sexta-feira, 7 de março de 2025

Bélgica/União Europeia adoptou plano de rearmamento de 800 mil milhões de Euros

Bissau, 07 Mar 25 (ANG) - Os Chefes de Estado e Governo da União Europeia adoptaram, quinta-feira o plano de aumento das despesas em matéria de defesa orçado em 800 mil milhões de Euros sobre cinco anos proposto esta semana pela Presidente da Comissão Europeia.


O plano foi adoptado em cimeira extraordinária, em Bruxelas, sobre a segurança europeia e a Ucrânia.

Enquanto isso, a Ucrânia viveu uma nova noite de violência, tendo sido visada por pelo menos 58 mísseis e 194 drones russos.

"Hoje mostramos que a União Europeia enfrenta o desafio, constrói a Europa da defesa e está ao lado da Ucrânia", disse o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, no final da cimeira extraordinária de ontem em que os 27 se comprometeram a aumentar as suas despesas de defesa e prometeram continuar a apoiar a Ucrânia, a Comissão europeia tendo ficado de estabelecer um plano mais detalhado para o financiamento deste plano.

Isto acontece numa altura em que aumentam as incertezas quanto ao compromisso dos Estados Unidos junto da Ucrânia e também dos seus parceiros europeus no seio da NATO.

Incertezas aliás reavivadas ontem quando o Presidente americano considerou que o seu país não tem obrigação de apoiar os países que, no seu entender, não gastam o suficiente na sua própria defesa, Donald Trump tendo por outro lado expressado dúvidas quanto à lealdade dos aliados dos Estados Unidos, nomeadamente a França.

No final da cimeira de Bruxelas, o chefe de Estado Francês recordou que o seu país foi sempre um "aliado fiel" e ao recordar a "amizade e respeito" que a França tem pelos Estados Unidos, disse que o seu país tinha "o direito de reclamar o mesmo" por parte dos americanos.

Entretanto, na sequência da cimeira de ontem, Paris confirmou hoje que o ministro francês da defesa vai receber na próxima quarta-feira os seus homólogos dos quatro pesos-pesados europeus em matéria de segurança, a Alemanha, Itália, Polónia e Reino Unido, para "coordenar a sua acção de apoio a Kiev", designadamente reflectir sobre uma proposta de cessar-fogo.

O Presidente ucraniano reiterou hoje a sua proposta de um cessar-fogo aéreo e marítimo. Uma ideia apoiada pela Turquia mas que a Rússia tem rejeitado até agora, alegando pretender chegar a um acordo definitivo.

A Rússia que ainda hoje tornou a denunciar o qualifica de "rétorica do confronto" por parte da União Europeia, continuou esta noite a bombardear a Ucrânia, tendo lançado pelo menos 58 mísseis e 194 drones contra instalações energéticas, segundo as autoridades ucranianas que referiram ter abatido pelo menos 34 mísseis e 100 drones.ANG/Lusa

 

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