Comércio
internacional/Guerra comercial entre a China e os Estados Unidos preocupa agricultores
norte-americanos
Bissau, 12 Mar 25 (ANG) - A República
Popular da China colocou em vigor taxas
aduaneiras de 10 a 15% sobre produtos agrícolas americanos desde segunda-feira.
As autoridades chinesas respondem assim às
taxas de 20% impostas por Washington sobre os produtos chineses que entram nos
Estados Unidos.
As
represálias da China são limitadas, mas elas preocupam os agricultores
americanos, como os produtores de cereais e de soja,
que são os maiores exportadores dos Estados Unidos para a China.
Cerca
de um quarto da produção norte-americana de soja parte para a China, um mercado insubstituível para os
agricultores dos Estados Unidos.
Desde esta segunda-feira, as taxas aduaneiras atingiram os 20%, visto que as novas taxas vieram se
acrescentar às existentes. A
consequência é que a soja norte-americano é mais cara na China.
Para
Caleb Ragland,
presidente da associação americana dos produtores de soja, várias “quintas
poderão encerrar”, ele que também cultiva cerca de 1 600
hectares de soja, de milho e de trigo.
Os
agricultores estão preocupados, visto que essas taxas aduaneiras podem fazer
cair “os preços” e colocar as
finanças dos agricultores em perigo.
Caleb
Ragland recordou que,
aquando do primeiro mandato de Donald Trump, a guerra comercial teve como efeito a perda de quotas
de mercado, isto fez com que os Estados Unidos
perdessem a liderança nas exportações de cereais e de oleaginosas para a China.
Nessa altura, Pequim decidiu virar-se para o
mercado da América do Sul, tanto é que agora 70% do
soja comprado no estrangeiro pela China é proveniente do Brasil.
Recorde-se que as novas taxas aduaneiras da
China sobre os produtos entraram em vigor esta segunda-feira 10 de
Março.ANG/RFI
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