terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Política/"País corre risco de entrar na situação de não Estado" diz Domingos Simões Pereira

Bissau, 21 Jan 25 (ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), igualmente Coordenador da Plataforma da Aliança Inclusiva PAI Terra Ranka, disse que o país está a correr risco num dado momento aproximar-se de uma situação de não Estado, uma vez que não tem instituições pelo facto de estarem ultrapassados sem legitimidade para funcionar.

Domingos Simões Pereira falava à imprensa numa mensagem alusiva ao Dia dos Heróis Nacionais, assinalado no Domingo, 20 de janeiro.

“As instituições estão todos ultrapassados sem legitimidades  para poderem funcionar, o presidente da República tem só quarenta e um dias para repor as referidas instituições a funcionar, nomeadamente a Assembleia Nacional Popular, Supremo Tribunal de Justiça e outras que vêm a seguir como Comissão Nacional de Eleições e outras, para permitir criar condições e que através de diálogo vai ser encontrado consensos necessários para poder repôr  Estado de direito democrático na Guiné-Bissau.

Disse que, mesmo em quarenta e um dias ainda existe prerrogativas que a Constituição confere ao Presidente da República e que ainda pode aproveitar para contribuir de alguma forma e corrigir o problema que o próprio e as pessoas que o acompanham estão a criar.

"Se aquilo acontecer com a intervenção dos partidos políticos, Sociedade civil e todos atores ativos do país vamos dar um passo e sair do imbróglio em que estamos mergulhados, e quando a comunidade internacional vir, seja CEDEAO, CPLP e outras organizações que interessam a situação da Guiné-Bissau  vão encontrar um quadro facilitado onde vão poder facilmente ajudar a consolidar resultados de elementos que conseguimos, "disse.

Aquele líder disse que, na realidade e de acordo com as leis e a Constituição da República do país, ninguém tem condições de fixar a data das eleições incluindo o Presidente da República que não tem a competência legal para fixar eleições, uma vez que,  para o fazer  é preciso prazo de noventa dias e que à ele só restou quarenta e um dias.

Por  outro lado, disse ter a certeza que, o Umaro Sissoco Embalo nos momentos realíssimos que tem, conta para sua pessoa que melhor coisa que tem para fazer é respeitar a Constituição da República, a lei e o calendário que sabe que decorre de aplicação das normas do país.

Simões Pereira chamou atenção as pessoas no sentido de que existe um antes e vai ter um depois do dia vinte e sete de Fevereiro próximo o dia em que vai terminar o mandato do Presidente da República Umaro Sissoco Embalo.

“Séria bom que todos respeitássemos as normas para permitir que saíssemos da situação em condições de normalidade, uma vez que uso de força não vai resolver sempre o problema”, frisou.

Para aquele político, a responsabilidade maior de toda a situação vai ser do povo guineense que deve levantar para exigir respeito à seu direito, a escolha de forma livre, sublinhando que para além do conselho que está dar ao Presidente da República a outra parte tem de ser para o povo, porque tem que mobilizar suas forças e estarem determinados para fazer com que as coisas aconteçam.

"Chegou a altura de facto para levantarmos e dizer que se os nossos direitos não são respeitados, vamos levantar para tomarmos o poder que a lei coloca nas nossas mãos e fê-lo funcionar”, disse o líder do PAIGC.ANG/MI/ÂC

Regiões/Comerciantes da cidade de Gabú pedem apoio do PR para minimizar danos provocados pelo incêndio
no Mercado Central local

Bissau, 21 Jan 25 (ANG) - Os comerciantes do Mercado Central de Gabú, leste do país, lançaram esta segunda-feira um apelo ao Presidente da República (PR) no sentido de usar a sua influência para lhes ajudar à minimizar os danos provocados pelo Incêndio que consumiu parte da Feira local na madrugada no dia 18 do corrente mês, causado por um curto circuito.


O apelo foi feito pelo porta-voz dos mencionados comerciantes Amadu Embaló durante uma visita que o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló efectuou ao sector de Gabú em jeito de solidariedade para com as vítimas do incêndio.

“Estávamos bastante triste com o acontecido, mas a presença do Presidente da República nos servirá de uma alavanca para levantar o nosso ânimo no que tange ao futuro do nosso comércio a nível da região de Gabú”, disse Amadu Embaló.

O porta-voz contou que, o incêndio queimou por completo 11 armazéns e que foram verificados danos em 29 cacifos no qual conseguiram tirar alguns produtos e outros acabaram por danificar  também.

Amadu explicou que, a Polícia de Ordem Pública de Gabú, equipa de Proteção Civil, Segurança de Estado, Associação das Mulheres Vendedeiras e vizinhos do Mercado Central conseguiram prestar  “um grande apoio” para conter o incêndio.

“Nós comerciantes arcamos com perdas incalculáveis neste incêndio, ou seja temos um segredo, as vezes tomamos os produtos nas mãos de grossistas para vender e tirar os nossos lucros. Mas com essa situação não estaremos a altura de pagar os produtos e muito menos de tirar os lucros, com certeza tudo vai complicar se não conseguimos um apoio financeiro”, lamentou.

Por sua vez, o Presidente da República prometeu diligenciar no sentido de dar urgentemente o apoio financeiro às vítimas do incêndio no Mercado Central de Gabú.

Por outro lado, Umaro Sissoco Embaló garantiu que vão iniciar as obras de melhoramentos das estradas de Pirada e Gabú de forma à facilitar o escoamento de produtos com finalidade de ajudar a população e de aumentar também as receitas do Estado.ANG/AALS/ÂC

 

Dia dos Heróis Nacionais/Presidente da República culpa PAIGC pela má situação que vive os Combatentes da Liberdade da Pátria

Bissau, 21 Jan 25 (ANG) – O Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló, culpou este Domingo, o Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC), pela má situação que vivem os Combatentes da Liberdade da Pátria.

A acusação de Umaro Sissoco Embalo foram proferidas no acto de deposição de coroas de flores no Mausoléu de Amílcar Cabral  para assinalar as celebrações do Dia dos Heróis Nacionais (20 de janeiro).

Ao falar a imprensa no acto,  o Chefe de Estado guineense Umaro Sissoco Embaló, lançou duras crítica aos libertadores, pela situação precárias dos antigos combatentes, desde independência do país.

Apontou por outro lado, o total esquecimento dos mesmos pelo PAIGC, e que diz, que ainda exige o reconhecimento dos veteranos de guerra volvidos os 51 anos da independência.

O Presidente da República, questionou por outro lado, se os Combatentes da Liberdade da Pátria não são pessoas que morrem, frisando que, porque a cada ano, o número de antigos combatentes aumenta significativamente, e que o assunto merece ser analisado..

No que se refere as ondas de greves registados nos últimos tempos na Função Pública, o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, disse que deu orientação ao executivo liderado pelo Rui Duarte Barros, para pôr fim a situação.

Segundo Embaló, é hora de pôr fim nas paralisações na Função Pública, acrescentando por outro lado que, em caso vier a deixar o cargo em novembro de corrente ano, o seu substituto será pessoa da sua preferência.ANG/LLA/ÂC    

EUA/Da saudação nazi às promessas. A tomada de posse de Trump por pontos

Bissau,21 Jan 25(ANG) - O republicano Donald Trump tomou posse como o 47.º presidente norte-americano, numa cerimónia que decorreu na segunda-feira, em Washington D.C., que ficou marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita. Foram várias as promessas feitas pelo magnata, que prometeu atacar a "elite corrupta e radical" do país, ao mesmo tempo que assegurou que "a idade de ouro da América começa agora".

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi a única líder dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) presente na tomada de posse, onde também estiveram nomes como o presidente da Argentina, Javier Milei, uma delegação dos Patriotas pela Europa, encabeçada pelo líder da terceira maior força política do Parlamento Europeu, Santiago Abascal (Vox espanhol), e altos responsáveis do executivo do presidente chinês, Xi Jinping. Empresários e multimilionários também não perderam a cerimónia, nomeadamente o dono da rede social X (Twitter), da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, o presidente da Meta, Mark Zuckerberg, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos.

Os antecessores de Trump, Joe Biden e Barack Obama - que não esteve acompanhado pela mulher, Michelle -, Bill Clinton e George W. Bush não faltaram.

Os momentos altos

Tentativa de beijo torna-se viral

A cartola alongada desenhada por Eric Javits e envergada por Melania Trump está a correr o mundo. Além de lhe ter tapado metade do rosto e de ter dado azo a ‘memes’, o acessório foi o grande protagonista do momento em que Trump e a esposa se ‘beijam no ar’, mantendo o casal à distância.

Melania, de 54 anos, foi ainda comparada a desenhos animados e a personagens de filmes, como o astuto vilão da McDonald's, o Hamburglar, Spy vs. Spye ou Stanley Ipkiss. Mas há mais: houve até quem dissesse que se vestiu adequadamente "para o funeral da América".

Musk acusado de fazer saudação nazi (por duas vezes)

Elon Musk, que liderará o Departamento de Eficiência Governamental, criado pelo governo de Donald Trump, foi acusado de fazer a saudação nazi durante o seu discurso, que se seguiu à tomada de posse do 47.º presidente dos Estados Unidos.

O bilionário, que agradecia aos presentes, bateu com a mão direita no peito, que ergueu, com o braço estendido - assemelhando-se ao gesto popularizado por Adolf Hitler. Repetiu, depois, a saudação, ao virar-se. O momento ficou eternizado em vídeo, que poderá ver aqui.

Trump presta juramento sem colocar a mão sobre a Bíblia

Donald Trump não colocou a mão sobre a Bíblia quando prestou juramento durante a sua tomada de posse. Ao invés, Melania Trump segurava a Bíblia pessoal do marido, que lhe foi oferecida pela mãe, e a Bíblia que o presidente Abraham Lincoln usou para prestar juramento, em 1861.

Saliente-se, contudo, que não há qualquer exigência legal para que o presidente coloque a mão sobre a Bíblia, apesar de ser uma prática usual.

De qualquer modo, o magnata não deixou de agradecer a um poder divino, ao ter considerado que foi “salvo por Deus para tornar a América grande de novo”.

“O caminho para recuperar a nossa república não tem sido fácil, isso posso dizer-vos. Aqueles que desejam travar a nossa causa tentaram tirar-me a liberdade e, na verdade, tirar-me a vida. Há apenas alguns meses, num belo campo da Pensilvânia, uma bala assassina atravessou a minha orelha, mas eu senti, nessa altura, e acredito, ainda mais agora, que a minha vida foi salva por uma razão”, reforçou.

Os indultos, as promessas e as ordens executivas

Novo presidente perdoa 1.500 atacantes do Capitólio...

O novo presidente dos Estados Unidos assinou na noite de segunda-feira um decreto a perdoar as cerca de 1.500 de pessoas condenadas pelo ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.

O decreto surgiu pouco depois de o republicano ter anunciado que exerceria o seu poder de indulto logo no primeiro dia em funções, tal como tinha prometido durante a campanha eleitoral.

"Isto é para 6 de janeiro, para os reféns, cerca de 1.500 pessoas que serão completamente perdoadas", disse.

A decisão surgiu horas depois de cerca de 50 membros da organização ultranacionalista 'Proud Boys' terem marchado pelas ruas de Washington, exigindo o perdão dos seus membros presos.

...e assina ordem executiva para retirar os Estados Unidos da OMS

Trump assinou também uma ordem executiva para retirar os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde (OMS), um organismo que tinha criticado duramente pela forma como lidou com a pandemia.

"A OMS defraudou-nos", acusou, na segunda-feira, justificando a retirada com a diferença entre as contribuições financeiras dos Estados Unidos e da China para a organização.

No texto, Trump pediu que as agências federais "suspendam a futura transferência de quaisquer fundos, apoios ou recursos do governo dos EUA para a OMS" e orientou-as para "identificar parceiros norte-americanos e internacionais de confiança" capazes de "assumir as atividades anteriormente realizadas pela OMS".

Sublinhe-se que a saída dos Estados Unidos poderá obrigar a OMS uma grande reestruturação e prejudicar os esforços globais de saúde pública, incluindo a vigilância e a resposta a surtos.

Estados Unidos voltarão a sair do Acordo de Paris sobre o Clima

O líder anunciou ainda que voltará a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima, prejudicando os esforços mundiais para travar o aquecimento global.

Trump fez este anúncio no seu discurso de tomada de posse, no Capitólio, no qual também prometeu aumentar a produção de petróleo dos Estados Unidos e eliminar os subsídios criados pelo seu antecessor, o democrata Joe Biden, para a compra de veículos elétricos.

Trump restitui pena de morte a nível federal

Entre as ordens executivas que Trump assinou, há uma que restabelece a pena de morte a nível federal, ainda que Biden tenha comutado as sentenças de morte de todos os prisioneiros que se encontravam no corredor da morte, à exceção de três. A ordem de Trump também obriga à aplicação da pena de morte em qualquer caso em que alguém seja condenado por assassinar um agente da autoridade ou se um migrante sem documentos for condenado por um crime elegível para essa punição.

Canadá e México são os primeiros alvos da guerra comercial

O presidente dos Estados Unidos abriu a frente de uma guerra comercial, confirmando intenção de impor tarifas de 25% sobre os produtos do Canadá e México, a partir de 1 de fevereiro.

"Estamos a considerar [tarifas] na ordem dos 25% sobre o México e o Canadá, porque eles deixam muita gente (...) entrar [nos Estados Unidos], e muito fentanil também", disse, poucas horas depois da sua tomada de posse.

O republicano anunciou durante a campanha a intenção de introduzir rapidamente direitos aduaneiros de 25% sobre todos os produtos provenientes do México e do Canadá, se estes países não travassem o fluxo de droga e de imigrantes ilegais para os Estados Unidos.

Trump promete (novamente) controlar Canal do Panamá e rebatizar Golfo do México...

Donald Trump prometeu assumir o controlo do Canal do Panamá, rebatizar o Golfo do México e reforçar a tributação dos países estrangeiros, confirmando intenções já expressadas para o segundo mandato na Casa Branca.

No seu discurso na cerimónia de tomada de posse, Donald Trump sublinhou que o objetivo do acordo e o espírito do tratado em relação ao Canal do Panamá "foram totalmente violados", prometendo assumir controlo desta infraestrutura marítima vital para o comércio global.

"E o mais importante, a China opera o Canal do Panamá, e nós não o demos à China, demos ao Panamá. E vamos tomá-lo de volta", justificou.

Noutra intenção já anteriormente expressada, Trump confirmou também que, em breve, vai mudar o nome do Golfo do México para "Golfo da América".

… E expulsar "milhões e milhões" de imigrantes ilegais

O responsável assegurou que expulsará "milhões e milhões" de imigrantes ilegais, um dos principais focos da sua campanha eleitoral.

"Primeiro, declararei o estado de emergência na nossa fronteira sul" com o México, disse o presidente, acrescentando que enviará o Exército para patrulhar essa região.

"Todas as entradas ilegais serão imediatamente bloqueadas e iniciaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos para onde vieram", acrescentou.

Entretanto, a nova equipa da Casa Branca já anunciou que Trump vai terminar com o mecanismo CBP One - uma aplicação móvel da era Biden que permitiu dar entrada legal a quase um milhão de imigrantes através de entrevistas 'online', autorizando os solicitantes de asilo e outros migrantes a agendar horários para se apresentarem em pontos de entrada na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

O novo presidente também anunciou que designará os cartéis de tráfico de droga como "organizações terroristas estrangeiras", invocando uma lei de 1798 contra Inimigos Estrangeiros, dando "poder total" às agências federais para "eliminar a presença de todos os gangues estrangeiros e redes criminosas que trazem o crime devastador para solo dos Estados Unidos".

Trump emitiu ainda ordens executivas para reformular as políticas de imigração, pondo fim ao acesso ao asilo e à cidadania por direito de nascimento.

Magnata quer levar bandeira norte-americana a Marte

Donald Trump afirmou que pretende levar a bandeira norte-americana ao planeta Marte durante a sua administração, alcançando "novos e gloriosos horizontes".

"Perseguiremos o nosso destino manifesto nas estrelas, lançando astronautas americanos para plantar 'as estrelas e as listas' [da bandeira dos Estados Unidos] no planeta Marte", declarou, sem fornecer detalhes.

Trump reconhecerá apenas "dois géneros"

O presidente assinou uma ordem executiva que obriga a sua administração a "reconhecer" apenas "dois géneros", prometendo "acabar com a ilusão dos transgéneros".

A ordem executiva visa "defender as mulheres do extremismo ideológico de género e restaurar a verdade biológica no Governo federal", disse um funcionário aos jornalistas sob condição de anonimato, acrescentando que a identidade sexual dos indivíduos passaria a ser definida exclusivamente pelos gâmetas que produzem.

"O que estamos a fazer hoje é afirmar que a política dos Estados Unidos é reconhecer dois géneros: masculino e feminino", disse a mesma fonte, citada pelas agências internacionais.

O responsável pretende também abolir as ajudas federais aos programas de apoio à diversidade na administração, por considerar que os Estados Unidos estão ameaçados por uma "invasão" de ideias progressistas.

E quanto às guerras?

Trump revoga sanções contra colonos israelitas na Cisjordânia...

O novo presidente dos Estados Unidos revogou uma ordem executiva emitida pelo antecessor, Joe Biden, que punia os colonos israelitas acusados de violência contra os palestinianos na Cisjordânia ocupada.

Mal tomou posse na segunda-feira, o Presidente republicano anulou o texto adotado em fevereiro de 2024, que tinha sido a condição prévia para a aplicação de sanções financeiras a vários colonos, incluindo um indivíduo acusado de instigar um motim na cidade palestiniana de Huwara, a sul de Nablus, que levou à morte de um civil palestiniano.

Na altura, Joe Biden denunciou como intolerável a violência dos colonos israelitas, que descreveu como uma "séria ameaça à paz, à segurança e à estabilidade" na região.

...e pressiona Putin a negociar acordo de paz com a Ucrânia

Trump convocou pela primeira vez Vladimir Putin para encontrar um acordo de paz com a Ucrânia, sob pena de a Rússia correr o risco de ser destruída. Antes, ao felicitar o 47.º Presidente dos Estados Unidos, o líder russo também prometeu procurar uma "paz duradoura" com Kyiv.

Ao regressar à Sala Oval para assinar uma série de ordens executivas, Donald Trump reafirmou que "tinha de falar com o presidente Putin (...), que ficará muito feliz por pôr fim a esta guerra".

Pela primeira vez, no entanto, Trump pressionou claramente Putin a encontrar uma solução para a guerra, ao considerar que a Rússia estará a caminhar para o desastre se se recusar a negociar e a selar um cessar-fogo ou um acordo de paz com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Zelensky quer fazer um acordo. Não sei se Putin o quer, se calhar não quer. [Mas] devia. Acho que ele está a destruir a Rússia ao não encontrar um acordo", disse.ANG/Lusa

 

        Nigéria/Sobe para 98 o número de mortos em acidente com camião

Bissau,21 Jan 25(ANG) - O número de mortos na explosão de um camião-tanque de combustível, no sábado no estado do Níger, centro da Nigéria, subiu de 86 para 98, após mais vítimas sucumbirem aos ferimentos, informaram esta segunda-feira as autoridades.

"Foram registadas mais mortes na sequência do incêndio. A última contagem é de 98 mortos, 69 feridos e 20 estabelecimentos queimados", confirmou o diretor-geral da Agência de Gestão de Emergências do Estado do Níger (NSEMA), Abdullahi Baba-Arah, num comunicado divulgado hoje pelos meios de comunicação locais.

 No domingo, Baba-Arah disse que 80 dos mortos "foram enterrados numa vala comum no Centro de Cuidados de Saúde Primários de Dikko, enquanto cinco foram recolhidos pelos seus familiares para serem enterrados na cidade", tendo um morrido após de ter sido levado para o hospital.

A explosão ocorreu por volta das 09:00 horas locais (08:00 em Lisboa) na cidade de Gurara, num cruzamento da estrada que liga a capital do país, Abuja, à cidade de Kaduna, no norte.

Um camião que transportava gasolina capotou e, ao tentar transferir a carga para outro veículo, o combustível entrou em contacto com um gerador, provocando uma explosão.

A maioria dos mortos eram residentes da comunidade e transeuntes que se aproximaram após o capotamento do camião para tentar recolher o combustível derramado, como acontece frequentemente nestas ocasiões, e foram apanhados pelas chamas.

Num comunicado divulgado no sábado na rede social X, a Agência Nacional de Gestão de Emergências da Nigéria (NEMA) disse que a maioria dos mortos ficou irreconhecível devido às queimaduras e que os feridos foram transferidos para hospitais próximos para receberem cuidados médicos urgentes.

O governador do estado do Níger, Mohammed Umar Bago, que se deslocou ao local no sábado, emitiu uma diretiva para que os veículos não utilizassem uma ponte no cruzamento onde ocorreu o incidente, mas sim uma passagem subterrânea.

O incidente ocorreu poucos meses depois de 170 pessoas terem morrido numa explosão semelhante, na noite de 15 de outubro, no norte do país, no estado de Jigawa.

Estes incidentes com camiões-cisterna ocorrem com relativa frequência na Nigéria, uma das potências petrolíferas de África.

Embora a prática da tentativa de recolha de combustível não seja nova, a situação agravou-se após o Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, ter retirado os subsídios à gasolina no ano passado, o que fez aumentar o preço e provocou fortes protestos.

O preço do litro de combustível aumentou mais de 400%, só nos últimos 18 meses.ANG/Lusa

OMS/China defende reforço do papel da organização na sequência da saída dos EUA

Bissau, 21 Jan 25(ANG) - A China destacou hoje o papel da Organização Mundial de Saúde (OMS) em assuntos de saúde pública global, depois de o novo Presidente norte-americano, Donald Trump, ter decidido retirar os Estados Unidos daquela agência da ONU.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, sublinhou que a OMS é "a instituição internacional mais autorizada e profissional no domínio da saúde pública global" e tem desempenhado um "papel central na coordenação global da governação da saúde".

"O papel da OMS deve ser reforçado e não enfraquecido", afirmou Guo, em resposta às acusações da Casa Branca sobre a alegada falta de contribuição significativa da China para a organização.

Guo também reafirmou o compromisso da China com a instituição, dizendo que o país continuará a "apoiar a OMS no cumprimento das suas funções", ao mesmo tempo que aprofunda a cooperação internacional no domínio da saúde pública.

"A China vai aprofundar a cooperação internacional, melhorar a governação global da saúde e promover a construção de uma comunidade global de saúde para todos", acrescentou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A resposta da China segue-se à ordem de Trump para retirar os EUA da OMS, uma decisão que suscitou críticas no país e no estrangeiro, sobretudo tendo em conta a crise sanitária mundial desencadeada pela pandemia da covid-19.

Ao assinar o documento na Sala Oval da Casa Branca, o republicano justificou a sua decisão criticando o facto de os Estados Unidos contribuírem com muito mais recursos do que a China para este organismo.

Trump lembrou que durante o seu primeiro mandato (2017-2021) já tinha tomado a decisão de sair da OMS: "Eles [China] estão a pagar 39 milhões de dólares (37,6 milhões de euros). Nós estávamos a pagar 500 milhões (482 milhões de euros). Pareceu-me um pouco injusto".ANG/Lusa

Médio Oriente/Cessar-fogo em Gaza pode falhar sob peso de contradições, dizem analistas

Bissau,21 Jan 25(ANG) - Com o Hamas a demonstrar capacidade militar e Israel a prometer destruir este movimento palestiniano, diversos analistas internacionais mostram-se divididos sobre as possibilidades de sucesso do acordo de cessar-fogo entre as duas partes.

Para Mostafa Salem, analista da CNN, com a libertação dos primeiros reféns israelitas o Hamas envia duas mensagens claras: por um lado, "está longe de ser destruído" e, por outro, assumindo-se como vitorioso, dá aos árabes a ideia de que Israel saiu derrotado nos 15 meses de conflito.

Apesar de admitir que o acordo abre também a porta a novas negociações que poderão conduzir a uma retirada total de Israel de Gaza e a um cessar-fogo permanente, Salem citou Osama Hamdan, alto responsável do Hamas, que disse, após a assinatura da trégua de 42 dias, que terá de se ter em conta as reações da extrema-direita israelita.

"O principal objetivo de Israel no conflito era eliminar o Hamas. Alguns ministros israelitas, deputados e mesmo uma pequena minoria de famílias de reféns veem a aceitação de um acordo como uma derrota israelita. O ministro de extrema-direita Itamar Ben Gvir e o seu partido demitiram-se do governo e do Knesset (parlamento), apelidando as tréguas de 'rendição'. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também de direita, classificou o acordo como 'catastrófico' e um grupo de reservistas do exército rotulou-o de 'acordo de rendição'", sublinhou Salem.

No entanto, ressalvou, o Hamas, que outrora controlava militar e politicamente a Faixa de Gaza, ficou após a campanha de 15 meses de Israel reduzido a uma fração do que era e, com o enfraquecimento significativo dos seus aliados regionais Hezbollah e Irão, o grupo ficou isolado.

"O movimento tem continuado a apresentar-se aos palestinianos como o mais formidável grupo de resistência armada contra Israel, repondo as suas fileiras através do recrutamento de quase tantos novos militantes como os que perdeu. Cada vez que Israel termina as suas operações militares e recua, os militantes do Hamas reagrupam-se e reaparecem porque não há mais nada para preencher o vazio", assumiu recentemente o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.

"De facto, consideramos que o Hamas recrutou quase tantos novos militantes como os que perdeu. Esta é a receita para uma insurreição duradoura e uma guerra perpétua", lembra, por seu lado, Tahani Mustafa, analista sénior do International Crisis Group (ICG), argumentando que o sofrimento infligido aos palestinianos de Gaza pela guerra de Israel cria um "terreno fértil para o recrutamento".

"O Hamas não vê a sua sobrevivência como um objetivo nesta guerra, mas para Israel a própria sobrevivência do grupo pode ser considerada uma derrota", sublinhou. 

Por seu lado, o investigador Binoy Kampmark considera, num artigo no Eurasia Review, que o cessar-fogo em Gaza representa "uma colheita amarga" e até pode parecer "uma piada obscena".

"A junção dos termos 'cessar-fogo' e 'Gaza' parece não só incongruente como uma piada obscena. Isto deve-se, em grande parte, ao facto de que o cessar-fogo poderia ter sido alcançado muito mais cedo por todas as partes envolvidas. Mas faltou vontade em Washington para forçar a mão de Israel, cujo primeiro-ministro foi repetidamente da opinião de que o Hamas tinha de ser incondicionalmente derrotado, se não mesmo extirpado por completo, para que se pudesse chegar a um acordo", sustentou o investigador na Universidade australiana RMIT. 

Peter Beaumont, analista do The Guardian, sublinhou que, apesar de o cessar-fogo em Gaza ter entrado em vigor, tem dúvidas sobre se o acordo se manterá, pois qualquer uma das três fases requer novas negociações para avançar e "é altamente vulnerável num contexto de pouca confiança entre as partes".

"Os analistas e observadores salientaram que a conceção do acordo, construído em três fases que exigem a realização de novas negociações à medida que o cessar-fogo avança, parece estar estruturada para convidar a múltiplas crises à medida que se aproxima de um terreno cada vez mais difícil. A confiança de ambas as partes tem sido, na melhor das hipóteses, insignificante", sublinha Beaumont.

"O Hamas, sem surpresa, dadas as declarações públicas de altas individualidades israelitas, receia que Israel procure assegurar o regresso dos reféns mais vulneráveis, mulheres, crianças, doentes e idosos, para depois recomeçar a combater, talvez na altura da segunda fase, ideia reforçada no domingo, após o ministro das Finanças de extrema-direita de Israel, Bezalel Smotrich, ter afirmado que Netanyahu lhe tinha garantido que a guerra iria continuar. 

Marc Lynch, diretor do programa de Estudos do Médio Oriente da Universidade George Washington, entrevistado na Foreign Affairs, está entre aqueles que não acreditam que as perspetivas de ir além da primeira fase do acordo sejam boas.

"Vai ser muito difícil. Infelizmente, a minha opinião é que é muito improvável que passemos da primeira fase e avancemos para uma paz permanente. Há infinitas possibilidades de desmancha-prazeres de ambos os lados, e continuam a existir sérias divergências sobre os pormenores dos próximos passos do acordo", sublinhou Lynch. 

"Do lado palestiniano, há muitas oportunidades para a violência por parte da linha dura, de fações militantes que não gostam da forma como as coisas estão a correr e de pessoas que apenas se querem vingar de todas as coisas horríveis que lhes foram feitas. É importante sublinhar que o acordo é uma trégua frágil e não uma cessação do conflito. Exigirá um acompanhamento contínuo e a responsabilização das partes negociadoras", afirmou Sanam Vakil, da Chatham House.

Para Vakil, o que não é claro, no momento em que Trump assume o cargo pela segunda vez, é se essa responsabilidade existe ou se o cessar-fogo acabará por se desmoronar sob o peso das suas contradições.ANG/Lusa

 

EUA/Donald Trump assina ordem executiva para retirar Estados Unidos da OMS

Bissau,21 Jan 25(ANG) - O novo presidente norte-americano assinou uma ordem executiva para retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS), um organismo que Donald Trump tinha criticado duramente pela forma como lidou com a pandemia".

A OMS defraudou-nos", acusou na segunda-feira o republicano, ao assinar o decreto, poucas horas depois de ter tomado posse, justificando a retirada com a diferença entre as contribuições financeiras dos Estados Unidos e da China para a organização.

No texto, Trump pede que as agências federais "suspendam a futura transferência de quaisquer fundos, apoios ou recursos do governo dos EUA para a OMS" e orienta-as para "identificar parceiros norte-americanos e internacionais de confiança" capazes de "assumir as atividades anteriormente realizadas pela OMS".

Os Estados Unidos são o principal doador e parceiro da OMS, uma organização da ONU sediada em Genebra, na Suíça.

De acordo com a OMS, os EUA contribuem para o financiamento da instituição através de uma contribuição indexada ao seu Produto Interno Bruto, mas também através de contribuições voluntárias.

A saída dos Estados Unidos poderá obrigar a OMS uma grande reestruturação e prejudicar os esforços globais de saúde pública, incluindo a vigilância e a resposta a surtos.

A OMS desempenha um papel de coordenação particularmente central durante as emergências de saúde globais.

Durante o primeiro mandato, Donald Trump já tinha tentado retirar o país da organização, que acusou de ser "controlada pela China".

No entanto, o sucessor, Joe Biden, cancelou a retirada antes de esta entrar em vigor, uma vez que era obrigatório um período de um ano entre o anúncio e a retirada efetiva.

"A decisão de abandonar [a OMS] enfraquece a influência dos Estados Unidos, aumenta o risco de uma pandemia mortal e torna-nos mais vulneráveis", disse Tom Frieden, antigo dirigente do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, na administração de Barack Obama.

Ao retirarem-se da organização, os Estados Unidos perderão o acesso privilegiado a dados importantes de vigilância epidémica, alertaram vários especialistas, o que poderá prejudicar as capacidades de prevenção de ameaças à saúde provenientes do estrangeiro.

As agências de saúde e as empresas farmacêuticas dos EUA também contam com a OMS "para obter os dados necessários para desenvolver vacinas e terapias", disse Lawrence Gostin, professor de Direito da Saúde Pública na Universidade de Georgetown.

"Em vez de sermos os primeiros a receber vacinas, ficaremos no final do pelotão. A retirada da OMS inflige uma ferida profunda na segurança norte-americana e na nossa vantagem competitiva em inovação", disse Gostin.

A retirada ocorre numa altura em que a elevada circulação do vírus da gripe aviária nos Estados Unidos está a aumentar os receios de uma futura pandemia.

O país registou no início de janeiro a primeira morte humana ligada ao vírus H5N1. ANG/Lusa

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Saúde/Presidente da República anuncia arranque do Centro de tratamento de Hemodiálise  até final de Janeiro

Bissau, 17 Jan 25(ANG) – O Presidente da República anunciou esta sexta-feira, o arranque  dos trabalhos do primeiro Centro de tratamento de Hemodiálise no país  até o final do corrente mês  de janeiro, do ano em curso.

Umaro Sissoco Embaló fez esta garantia durante a visita que efetuou as instalações do Centro de tratamento de Hemodiálise situada no Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM) em Bissau.

Na ocasião, afirmou que os aparelhos que o Centro possui, são da última geração e foram doados pelo Reino de Marrocos, com a Internet instalados bem como de outros sistemas via satélite.

Embaló revelou que, além dos materiais o Reino de Marrocos também formou 11 técnicos nomeadamente  médicos e enfermeiros que irão trabalhar no Centro nesta primeira fase.

O chefe de Estado anunciou ainda que, o Hospital Militar Sino Guineense vai ter igualmente o Centro de Hemodiálise e a sua construção já está muito avançado.

Umaro Sissoco Embalo considerou de vergonhoso um país com mais de meio século de Independência sem ter um único Centro de Hemodiálise, salientando que, mas hoje tornou-se uma realidade.

“No começo, o Centro de Hemodiálise vai ter cinco cadeiras em princípio, mas há um outro financiamento do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) que está por vir para equipar o Centro com dez cadeiras e até o final do ano veremos que vamos conseguir alargar o Centro para as regiões”, prometeu.

Lamentou a forma como muitos filhos da Guiné-Bissau estão a viver longe dos familiares de forma a beneficiar do tratamento de  Hemodiálise  que não existe no país.

Questionado sobre o preço que será praticado para os pacientes, respondeu que o Estado guineense vai financiar em parte o tratamento, frisando que se a pessoa é funcionário público ou privado pagará conforme o seu salário.

Acrescentou que, se a pessoa não tiver condições, vai com certeza
ser atendida para não  deixá-la morrer por falta de poder económico.ANG/JD/ÂC

 

      Regiões/Administrador do setor de Canchungo entrega 4 vacas ao dono

Canchungo, 17 jan 25 (ANG) – O Administrador do setor de Canchungo, região de Cacheu, norte do país, procedeu hoje  à entrega de 4 vacas ao dono, Luís Sinho, que tinham sido roubadas pelos ladrões, no dia 15 de janeiro,  na tabanca de Bajope.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Cacheu, as vacas roubadas  foram recuperadas às 03 horas da madrugada do mesmo dia pelos agentes da Polícia de Intervenção Rápida PIR em colaboração com os jovens das comunidades nas matas do sector de Pelundo. 

No acto da entrega, o Administrador do setor de Canchungo, Albino Camepilim Mendes, enalteceu a importância da intervenção dos agentes da polícia e dos jovens comunitários, na recuperação dos gados.

Por isso, voltou a pedir  a colaboração da população do setor de Canchungo, no sentido de denunciarem junto da autoridade os malfeitores.

Albino Camepilim Mendes  assegurou ainda que vai continuar a apoiar os PIR na medida das possibilidades da administração local, sobretudo na aquisição de pneus e combustível para que possam prosseguir com combate aos roubos de gados que persiste no sector de Canchungo.

Por sua vez, o dono das vacas, Luís Sinho, agradeceu aos PIR e os jovens das comunidades do setor de Canchungo, que recuperaram as vacas e prometeu integrar à Comissão de Vigilância e bens da populações. ANG/AG/LPG/ÂC

INE/Director Geral afirma que a instituição está empenhada no processo de realização do IV Recenseamento Geral da População

Bissau, 17 Jan 25 (ANG) – O Director Geral do Instituto Nacional de Estatística (INE) considerou o ano 2024 de positivo, uma vez que a instituição que dirige está empenhada no processo de realização do IV Recenseamento Geral da População e Habitação.

Roberto Vieira que falava terça-feira em conferência de imprensa em jeito de balanço relativo ao ano 2024 findo e perspectivas do ano 2025, disse que entre várias atividades que a instituição realizou, o mais importante tem a ver com a realização de testes para o quarto Recenseamento Geral da População e Habitação.

“Podemos resumir o ano de 2024 como ano de testes para a realização do quarto Recenseamento Geral da População e Habitação previsto para Abril de 2025 e primeiro tivemos um financiamento suportado pelo Banco Mundial e que criaram Unidade de Gestão que é responsável para gerir todos os fundos segundo os critérios desta organização”, disse.

Aquele responsável afirmou que, foi feito recrutamento dos peritos internacionais, dentre os quais, especialistas de aplicativos da parte informática, da área de cartografia entre outras.

"Fizemos testes para cartografia piloto, testes de recenseamento para aprovar como aplicativos funcionam tendo em conta que o recenseamento é um ato que tem que ser feito segundo as normas internacionais aceites para permitir  fazer a comparabilidade de dados e critérios da Guiné-Bissau com outros países” afirmou.

Aquele responsável disse que formaram 300 pessoas em 15 dias na área de cartografia no mês de dezembro do ano passado.

Sublinhou que, o recrutamento foram feitos na base de um concurso público realizado de forma transparente, num número total de cerca de mil e quatrocentos pessoas que depositaram candidaturas.

 Por outro lado, disse que 2025 é um ano de desafio e fase final da realização do Recenseamento Geral da População e Habitação, uma vez que  conforme o programa vai se realizar no mês de abril do ano em curso.

Disse que, para a realização do recenseamento vão mobilizar  cerca de quatro à cinco mil agentes no terreno, porque as operações vão decorrer  em duas partes, nomeadamente exaustividade e simultaneidade, porque  vão atacar todo o território nacional em vinte e um dias para que possam terminar o trabalho.ANG/MI/ÂC   


Caso 1 de Fevereiro/Advogado acredita que o processo de julgamento terminou com apresentação de alegações pelo Tribunal Militar

Bissau,17 Jan 25(ANG) - Um dos advogados dos acusados no caso `1 de fevereiro de 2022´ disse quinta-feira que o processo de julgamento acabou com a conclusão da apresentação de alegações esta quinta-feira, por parte da defesa no Tribunal Militar Superior.

Após quase quatro horas de apresentação de alegações por parte da defesa de alguns acusados presentes na sala, Marcelino Intupé, em curta declaração aos jornalistas, afiançou que em termo de julgamento o processo já terminou aguardando agora o pronunciamento do tribunal em relação ao assunto.

Em relação à proposta da Promotoria de Justiça Militar que solicitou a prisão efectiva de alguns acusados e libertação de outros, Intupé, reserva a sua posição para depois do pronunciamento do tribunal.

Entre os detidos que ainda aguardam por julgamento figura o ex-chefe da Armada, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, acusado pelas autoridades civis e militares de ser o “líder da tentativa de golpe”.

As mesmas autoridades anunciaram que no dia 01 de fevereiro de 2022, um grupo de pessoas, militares e civis, atacaram com armas do exército o palácio do Governo onde decorria um Conselho de Ministros, presidido pelo chefe do Estado, Umaro Sissoco Embaló. Nessa ação morreram 12 pessoas, na sua maioria elementos do corpo de segurança presidencial.ANG/RSM


 
Regiões/
19 escolas públicas fechadas no Setor de Boé por falta de professores

Boé,17 Jan 25(ANG) – Dezanove das vinte nove escolas públicas no setor de Boé, região de Gabú, leste do país,  estão fechadas devido à escassez de professores, revelou o Director do Centro de Ensino do setor, EB de Beli, em entrevista à Rádio Leste FM.

Bacar Camara disse que  apenas 10 instituições do ensino estão em funcionamento, de forma parcial.

“Das 29 escolas do Boé, apenas 10 estão em funcionamento. Estamos lecionando com grande dificuldade. Alguns professores que antes trabalhavam em algumas escolas se aposentaram. Por exemplo, na nossa escola, EB de Beli, temos 9 turmas e apenas 4 professores. Somos obrigados a trabalhar sobrecarregados e em dois turnos, manhã e tarde”, salientou.

A título de exemplo disse que, ele, Bacar Camara, diretor da escola, trabalha com três turmas: uma de manhã e duas turmas unidas à tarde (1º e 4º ano), frisando que tudo isso é para evitar que os alunos fiquem fora do processo educativo.

O diretor destacou a necessidade urgente de manter os professores alocados na região para garantir o funcionamento das escolas no sector de Boé.

“Nos últimos anos, muitos professores foram designados para o Boé, mas a maioria nunca chegou às escolas. Foram desviados e mantidos em Gabú ou em escolas mais próximas dos centros urbanos”, denunciou Camara.

Ele também lembrou que, no último processo de contratação, o setor de Boé foi o primeiro a receber professores designados. No entanto, muitos deles não foram encontrados nas escolas da região, agravando ainda mais a situação.

Afirmou que, a falta de professores tem comprometido o acesso à educação na região, deixando centenas de crianças sem aulas e evidenciando a necessidade de soluções urgentes por parte das autoridades educativas do país.ANG/ÂC