Zona marítima comum/Secretário-geral da AGC defende trocas de informações técnicas para melhor conhecimento das potencialidades da zona
Bissau, 11 Mar 25 (ANG) – O Secretário-geral da Agência de Gestão e Cooperação entre a Guiné-Bissau e
Senegal (AGC), Inussa Baldé defendeu ,esta terça-feira, a necessidade de se incentivar as trocas de informações técnicas
com outros países para melhor se
conhecer as potencialidades da zona comum de exploração conjunta.
Inussa Baldé falava à imprensa à saída de uma audiência com o Presidente da República, no âmbito das atividades que a AGC leva a cabo para o controlo de recursos haliêuticos e de pesquisas de hidrocarbonetos na zona marítima conjunta.
Aquele responsável afirmou que a descoberta do petróleo feita no Senegal é
resultado de estudos feitos sobre toda a
zona.
"Neste momento estamos a trabalhar nos estudos e pesquisas, nos domínios
das pescas. Por isso é normal as emissões de licenças de pescas entre os dois
países tendo em conta a partilha de 50/50, com base no acordo tripartido celebrado
aquando da criação da AGC entre os dois Estados”, disse Inussa Baldé.
O Secretário-geral da AGC disse que o importante de momento, sobretudo em
relação as pescas é o estudo de stock, controle de emissões de licenças de
pesca para salvaguardar os stoks de peixes existentes, para se assegurar que a
exploração da zona fosse da melhor forma possível.
Sublinhou que, em caso de descoberta do petróleo na zona de exploração
conjunta, os dois Estados vão se sentar a mesma mesa e decidir sobre a partilha
do recurso descoberto.
Referiu que o acordo de partilha deve
ser renovado, uma vez que é também um acordo político.
"Nós gerimos uma zona comum de 60 mil quilómetros
quadrados, e nesta
zona praticam-se atividades ligadas as pescas e pesquisas de hidrocarbonetos, o
petróleo”, disse Inussa Baldé.
Disse que ainda se encontram na fase de pesquisas de petróleo e que até ao
momento não se descobriu nada naquela
zona .
“A última pesquisa foi realizada em 2011 e foi encontrado um furo improdutivo.
Há companhias que estão a trabalhar em pesquisas com dados muito importante e
resultados encorajadores”, disse.
A divisão dos recursos petrolíferos provenientes da
exploração, caso se confirmar existência de petróleo comerciável, feita
inicialmente, determinara que caberia ao Senegal 85 por cento dos lucros e os
restantes ficariam para a Guiné-Bissau.
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