quinta-feira, 21 de julho de 2016

ONU



Começa votação secreta dos candidatos a cargo de Secretario-Geral
Bissau, 21 Jul 16 (ANG) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza hoje a primeira de várias votações secretas para escolher o próximo secretário-geral da organização.
Durante a votação, cada um dos 15 membros do Conselho vai ser solicitado para indicar se “encoraja”, “desencoraja” ou “não tem opinião” sobre os candidatos.
Os resultados não são tornados públicos, mas são transmitidos aos candidatos. É esperado que vários desistam da corrida devido à falta de apoios.
“Dependendo dos resultados desta primeira votação, pode ser realizada uma segunda antes do final do mês. Também são esperadas várias reuniões informais com os candidatos”, explica a organização.
Neste momento, existem 12 candidatos ao cargo, metade dos quais mulheres.
Destaca-se o antigo primeiro-ministro português que liderou a agência da ONU para os Refugiados, António Guterres, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Susana Malcorra, a antiga chefe do governo neozelandês e dirigente do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Helen Clark, e a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros búlgara e directora da UNESCO, Irina Bokova.
Esta é a primeira vez que a ONU abre as portas ao processo de selecção do novo secretário-geral, respondendo a pressões internas e externas para tornar o processo mais aberto ao escrutínio do público.
Na prática, o processo de escolha continua o mesmo: em reuniões à porta fechada, o Conselho de Segurança aprova um nome, tendo os cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França e China) direito a veto. Esse nome é depois submetido para aprovação à Assembleia-Geral.
Vários Estados e organizações não governamentais desejam que seja escolhida para o cargo, pela primeira vez, uma mulher. Também existem pressões para que o escolhido venha da Europa de Leste, região que nunca teve um secretário-geral.
ANG/JA

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Cooperação Institucional


INE e Plan assinam acordo para produção de estatísticas oficiais  
 
Bissau, 20 Jul 16 (ANG) -  O Instituto Nacional de Estatística (INE), e a ONG Plan Internacional assinaram hoje um protocolo de acordo no domínio da produção e difusão das estatísticas oficiais do país.

Segundo o Director do INE, o objectivo principal desse   acordo de parceria entre as duas partes, é  melhorar a disponibilidade e aumentar o uso de informações estatísticas que podem ser de interesse supremo para o Plan, para o seguimento e avaliação do impacto das  actividades nas suas zonas de intervenção, na Guine Bissau.

Suande Camará frisou que o documento irá facilitar a Plan Guiné-Bissau na capacitação dos seus técnicos e produção de dados estatísticos para o seguimento e avaliação do impacto das suas actividades, e ainda reforçar o dispositivo de gestão do sistema de informação dessa ONG.

“Em contrapartida, o INE vai reforçar as suas capacidades, e, com o tempo, alcançar os seus objectivos fundamentais de implementação do Programa Nacional do Desenvolvimento Estatístico 2015/2017, que passa pela coordenação estatística, reforço da produção e difusão das estatísticas oficiais em massa, e a promoção da cultura de utilização de dados estatísticos”, destacou.

Suande Camará  salientou, na ocasião, que a INE pretende ver essa estratégia alargada à outras  entidades, com a finalidade de  reforçar as suas capacidades e  garantir o acesso aos dados à todos os produtores e utilizadores.

Por seu turno, o representante da Plan Internacional na Guine Bissau, Allassane Drabo frisou que nesse contexto é decisivo dispor de dispositivos viáveis e válidos para potencializar as acções e avaliar os resultados das intervenções. 

ANG/MSC/JAM/SG

Acusações do PR



PAIGC exige divulgação de resultados da comissão parlamentar de inquérito

Bissau, 20 Jul 16 (ANG) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo -Verde (PAIGC), exige a divulgação dos resultados da comissão parlamentar de inquérito sobre as acusações de corrupção feitas pelo Presidente da República contra o governo dirigido por Domingos Simões Pereira, demitido em Agosto do ano passado.
    
Imagem de arquivo
Segundo a RDP/Africa, Domingos Simões Pereira alegou que o povo guineense tem o direito de conhecer os resultados do inquérito realizado pelos deputados, na sequência das acusações do Chefe de Estado da Guiné-Bissau contra alguns membros do seu governo.

 “Nós não podemos passar um ano a falar de corrupção, de acusações e criamos uma comissão de inquérito parlamentar que fez o seu trabalho, tem os resultados e agora acabou… não há que responsabilizar as pessoas suspeitas da prática de corrupção”, disse o líder do PAIGC.

Simões Pereira protestou igualmente a invasão de contas privadas na internet por parte de indivíduos que não identificadas.
Referiu que não consegue imaginar o que seria se tentasse ter acesso às contas das pessoas que violam a privacidade dos outros.
Conversas privadas com elementos do partido e alguns jornalistas foram recentemente reveladas em blogues.


Por outro lado, o líder do PAIGC fez saber que o seu partido vai reclamar a autoria intelectual e política do programa “terra ranka”, e avisa que não poderá ser implementado por pessoas que não são do PAIGC, numa alusão ao actual governo .

O Presidente da República sustentou a decisão de demissão do executivo de Domingos Simões Pereira com, entre outras, alegacões de envolvimento de elementos  do governo em actos de corrupção, nepotismos e clientelismo.

ANG/LPG/JAM/SG

Transportes Aéreos



Missão da UEMOA dá nota positiva à implementacao de direitos de passageiros na Guiné-Bissau


Bissau, 20 Jul 16 (ANG) - Uma missão da União Econômica e Monetária da África de Oeste (UEMOA), que se encontra no pais para avaliar o nível de implementação da regulamentação comunitário da União em matéria dos transportes aéreos elogiou a Guine-Bissau por defender o direito dos passageiros.

A missão constituída por duas pessoas reconheceu, no entanto, que alguns aspectos devem ser melhorados no que concerne a implementação da regulamentação e na prestação de serviços em terra.

Irene Seka, Diretora dos transportes aéreos da UEMOA e chefe da referida missao admitiu que estas dificuldades nao sao exclusivas da Guiné-Bissau, mas que ocorrem tambem em outros paises membros da organizacao.

Honório Gomes, Vogal de Conselho de Administração da Agencia de Aviação da Guiné-Bissau, monstrou-se satisfeito com a avaliação feita pela UEMOA tendo defendido que, apesar disso, resta muito ainda por fazer no dominio dos transportes aéreos no pais.

A missão esteve reunida com  diferentes estruturas que prestam serviços no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira e das companhias aéreas que operam na Guiné-Bissau, para além da visita técnica que efetuou às instalações do único Aeroporto Internacional do pais.

A Guiné-Bissau é dos oito estados da União Económica e Monetária dos Estados da África Ocidental UEMOA, organização que integrou em maio de 1997. 

ANG/JAM/SG

AFRICA


"MAIS GLAMOUR NA AGRICULTURA PODERIA AJUDAR A TRAVAR MIGRAÇÃO", diz Obasanjo

Bissau, 20 Jul 16 (ANG) - A solução para travar o êxodo de migrantes de África para a Europa é transformar a agricultura numa actividade “glamourosa”. A ideia é defendida pelo ex-presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, que quer criar ídolos para os jovens entre os agricultores.

“O que é que um jovem homem quer? Ele quer as ‘luzes brilhantes’. E porque é que ele não pode ter essas luzes brilhantes e ser um agricultor?
” A pergunta é feita por Olusegun Obasanjo, o ex-presidente da Nigéria de 79 anos que diz que África tem que tornar “a agricultura atractiva” e “glamourosa”.

Em declarações à Reuters, Obasanjo defende a redistribuição de terras pelos jovens e o investimento numa indústria agrícola moderna como formas de travar a migração e proteger os países africanos da onda de radicalização levada a cabo por grupos terroristas e fundamentalistas como o Boko Haram.

Notando que a agricultura é vista como “uma condenação à pobreza”, o ex-presidente nigeriano sublinha que é necessário promover ídolos entre os agricultores que possam rivalizar com as estrelas de rap.

“As pessoas têm exemplos modelo no rap, nos cantores ou no entretenimento. E temos que os fazer dizer também: ‘Sim, posso ser agricultor e ter o glitz“, salienta Obasanjo.

Filho de um agricultor, Obasanjo critica a forma como os líderes europeus têm lidado com o problema da migração, considerando que se limitam a tentar “curar o sintoma, em vez de curar a doença”.

“A doença ou é resultado do conflito em África ou da pobreza e do desemprego dos jovens”, diz o atual presidente do Africa Food Prize, um prémio que reconhece inovações na agricultura do continente. 

ANG/SV/ ZAP