México/Jornalista do diário "La
Jornada" assassinado
Bissau, 10 Jul 23 (ANG) - A
organização Repórteres Sem Fronteiras alerta que o Méxco regista uma escalada
de ataques contra jornalistas e as autoridades mexicanas anunciam, sábado, o
assassínio de Luís Martin Sánchez, correspondete do diário La Jornada, no
estado de Nayarit, no norte do país.
O corpo do jornalista mexicano
Luis Martín Sánchez foi encontrado , três dias depois de ter desaparecido perto
de Tepic, cidade onde morava, na costa do Oceano Pacífico.
O corpo
do jornalista tinha vestígios de violência e foram deixadas duas mensagens
manuscritas, a marca do crime organizado. Luis Martín Sánchez era
correspondente do grande jornal La Jornada em Nayarit, região marcada pela
actuação de cartéis de drogas.
A região situa-se perto dos estados de Sinaloa, ao norte, e
Jalisco, no sul, um corredor do Pacífico conhecido por ser uma rota de drogas.
Recentemente, foram confirmadas ligações entre o poder e os
cartéis: o antigo procurador Edgar Veytia, também conhecido como El
Diablo, está detido nos Estados Unidos por tráfico de drogas, e o antigo
governador do estado Roberto Sandoval Castañeda está atrás das grades por
corrupção.
O jornalista de 59 anos desapareceu esta semana. Na sexta-feira, a
sua esposa, Cecilia López, alertou a polícia para o desaparecimento de Luis
Martín Sánchez, descreve o jornal.
Este é o terceiro correspondente do jornal La Jornada assassinado
nos últimos anos. Miroslava Breach, no estado de Chihuahua, foi morto em Março
de 2017, e Javier Valdez, no estado de Sinaloa, em Maio do mesmo ano.
Nos últimos meses, os ataques multiplicaram-se: no passado dia 23
de Maio, Marco Aurelio Ramírez Hernández, jornalista e antigo funcionário
municipal, foi assassinado no estado de Puebla. A 11 de Maio, o jornalista
Gerardo Torres Rentería foi morto a tiros no balneário de Acapulco, em
Guerrero. A 12 de Fevereiro, o jornalista Abisaí Pérez Romero também foi
assassinado em Tula, no estado de Hidalgo.
Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, “o clima de insegurança para os
jornalistas no México atingiu um nível extremamente preocupante”. A
organização pede investigações minuciosas e denuncia o uso do terror para
intimidar jornalistas. ANG/RFI
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