terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Política


“A Guiné-Bissau sofre de profunda crise de liderança”, diz Carlos Lopes

Bissau,06 Dez 16(ANG) – O economista guineense e ex. secretário -geral adjunto da ONU, Carlos Lopes afirmou que a Guiné-Bissau está a sofrer um problema de liderança profunda porque não existe um compromisso com um projecto de desenvolvimento do país.

Em entrevista concedida segunda-feira a Rádio França Internacional, Carlos Lopes disse que isso afecta a forma como se faz a política ou seja aquilo que se chama a procura da renda que constitui o único objectivo da maior parte dos políticos do país.

Explicou que, aqueles que não seguem por este caminho são penalizados porque são vistos como obstrutivos da distribuição. 

Instado a dizer que se está a referir ao actual líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), Carlos Lopes respondeu que Domingos Simões Pereira é um político sério, acrescentando que é importante que levemos em conta a situação de distribuição de renda tem critério e patamar que é o crescimento económico.

“Mas não pode ser somente o crescimento económico e tem que ser também seguido da eficácia e produtvidade e até porque a Guiné-Bissau tem crescido de uma forma completamente obtusa apesar da crise”, informou.

Carlos Lopes disse que quando algumas pessoas se apoderaram daquilo que devia ser bens públicos comuns, salientando como exemplo a forma de fazer a colectagem dos impostos no país é obsolutamente obsoleta e não tem nada a ver com as próprias características das economias que baseiam no mercado interno já que temos a cobertura de uma moeda como franco CFA poderia ser muito mais exigente em matéria fiscal.

“Isso não verifica porque as pessoas estão completamente  distraídas e pensam que o Estado é para se utilizar e não para servir”, explicou.

Perguntado sobre se neste caso a liderança de José Mário Vaz no seu ponto de vista não satisfaz, Carlos Lopes respondeu que não pretende entrar em considerações de natureza pessoais, acrescentando que esse é um dos problemas principais da Guiné-Bissau neste momento ou seja da pessoalização política.

“Pefiro olhar o país no contexto e o contexto geral é que quando aos guineenses votam normalmente exercem esse direito de uma forma muito pacífica porque não há muitos problemas de eleições no país. Mas logo a seguir as eleições surgem desenvolvimentos de conflitos e são sempre de naturezas mais pessoal”, explicou Carlos Lopes antigo secretário executivo da Comissão Económica para África.  

ANG/ÂC/SG

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Finanças



              FMI anuncia retoma da cooperação  com  Guiné-Bissau

Bissau,05 Dez 16(ANG) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou sexta-feira, que vai retomar o programa de assistência técnica e financeira à Guiné-Bissau, após o Governo ter cumprido  as diretrizes acordadas, indicou o ministro guineense das Finanças, Henrique Horta dos Santos.

Em conferência de imprensa conjunta com o representante do FMI em Bissau (Óscar Melhado), o ministro guineense anunciou com alegria o reatar da cooperação com a instituição financeira mundial, suspensa em junho.

Todavia, o FMI não gostou de algumas medidas tomadas pelos anteriores governos, nomeadamente a compra da carteira de créditos malparados do setor privado à banca comercial e ainda o destino que seria dado a toros de madeira cortada nas florestas do país e que foram confiscados pelo Estado.

A instituição exigiu a anulação da operação de compra da divida pública aos bancos e instou o governo de Umaro Sissoco Embaló a vender a totalidade da madeira confiscada e reverter os montantes daí resultantes para o Tesouro Público.

Ainda assim, o FMI condicionou a retoma de qualquer assistência, após a observância das duas medidas referidas, bem como o desembolso de um empréstimo de 7,1 milhões de dólares, que deverá acontecer nos próximos dias, segundo anunciou o representante do FMI em Bissau.

Óscar Melhado confirmou, de seguida, o cumprimento das duas medidas, enquanto o ministro das Finanças guineense disse que “o país deve orgulhar-se da resposta que deu às exigências do FMI”, alertando, todavia, para “a necessidade de prosseguir com o rigor para evitar novas derrapagens das finanças públicas”.

“O país está de parabéns e decidido a lançar-se no desafio de adotar medidas de rigor nas contas públicas”, enfatizou Henrique dos Santos, acrescentando que a Guiné-Bissau ganhou “um voto de confiança” do FMI.
 ANG/A Bola

Crime


         França confirma condenação de antigo militar hutu por genocídio

Bissau, 05 Dez 16 (ANG) - A Justiça francesa aceitou sábado a condenação a 25 anos de prisão do antigo comandante militar hutu Pascal Simbikangwa, confirmando a sentença da primeira instância, de 2014, por cumplicidade no genocídio cometido no Ruanda em 1994.
 
Ao fim de seis semanas, Pascal Simbikangwa voltou a ser considerado culpado de genocídio e de praticar crimes contra a humanidade por uns factos ocorridos no Ruanda há 22 anos.

O antigo responsável militar hutu, de 56 anos, foi considerado pelo tribunal de Seine-Saint-Denis, de segunda instância, cúmplice de um massacre que causou, pelo menos, 800 mil vítimas mortais da minoria tutsi no Ruanda, em poucas semanas.

O condenado, que insiste na sua inocência, afirma que está a ser acusado por motivos políticos.

A sentença contra Simbikangwa de 2014 marcou um ponto de mudança em França, por ter sido a primeira sobre o genocídio e em que foram ouvidas cerca de 20 testemunhas, algumas vindas directamente do Ruanda e outras por videoconferência, entre as quais assassinos arrependidos.

O antigo militar ruandês, capturado em Outubro de 2008 por um caso de tráfico de documentação falsificada na ilha francesa de Mayotte, foi julgado em Paris e não no Tribunal Penal Internacional para o Ruanda (TPIR), com sede em Arusha, Tanzânia.
 
Em França estão a decorrer pelo menos vinte processos semelhantes em virtude do princípio de justiça universal que permite aos magistrados julgar estrangeiros em território francês, em concreto desde 1996 para o genocídio ruandês.

A justiça francesa também condenou a prisão perpétua dois antigos políticos ruandeses, Octavien Ngenzi e Tito Barahirwa, pela sua participação no genocídio de tutsis em Kabarondo, no leste do Ruanda, em Abril de 1994.
ANG/JA

Natal e Novo ano


   Cidadãos reticentes em relação aos preparativos devido fraco poder de compra

Bissau 05 Dez. 16) ANG) - Alguns cidadãos guineenses manifestaram hoje reticentes em relação aos preparativos para a quadra festiva de Natal e Novo ano uma vez que a crise politica está a bloquear o país em todos os domínios, principalmente financeira.

Cidadãos nas compras
Numa auscultação feita pela ANG para testar o poder de compra dos cidadãos em meados das duas festas mais importantes para os guineenses, os entrevistados foram unânimes em considerar o momento de muito delicado e a instabilidade política está a pôr em causa os preparativos uma vez que os funcionários públicos não estão a receber na hora os seus ordenados.

Paulo Có sapateiro residente em Bissau no Bairro de Cuntum disse que da sua parte ainda não começou os preparativos como de costume porque a situação não está a favorecer, acrescentando que não dispõe ainda de dinheiro e os clientes aparecem a conta gota porque como sabem os salários dos funcionários são pagos muito tarde.

“Quando isso acontece o negócio cai o que era poupado vai para as despesas quotidianas tais como, escolas das crianças, renda da casa entre outras. Por isso digo que para mim parece que ainda estamos em meados de Março”, lamentou, acrescentando que se não houver um entendimento entre os políticos para normalizar o país será mais uma festa em crise e sem dinheiro.

Por sua vez, a cidadã Carlota Vaz funcionaria pública salientou que sempre nos primeiros dias de Dezembro ela já estava avançada em termos de preparativos para o dia do menino Jesus, mas segundo as suas palavras este ano ainda não conseguiu mudar a pintura da sua casa por falta de fundo.

Esta cidadã responsabiliza os políticos pela dificuldade que o povo está a passar uma vez que nem salário estão a conseguir pagar no tempo certo o que complica ainda mais a vida da população.

“Se recebemos o salário do mês de Outubro em Novembro e eventualmente viermos a receber o de Novembro em Dezembro e com certeza o vencimento de Dezembro será pago só em Janeiro do próximo ano, por isso não quero ser pessimista mais tudo indica que a festa desse ano será difícil.

Para Maria de Santa residente em Bissau o momento e de incerteza em relação aos preparativos, ela explicou que o pouco que resta da sua poupança será aplicada na comprar de certos artigos que neste momento estão a ser vendidos num preço acessível de forma a poder guarda-los para a festa porque caso contrário vai correr o risco de passar as festas numa situação que segundo la nem quer pensar.

“Por isso nós as mães pedimos um entendimento entre os políticos e dirigentes desse país, porque quando há problemas os mais fracos é que pagam e os comerciantes não perdoam em termos de preços. Mas esperamos que até os dias mais próximos da festa a situação pode alterar para que toda a família possa gozar de uma forma normal as festas do natal e do Ano Novo“, disse.

Por seu turno, o cidadão Bruno Rodriguês mecânico de profissão disse que a sua família ainda não iniciou as compras uma vez que a situação do país não está a ajudar, tendo afirmado que os problemas políticos sempre refletem nos problemas sociais e o rendimento cai porque cada um toma precaução com os gastos.

“Eu tenho três filhas que precisam da roupa, sapatos porque o Natal é um dia de festas, por isso estou a acumular um pouco que ganho diariamente, apesar de o número de clientes reduzir. Espero começar a fazer as minhas compras  lá para os dias 15 a 20 do corrente mês porque o importante é a saúde e alimentação”, frisou, tendo desejado coragem e esperança para o povo principalmente os mais necessitados.
ANG/MSC/ÂC/SG

Greve geral

         UNTG decide paralisar função pública nos próximos dias 14 e 15

Bissau, 05 Dez 16 (ANG) - A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), anunciou hoje a realização de uma greve geral na função pública guineense nos dias 14 e 15 do corrente mês, reivindicando a reintegração dos funcionários expulsos nas empresas de telecomunicações Orange Bissau e MTN e os da empresa de segurança denominada Masa.
Estevão Gomes Có

A decisão  foi tornada pública  pelo Secretário-geral da UNTG, Estevão Gomes Có, numa conferência de imprensa realizada em Bissau.

Um pré-aviso de greve já foi entregue para o efeito  e Estevão Co disse que ainda se exige a inscrição dos trabalhadores da empresa de segurança Masa, no Instituto de Segurança Social.

 “Os funcionários expulsos das empresas acima referidas ganharam a justiça e não foram recolocados, por isso nós como maior Central Sindical do país optamos por implementar as nossas medidas para fazer valer as leis”, disse  Gomes Có. 

Acrescentou que os tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo e que por isso as suas decisões são de cumprimento obrigatório quer por parte do Estado assim como das entidades públicas menores e empresas privadas que desenvolvem as suas actividades na Guiné-Bissau.

O secretário-geral da UNTG lamentou o facto de os governantes não terem colaborado para o cumprimento dos deveres inerentes ao reconhecimento dos direitos dos trabalhadores conforme consta na Constituição da República da Guiné-Bissau.

“Se os sucessivos governos continuarem a não tomar as medidas adequadas, as violações tendem a ganhar espaço”, considerou Có.
 ANG/AALS/ÂC/SG

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Colômbia


                           Avião acidentado ficou sem combustível

 Bissau, 02 dez 16 (ANG) - As autoridades de aviação da Colômbia confirmaram  quinta-feira que o avião que transportava a equipa brasileira da Chapecoense e que caiu perto do aeroporto em Medellín, provocando 71 mortos, não tinha combustível no momento do impacto.
 
“Podemos garantir com toda a certeza que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto e, por isso, foi aberto um processo de inquérito para determinar o motivo”, disse o secretário de Segurança de Aviação Civil (Aerocivil) da Colômbia, Fredy Bonilla.

O avião, da companhia boliviana Lamia, caiu a 17 quilómetros do início da pista do aeroporto José Maria Córdova de Rionegro, que serve Medellín, provocando a morte a 71 dos 77 passageiros e tripulantes. 

A falta de combustível, tal como é referido pelo piloto para a torre de controlo momentos antes da queda, é a hipótese que ganha consistência para explicar o acidente ocorrido em Cerro Gordo, perto de Medellín.

Fredy Bonilla lembrou que as normas internacionais exigem que uma aeronave tenha combustível suficiente para cobrir a rota e possua uma reserva adicional para aterrar, se necessário, num aeroporto alternativo.

 Enquanto isso, o director do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses da Colômbia, Carlos Eduardo Valdes, disse que já foram identificados 59 corpos, sendo 52 brasileiros, cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano. 

A Chapecoense ia disputar a primeira mão da final da Taça Sul-americana com os colombianos do Atlético Nacional, em Medellín, mas, na madrugada de terça-feira, em Cerro Gordo, na Colômbia, o avião em que seguia despenhou-se.

Entre as 71 vítimas, estão 22 jogadores do clube brasileiro, 22 dirigentes, membros da equipa técnica e convidados, 22 jornalistas e nove tripulantes, tendo sobrevivido seis pessoas, três jogadores, dois tripulantes e um jornalista.

Os jogos do campeonato alemão de futebol do próximo fim-de-semana vão ser antecedidos de um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente de avião em que seguia a equipa brasileira da Chapecoense, anunciou a liga germânica.

“O futebol profissional alemão vai render homenagem às vítimas do acidente de aviação na Colômbia com um minuto de silêncio e braçadeiras de luto em todos os jogos da primeira e da segunda divisão este fim-de-semana”, lê-se no site oficial da Bundesliga.


“Nós desejamos exprimir a nossa compaixão e as nossas condolências aos mais chegados às vítimas, aos sobreviventes e ao futebol brasileiro”, acrescenta o comunicado. Em Portugal, também se fará um minuto de silêncio nos jogos da I Liga.
ANG/JA

Insegurança alimentar

    Mais de 30 por cento de agregados familiares afectados nas zonas rurais

Bissau,02 Dez 16 (ANG) – Mais de trinta por cento de agregados familiar nas zonais rurais em quase todas as regiões inqueridos do país, com exceção da região de Bolama-Bijagós, se encontram em situação de insegurança alimentar.  
 
A informação constam de um comunicado conjunto do Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (MADR) sobre  a situação da segurança alimentar e nutricional no país.

O documento refere que as taxas de insegurança alimentar estão mais elevadas nas regiões de Cacheu- 40,8 por cento, Gabu- 35 por cento e Oio- 32 por cento.

De acordo com o comunicado, o inquérito foi realizado entre 05 e 24 de Setembro do corrente ano, com uma amostra de 3173 agregados, o correspondente a cerca de 331.745 de pessoas.

Diz a nota que Pelo menos 87,7por cento das crianças de 6 a 59 meses (151.705) têm uma boa situação nutricional, 61 por cento (10 317 crianças) estão numa situação de desnutrição aguda moderada e que 4,2 por cento (7 .103 crianças) sofrem de desnutrição severa.

Perante esta realidade, recomenda-se as autoridades nacionais e aos parceiros o fornecimento de assistência alimentar para mais de 46 mil pessoas que estão em dificuldade de nutrição, sobretudo nas regiões de Cacheu, Gabu e Oio.

O documento aponta para a necessidade de ajuda alimentar e sanitária à 17 .420 crianças que sofrem de desnutrição aguda, em particular na região de Oio, de apoio aos agregados em materiais agrícolas e no acesso aos insumos como semente, e  equipamentos agrícolas. 

A nota refere  que é preciso aumentar centros de saúde e o número dos agentes comunitários para  cuidar das crianças desnutridas e recomenda  aos parceiros a compra de produtos locais, para abastecer as cantinas escolares ao nível nacional, e apoiar ao governo na implementação das acções de nutrição para melhorar  o quadro das crianças desnutridas.

O inquérito foi realizado no quadro das actividades do Sistema de Seguimento da Segurança Alimentar e Nutricional (SISSAN),implementado pelo PAM em parceria com MADR através da Secretaria de Estado da Segurança Alimentar.
ANG/LPG/JAM/SG

CAN 2017


                       Baciro Cande divulga lista de  35 pré-convocados

Bissau, 02 Dez 16 (ANG) - O Selecionador nacional Baciro Candé divulgou hoje a lista dos 35 jogadores pré-convocados para o Can 2017, a disputar no Gabão de 14 de Janeiro a 05 de Fevereiro , onde  a turma guineense marcará a sua primeira presença.

Segundo o  site “O Golo-GB”, na lista  divulgada constam o nome de três guarda-redes, nove defesas, sete médios e 16 avançados.

Eis a lista completa: Guarda-redes, Jonas Mendes(Salgueiros) PT
Edouard Mendy (State de Rems ) FR, Papa Masse Nbaye Fall (Costa Dulce) ES.
 
Defesas: Emmanuel Mendy (F.C. Ceahlaul) ROM, Mama Samba Baldé (SCP) PT, Eliseu Mendja Nadjack Soares Cassamá (RIO AVE) PT
Rudinilson Gomes Brito Silva (Lechia Gdansk) ROM, Juary Martinho Soares (Mafra) PT, Formose Jean Pierre Mendy (Redstar 93) FR,Eridson MendesUmpeça (Freamunde) PT,Agostinho Soares "Nconco" ( S.C. Covilhã) PT,Mamadu Candé (C.D.Tondela) PT.

Médios: Nanísio Justino Mendes Soares (F.C. Felgueiras) PT, Bocundji Cá (Paris FC) FR, José Luis Mendes Lopes Zezinho (Levadiakos) GR
Judilson Mamadu Tuncara Gomes (Benfica B) PT, Francisco Santos da Silva Júnior (Stromsgodset) NOR, Jean Paul Mendy (US Quevilly-Rouen) FR
Sene Dabo (Operário Lagoa) PT.
 
Avançados:, Idrissa Camará (Avellino) IT, José Correia "Turbo" (C.D.TONDELA ) PT, Piqueti Djassi (S.C.Braga-B ) PT, Toni Silva (Levadiakos ) GR, Yazalde Gomes Pinto(Rio Ave) PT, Leocísio Júlio Sami (akhisar) TR, Aldair Baldé (Olhanense) PT, Abel Issa Camara (Belenenses) PT, Fredric Mendy (Ulsay Hyunday) Cor. Sul, Cícero Semedo (Paços de Ferreira ) PT, Bruno Preira (Colomiers US) FR, Gutwaldo Olsen Funny Alves Almada (Real) PT, João Mário Nunes Fernandes (G.D. Chaves) PT, Edelino Miguel Ié (Braga-B), Buomesca Tué Na Bangna (AEL Limassol) CHP e Lassana Camará (AC.Viseu) PT.  
ANG/O Golo-GB

Caso Orlando Viegas


Antigo Director-geral dos Portos de Bissau entre os condenados a seis anos de prisão efectiva
  
Bissau, 02 Dez. 16 (ANG) – O antigo Director-Geral da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), Augusto Cabi está entre as quatro pessoas condenadas quinta-feira pelo Tribunal Regional de Bissau a 6 anos de prisão efectiva e multa de 35 milhões de francos Cfa cada pelo espancamento do ex. secretário de Estado dos Transportes e Comunicações no Governo de Transição, Orlando Viegas.
Orlando Mendes Viegas
De acordo com a sentença proferida pelo Tribunal Regional de Bissau, Augusto Cabi e mais três dos envolvidos no caso foram acusados de crime de ofensas corporais contra o dirigente do PRS, maior partido na oposição.
A saída do tribunal o advogado do ex. Director Geral da APGB, Armando Mango disse discordar com a decisão da justiça, alegando falta de provas.
Armando Mango declarou que que vai recorrer da sentença.
“O tribunal condenou ao meu cliente à seis anos e seis meses de prisão efectiva. Nós discordamos veementemente com essa decisão da justiça uma vez que não houve nenhuma prova sobre a implicação do Augusto Cabi nas ofensas corporais que terá sofrido o Orlando Mendes Viegas”, disse tendo considerado o acto de “grande injustiça”.
Alex Bassuco advogado de Armando Incada um dos arguidos absolvido  congratulou-se com a decisão daquela instância judicial, salientando que a deliberação mostra claro que o tribunal não consegue provar nada em relação a ele, tendo salientando que na sua opinião todos deviam ser absolvidos.
Por seu lado,Basílio Sanca, advogado de Orlando Mendes Viegas disse não estar de acordo com a sentença porque esperava mais do tribunal, tendo em conta a gravidade da situação, uma vez que a acçao chocou toda a sociedade e denegriu a imagem das  instituições públicas, pelo que os culpados deviam merecer penas mais pesadas.~
Basilio Sanca salientou contudo que ficou um exemplo de que a sociedade deve ser disciplinada.
Orlando Mendes Viegas, na qualidade de  Secretario de Estado dos Transportes e Comunicações foi  violentado a caminho de sua residência  pelo grupo agora condenado, por razões pouco conhecidas mas que se acredita estarem relacionadas as reformas que decidiu implementar ao nível da administração dos portos de Bissau.
Em consequência do espancamento  de que fora alvo, Mendes Viegas, secretário de Estado do Tesouro, no demitido governo liderado por Baciro Djá,  teve mesmo que ser evacuado para tratamento médico no estrangeiro.
ANG/Rádio Jovem

Acordo de Conakry

“CEDEAO vai convidar Presidente da ANP para divulgar o conteúdo do
documento”, diz Simões Pereira
Bissau, 2 Dez 16 (ANG) - O Mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pretende convidar o Presidente da Assembleia Nacional (ANP), Cipriano Cassamá para, acompanhado dos líderes das bancadas parlamentares,  divulgar o conteúdo do acordo de Conacri.
A informacao foi divulgado pelo Presidente do PAIGC, Domingos Simoes Pereira numa longa entrevista concedida ao semnário "O Democrata" na sua última edição.
“Isso nós sabemos. Sabemos também que o mediador prepara-se para, na próxima Cimeira de Chefes dos Estados da CEDEAO, tornar público o documento”, salientou o líder do PAIGC.
Questionado sobre o problema dos deputados expulsos do PAIGC e conhecidos pelos "15", Domingos Simões Pereira sublinhou que se trata de uma falsa questão, mas que se tornou na solução que o Presidente da República encontrou para justificar a oposição ao seu governo.
O Presidente do PAIGC disse que José Mário Vaz tentou muita coisa, começou por dizer que "a unanimidade mata a democracia", invocando que não era normal o PAIGC ter o entendimento que tinha com o PRS.
“Invocou muitas coisas, invocou a corrupção e, foi tentando muita coisa até chegar aos 15. Os quinze acabaram por servir os propósitos do Presidente da República”, explicou.
Aquele político explicou que o grande momento e elemento de ruptura entre ele e o deputado Braima Camara, foi a questão do FUNPI que a Câmara do Comércio Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) considerava que tinha direito exclusivo, por se tratar de uma taxa paga pelos empresários.
Eu tenho uma percepção completamente oposta. O FUNPI não é uma taxa, o FUNPI é um imposto, sendo um imposto, a única entidade que tem competência para o cobrar num país é o Estado", esclareceu.
O líder do PAIGC sublinhou que estão a falar de o Estado entregar a um, dois ou três elementos do setor privado, valores extraordinários, salientando que estão a falar de os elementos do setor privado tirarem por mês qualquer coisa como três a quatro mil milhões de francos CFA, que depois nao justificam o seu uso.
Disse que estão a falar não só da taxa de exportação da castanha de cajú, como também de exportação de outros produtos e de taxa de importação de produtos alimentares.

Domingos Simões Pereira questionou do porquê é que, enquanto cidadãos, não devemos apresentar contas a todos? e adiantou que ele, enquanto Primeiro-ministro, foi alvo de acusação de muita coisa. No entanto, informou ter solicitado provas de tudo, mas os autores até agora nao o fizeram.
“Da mesma forma, eu pedi que as pessoas que geriram os fundos de proveniência pública que também apresentassem (as suas contas). Porque é que isso tinha de ser razão de conflito direto entre uns e outros? O dinheiro é de nós todos, porque é que tinha que ser gerido por uns e não por outros?”, questionou.
ANG/O Democrata