pode  confirmar se essa situação se deve  adesão à greve por parte dos professores ou se se deve ao hábito que virou uma tradição – falta de presença da maioria de alunos nos primeiros dias de retoma de aulas após férias escolares.

Luntam Sanha, aluno de 9º ano do Liceu Agostinho Neto e igualmente responsável fiscal da Associação dos Alunos da referida escola, disse que entraram só um tempo hoje, em vez dos cinco habituais e diz que  a presença dos professores e alunos é muito fraca.

Na ronda feita nas primeiras horas da manhã de hoje pelo repórter da ANG junto às escolas Kwameh Nkrumah, Agostinho Neto, Samora Moisés Machel, Rui Barcelos da Cunha e Salvador Allende constatou-se o funcionamento normal das aulas com os professores presentes dando aulas .

ANG/MSC/ÂC//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário