quarta-feira, 5 de março de 2025

Angola/Presidente João Lourenço condena tentativas de deslocalização do povo palestiniano

Bissau, 05 Mar 25 (ANG) - O Presidente angolano rejeitou as tentativas de deslocalização do povo palestiniano e a contínua política israelita de expansão dos colonatos e ocupação de territórios pertencentes à Palestina.

As declarações de João Lourenço foram feitas na cimeira extraordinária da Liga Árabe sobre a situação na Faixa de Gaza, que decorre no Cairo, Egipto, onde falou na qualidade de presidente em exercício da União Africana.

O Presidente angolano condenou quaisquer tentativas de deslocalizar o povo palestiniano e a política israelita de expansão dos colonatos, com a anexação ilegal do território palestiniano.

“Repudiamos quaisquer tentativas de deslocalização do povo palestino, dos seus territórios, da contínua política de expansão dos colonatos, da ocupação e anexação ilegal do território pertencente à Palestina”, denunciou.

João Lourenço defendeu ainda “a tolerância e coexistência entre religiões, evitando-se o fanatismo, radicalismo que podem conduzir ao exacerbar do ódio e da violência entre os povos”.

O chefe de Estado angolano, que participa na cimeira extraordinária da Liga Árabe sobre a situação na Faixa de Gaza, que decorre no Cairo, Egipto, reconheceu o papel da organização “na prossecução de iniciativas que visam o alcance de soluções pacíficas e duradouras para os dois países e a região”.

Os dirigentes dos países membros da Liga Árabe anunciaram nesta terça-feira, 4 de Março, um plano no valor de 53 mil milhões de dólares para a reconstrução da Faixa de Gaza, uma alternativo ao projecto de Donald Trump transformar o território à imagem da Riviera francesa.

Foi na qualidade de presidente em exercício da União Africana que João Lourenço reiterou “o compromisso de juntos trabalharmos em prol do alcance de uma paz duradoura e sustentável no conflito que opõe Israel ao Hamas”.

O Presidente angolano mostrou-se igualmente satisfeito com o processo de libertação de reféns e israelitas em curso, assegurando que este continue até à libertação incondicional da totalidade dos cidadãos palestinos mantidos em cativeiro”.

João Lourenço disse esperar que “esta acção reflita o início da construção definitiva da paz, através da instauração de um cessar-fogo permanente, facilitando o incremento da ajuda humanitária aos habitantes de Gaza, bem como o início da reconstrução dos seus territórios”.

O chefe de Estado angolano instou as autoridades israelitas a permitirem “a abertura dos corredores humanitários” e o “regresso de mais de 2 milhões de cidadãos palestinianos internamente deslocados e refugiados nos países vizinhos”.ANG/RFI

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