“Falta
de lealdade do PAIGC está na origem das divergências com APU-PDGB”, diz Nuno
Nabian
Bissau, 11 Nov 19 (ANG) - O
Presidente da Assembleia de Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau
(APU-PDGB), Nuno Gomes Na Biam, disse no último fim de semana que a falta da
lealdade por parte do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-verde
(PAIGC), na destruição de pastas governamentais está na origem das divergências
entre as duas formações políticas.
Nuno Gomes Na Biam fez essa afirmação
durante um debate televisivo entre os
candidatos às presidenciais e que o colocou frente a frente com o seu adversário
do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
No referido debate deviam
estar presentes quatros candidatos entre eles, António Afonso Té, Nuno Gomes na
Biam, Domingos Simões Pereira e Mutaro N’tai Djabi, mas só comparecerem os dois:
Domingos Simões Pereira e Nuno Gomes Na Biam , e os restantes dois não
comparecerem por motivo desconhecido.
“Digo que a falta de lealdade
do PAIGC no cumprimento de Acordo de Incidência Parlamentar rubricado após as
eleições legislativas de Março passado, é que motivou o desentendimento entre as duas formações
políticas.
Nuno Nabiam sublinhou que o
PAIGC não cumpriu com a sua promessa ou
seja de permitir a APU-PDGB colocar as pessoas nos Ministérios que pertencem ao
partido no actual executivo de Aristides Gomes.
A título de exemplo, Na Biam
disse que o irmão de Domingos Simões Pereira, Camilo Simões Pereira não devia
ser nomeado nas funções de Presidente do Instituto Nacional Segurança Social
(INSS) uma vez que é uma instituição que lhes pertence.
Sublinhou que o APU-PDGB está
e estará sempre disposto para dar a sua contribuição no que diz respeito ao
bem-estar e desenvolvimento da Guiné-Bissau de modo a garantir a paz e a estabilidade
política e governativa.
“Caso venho a vencer às
eleições presidenciais estarei em condições de promover a paz social, porque
terei a capacidade de dialogar com diferentes quadrantes da sociedade, ao
contrario do Simões Pereira que mesmo sendo o vencedor das presidenciais, acho
que vai fazer pior governação em comparação com o Presidente cessante José Mário
Vaz, porque não terá capacidade de dialogar e de encontrar as soluções com os
seus adversários políticos”, afirmou Nuno Na Biam.
Acrescentou que a capacidade
de diálogo e de resolução de problemas é fundamental para um governante e que
por isso, jamais deve ser ignorada,de modo a salvaguardar sempre o bem comum.
Nuno Gomes Na Biam disse que
sendo ele vencedor das eleições presidenciais a sua luta centrará em eliminar a
corrupção no país e que priorizará a capacidade intelectual na Função Pública
guineense.
Questionado pela plateia qual
será a influencia que irá utilizar junto do governo para implementar as políticas
a favor da juventude e para incentivar o equilíbrio do género na Administração Pública
guineense, respondeu que primeiramente vai lutar para que o país tenha um
sistema educativo competitivo de modo a permitir que os jovens estejam
preparados para enfrentar o futuro e que não vai ficar as mulheres de fora na
luta pelo progresso da Guiné-Bissau. ANG/AALS/ÂC//SG
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