Política/ECOSC responsabiliza Biaguê Na N'tam por eventuais derrapagens no país
Bissau, 14 Nov
24 (ANG) – O Espaço de Concertação das
Organizações da Sociedade Civil(ECOSC) responsabiliza ao Chefe de Estado-maior
General das Forças Armadas(CEMGFA) Biaguê Na N'tam pelas eventuais derrapagens
que possam registar-se no país, em consequência do que diz ser “
investidas ilegais e partidárias” de Na Ntan.
Por isso, esta organização condena “vigorosamente” as
declarações que considera de “irresponsáveis e antidemocráticas” do Chefe de
Estado-maior General das Forças Armadas contra o povo guineense,
O grupo
ainda qualifica as declarações, que diz
ter “forte cunho político”, de “desajustadas,
vergonhosas e ilegais”.
Biague Na
Ntan promoveu um encontro com a imprensa sem direito à perguntas para anunciar a "prontidão para o
combate" das Forças Armadas, após as duas Coligações terem anunciado a
realização de manifestações pacíficas, marcadas para os dias, 13, 14, e 15 de
Novembro.
“Não
obstante este anúncio oficial de
adiamento das eleições, por falta de condições para o efeito, o Supremo
Tribunal de Justiça (STJ) na sua veste de Tribunal Constitucional decidiu em
violação flagrante da lei e em cumprimento das instruções do poder político
instalado, indeferir as candidaturas das Coligações Plataforma Aliança
Inclusiva PAI- Terra Ranka, da Aliança Patriótica Inclusiva "Cabas
Garandi" e demais partidos políticos”, criticou o ECOSC..
As
Organizações da Sociedade Civil acusaram
Biaguê Na Ntam de interferências nos
assuntos políticos, de manipulação e instrumentalização da Justiça para a
satisfação de agenda política e partidária do Presidente da República, capaz de
minar a paz e empurrar o país para o caos.
Por outro
lado, o Espaço de Concertação das
Organizações da Sociedade Civil repudia o
que diz serem “deliberações políticas e
ilegais” do Supremo Tribunal de Justiça contra as Coligações dos partidos
políticos potenciais candidatas às eleições legislativas, numa desesperada
tentativa de confiscar e condicionar a vontade soberana do povo guineense.
Responsabiliza o Presidente da República Umaro
Sissoco Embaló pelas consequências dos seus “atos sistemáticos de manipulação
do STJ e das Forças Armadas para a prossecução dos seus objetivos políticos”.
Pede ao povo guineense para não permitir “derivas autoritárias do regime instalado”, “cuja
preocupação se resume apenas na satisfação dos seus interesses individuais e de
grupos específicos”.
Apelou a adesão massiva do povo guineense às
ações pacíficas de protestos, com vista à restauração da ordem constitucional
no país.
Exorta às Forças de Defesa e Segurança, no
sentido de se recusarem acatar “ordens
ilegais”, que diz visarem limitar o
livre exercício dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos;
O Espaço
reafirma a sua determinação de combater,
sem tréguas, todos os atos e comportamentos que possam levar a desmantelamento
da Justiça e do Estado de Direito na Guiné-Bissau.ANG/LPG/ÂC//SG
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