quarta-feira, 11 de março de 2020

Saúde pública


Enda Santé valida resultados de estudos  cartográficos de usuários de drogas injectáveis

Bissau,11 Mar 20(ANG) – A ONG Enda Santé Guiné-Bissau promove hoje em Bissau, um ateliê de Restituição e Validação da Cartografia dos Usuários de Drogas Injectáveis(UDI) no quadro da implementação do Projecto de Redução de Danos em VIH/Tuberculose e outras morbidades(Pareco).

Em declarações à imprensa após a cerimónia de abertura do evento, o Director Nacional da Enda Guiné-Bissau disse que o ateliê vai permitir ao país orientar melhor a sua intervenção e estar muito mais bem informado em relação a real situação de problemática de drogas.

“Essas informações permitem ao país redefinir melhor o programar de suas intervenções, não só no domínio de saúde  como também  identificar quais são as questões em termos sociais que deve tomar em consideração face aos dados disponíveis em termos de revisão e legislação necessários”, explicou Mamadú Aliu Djaló.

Instado a falar  sobre as principais causas que levam aos jovens a consumirem drogas, aquele responsável disse que  as causas são vários, frisando que foram feitas pesquisas e entrevistas individuais e constatou-se como uma das causas a vulnerabilidade económica.

Mamadú Aliu Djaló sublinhou que  a falta de informações e de apoio psicológico e mental necessário levou muitas pessoas a optarem pelo consumo de drogas, acrescentando que essa situação foi constatada em várias entrevistas e pesquisas levadas a cabo.

Abordado sobre até que ponto os referidos dados são preocupantes, o Director Nacional da Enda Guiné-Bissau reiterou  que são  muito alarmante porque a prevalência do VIH/sida situa-se em dobro da população em geral.

“Do outro lado, é preocupante, porque os casos de hepatite estão muito elevados e não pode ser comparado com o número da população em geral porque ainda não existe  dados da sua prevalência nacional na Guiné-Bissau”, salientou.

Disse que outra preocupação são o momento em que as pessoas iniciam o consumo da drogas no país, acrescentando que têm relatos da faixa etária entre os 13 e 14 anos, facto que considera de “muito preocupante”.

“Outros dados que achamos preocupantes são os locais de consumo. Quando as crianças estão a consumir  drogas dentro das escolas deve merecer uma preocupação para toda a sociedade”, sustentou.

Mamadú Djaló afirmou que outros casos identificados têm a ver com a troca de práticas sexuais  por drogas, e a falta de acesso a informação, aos serviços de prevenção e tratamento no país. ANG/ÂC//SG


Sem comentários:

Enviar um comentário