Costa do Marfim/ Uso da Inteligência Artificial na educação em África oferece
oportunidades apesar dos desafios
Bissau, 05 Fev 25
(ANG) – A inteligência artificial (IA)
está gradualmente se estabelecendo no cenário educacional africano, oferecendo
oportunidades sem precedentes, apesar dos desafios persistentes relacionados à
infraestrutura e aos preconceitos tecnológicos, de acordo com uma publicação feita
pela ONU, terça-feira, 4 de fevereiro de 2025.
Graças ao surgimento
de ferramentas digitais acessíveis, vários países do continente estão
explorando a IA para melhorar o aprendizado. Na Costa do Marfim, a Ministra da
Educação Nacional e Alfabetização, Mariatou Koné, enfatizou que a IA está
integrada às reformas do sistema educacional.
"Implementamos
iniciativas para conscientizar sobre a IA e seu potencial educacional, ao mesmo
tempo em que garantimos a proteção de dados pessoais", disse ela.
Na República
Democrática do Congo (RDC), onde os desafios tecnológicos são ainda mais
pronunciados, os professores percebem a IA por meio de seu impacto social e na
mídia. “Nós educamos nossos alunos a reconhecer informações falsas e imagens
manipuladas pela IA”, diz Benjamin Sivanzire, um professor em Beni.
No entanto, a IA
continua amplamente desenvolvida fora do continente, particularmente no Vale do
Silício (na Califórnia), onde os preconceitos algorítmicos geram preocupações.
A ONU está pedindo maior participação dos africanos na criação de ferramentas
de IA para que elas sejam adaptadas às realidades locais.
A Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) também incentiva
uma abordagem ética e inclusiva à IA na educação, com estruturas de
competências para orientar professores e alunos. Embora os governos africanos
estejam comprometidos em adotar estratégias nacionais de IA, o desafio continua
sendo garantir acesso equitativo às tecnologias e treinar os futuros talentos
que moldarão uma inteligência artificial verdadeiramente africana.
Em 2021, os
Estados-membros da UNESCO adotaram o primeiro padrão global sobre ética em IA,
definindo valores e princípios comuns que orientam a construção da
infraestrutura jurídica necessária para garantir o desenvolvimento saudável
desta tecnologia.
Em 2024, a UNESCO
publicou estruturas de competências para estudantes e professores para
orientá-los sobre o uso e o uso indevido da IA na sala de aula. ANG/FAAPA
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