Costa do Marfim/ Partidos da oposição formam coligação para alternância política
Bissau, 11 Mar 25 (ANG) – Vários partidos políticos da oposição anunciaram oficialm
ente, segunda-feira, a criação de uma Coligação para a Alternância
Pacífica na Costa do Marfim (CAP-Costa do Marfim), durante uma conferência de imprensa organizada na sede do PDCI-RDA em
Abidjan-Cocody.
A missão da coligação é defender o Estado de direito, promover a
reconciliação nacional e garantir eleições pacíficas em 2025, exigindo reformas
eleitorais alinhadas aos padrões internacionais.
Segundo a porta-voz da CAP-Costa do Marfim,
Sra. Simone Ehivet, presidente do Movimento das Gerações Capazes (MGC), esta coligação
constitui um espaço de diálogo e ações unidas visando obter uma reforma do
sistema eleitoral marfinense, condição essencial para eleições inclusivas,
livres, justas e transparentes em outubro de 2025.
Ela esclareceu que esta é uma estrutura
permanente e não ideológica para consultas e intercâmbios entre partidos
políticos de oposição com vistas a promover reformas eleitorais e fortalecer a
democracia na Costa do Marfim.
A Sra. Simone Ehivet também apresentou a
estruturação da coligação, organizada em torno de uma Conferência de
Presidentes, liderada pelo Sr. Tidjane Thiam, Presidente do Partido Democrático
da Costa do Marfim (PDCI), que garante a coordenação das ações. O presidente do
MGC foi nomeado porta-voz principal, enquanto a Sra. Danièle Boni-Claverie,
presidente da União Republicana para a Democracia (URD), ocupa o cargo de
porta-voz adjunta. Também foi criada uma secretaria técnica para monitorar as
iniciativas.
Falando como coordenador da coalizão, o Sr.
Tidjane Thiam enfatizou a importância desta iniciativa para a estabilidade do
país: "Estamos determinados a fazer tudo para garantir que a paz reine na
Costa do Marfim, para que tenhamos eleições verdadeiramente inclusivas. Que
todo candidato possa ser candidato e que os marfinenses finalmente tenham o
direito de decidir livremente quem deve liderá-los. " ele disse.
O líder do PDCI-RDA destacou ainda a
necessidade de unir as forças da oposição porque, para ele, não há grandes
partidos nem pequenos partidos nesta coligação. "Há apenas parceiros
comprometidos com a mesma causa: a defesa da democracia e da unidade
nacional".
A CAP-Costa do Marfim apelou notavelmente às
autoridades para que organizassem, antes das eleições presidenciais de 25 de
outubro de 2025, um diálogo político com vista à reforma da Comissão Eleitoral
Independente (CEI), que considera demasiado dependente do governo, e para rever
a lista eleitoral.
No total, 25 líderes da oposição assinaram
sua adesão à carta da PAC-Costa do Marfim, afirmando assim seu compromisso de
realizar ações concertadas para garantir uma alternância pacífica na Costa do
Marfim.
Entre eles estão o Partido Democrático da
Costa do Marfim (PDCI-RDA) de Tidjane Thiam, o Movimento das Gerações Capazes
(MGC) de Simone Ehivet Gbagbo, a Frente Popular Marfinense (FPI) de Pascal Affi
N'Guessan e o Congresso Pan-Africano para a Justiça e Igualdade dos Povos
(Cojep) de Charles Blé Goudé.
Os membros da coligação convidam a população e os atores políticos a apoiar esta iniciativa para construir um quadro eleitoral mais equitativo e garantir um processo democrático transparente.ANG/FAAPA
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