Portugal/Identificados
compostos que potenciam novas soluções no tratamento oncológico
Bissau, 10 Jul 23(ANG) – Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), no Porto, identificaram novos compostos capazes de inibir os mecanismos de controlo da resposta imunitária e que potenciam o desenvolvimento de novas soluções para o tratamento oncológico.
Num
artigo publicado na revista científica Internacional Journal of Molecular
Sciences, os investigadores explicam ter identificado, através de técnicas
computacionais, novos compostos capazes de inibir os ‘checkpoints’ imunitários,
“espécie de travão da resposta imunológica”, revela hoje, em comunicado, o
centro da Universidade do Porto.
Segundo
o CINTESIS, a descoberta é essencial para produzir “mais e melhores” células
dendríticas (células responsáveis pela identificação da infeção e
desenvolvimento da resposta imune) para a terapia imunológica antitumoral.
O
artigo foi publicado no âmbito do projeto DCMatters, que tem como principal
objetivo a produção de vacinas baseadas em células dendríticas de “nova
geração” que combinam inibidores de ‘checkpoint’ imunitário com a capacidade de
ajudar o sistema imunitário a reconhecer e “atacar” as células cancerígenas.
Citada
no comunicado, a investigadora Paula Videira destaca o papel “muito importante”
das células dendríticas a nível imunológico.
“Elas
orquestram a resposta imune, tanto ao ativar o sistema imunitário contra as
células tumorais, mas também ao criar uma tolerância imunológica, o que já não
é benéfico em terapia antitumoral”, refere, observando que este balanço tem de
ser “gerido muito finamente” em laboratório.
De
acordo com a especialista, estes inibidores de ‘checkpoint’ imunitário são
“muito promissores no tratamento de vários tipos de cancro, incluindo o cancro
da pele, do pulmão e da bexiga”.
Financiado
em 2,1 milhões de euros pelo programa Portugal 2020, o projeto junta
especialistas do Instituto Português de Oncologia do Porto, da NOVA School of
Science and Technology da Universidade NOVA de Lisboa e da empresa portuguesa
Stemmatters.
O
projeto vai explorar um “novo paradigma de combate ao cancro”, bem como potenciar
o desenvolvimento de “uma terceira geração de células dendríticas com maior
capacidade de indução de resposta antitumoral”.
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário