segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Ambiente/Inundação das zonas húmidas com plásticos preocupa organizações da Sociedade Civil

Bissau, 03 Fev 25(ANG) - O director executivo da Organização para a Defesa e Desenvolvimento das Zonas Húmidas na Guiné-Bissau (ODZH) disse, no fim de semana, que a inundação das zonas húmidas do país com sacos de plástico é um indicador de que a sociedade não está preparada sobre  questões ambientais.

Francisco Gomes Wambar falava aos membros de  organizações juvenis, no âmbito das  celebrações  do Dia Mundial das Zonas Húmidas que se assinala todos anos à 2 de Fevereiro, e que este ando decorre sob o lema: “Proteger as Zonas Húmidas para o Nosso Futuro Comum”

Disse que a aglomeração de sacos de plástico está a impactar negativamente as produções e regenerações.

 “Os plásticos  nas zonas húmidas indica que aquela sociedade não está preparada.  É a indicador de que algumas coisas estão erradas. Plásticos impactam as zonas húmidas e, se a zona é cultivada, impactam o solo , tornando-o improdutivo ao longo do tempo e os que dependem desta zona para produção produzem menos, e o que é preciso fazer é a pergunta para cada um…” salientou.

Em Dezembro passado, o Governo e os parceiros iniciaram uma campanha em todo o país, para alertar os consumidores sobre o impacto ambiental dos sacos plásticos não biodegradáveis, incentivar ainda a reciclagem e reutilização de plásticos, mobilizar os cidadãos para reduzirem o consumo de plástico, e aumentar a consciência sobre a quantidade de plásticos que acabam nos oceanos e praias, e as alternativas para resolver o problema ambiental derivados de sacos plásticos.

No entanto, algumas vozes alegam que desconhecem da campanha e, à Rádio Sol Mansi tentou por várias vezes ouvir a reação do Ministério do Ambiente, que tutela a campanha mas sem sucesso.

As atividades de venda e produção da água empacotada em plástico, continuam normalmente nas diferentes unidades industriais da sua produção, e a campanha já tem os dias contados para o seu término.

No entender do diretor executivo da ONG ODZH, Francisco Wambar, é preciso adoção de uma política de orientação para as crianças sobre a problemática ambiental, para conter a ameaça que os sacos de plástico estão a criar nas zonas húmidas e em todo o país.

A Guiné-Bissau dispõe, desde 2013, de uma lei que proíbe a utilização, fabrico, importação, comercialização e distribuição dos sacos e sacolas de plástico não biodegradável. A medida não está ser respeitada nem por comerciantes nem por utilizadores. ANG/RSM

 

Sem comentários:

Enviar um comentário