Vencer
a corrupção é difícil, mas reduzi-la, sim
Bissau, 05 de Fev. 14 (ANG) -
O Adjunto-Inspector dos serviços da Inspecção Superior da Luta Contra Corrupção (ISLCC) reconhece
ser difícil acabar com a corrupção, mas o fenómeno pode ser atacado de maneira eficaz e faze-lo diminuir na Guiné-Bissau.
Em exclusivo a ANG, Pedro
Morato Milaco lamentou a falta de meios materiais com que a ISLCC depara no
desempenho das suas actividades, nomeadamente a fiscalização das acções dos
governos.
Em jeito de balanço do ano
transacto, este responsável informou que das actividades programadas para
executar no referido período, nem sequer se chegou aos 5 por cento das mesmas, “divido
a falta da vontade dos sucessivos governos”.
“A falta de materiais tem
impedido o funcionamento do ISLCC da sua criação a esta data e os governos se
mostram sempre desinteressados em serem fiscalizados”, disse o Inspector-adjunto
que acrescenta que por essa razão recusam criar condições para que ISCC possa
exercer cabalmente as suas funções ”, explicou
o
Inspector-adjunto.
Morato Milaco avançou que o fenómeno
da corrupção tem vindo a ganhar espaço no país, porque a Inspecção Superior de
Luta Contra a Corrupção, Tribunal de Conta e o próprio Gabinete de corrupção no
Ministério Público quase que “deixaram de funcionar”.
Interrogado se é possível
extinguir a corrupção, se ISCC estiver a funcionar em pleno, respondeu que não,
porque ela é tão antiga como a própria administração, mas pode se desencorajar
a sua prática.
“A corrupção pode ser atacada em duas formas:
primeira através da prevenção e de sensibilização onde se irá informar as
pessoas de que é um dos obstáculos para paz e a estabilidade”, esclareceu
adiantando que para o seu combate, é necessário a criação do espírito de denúncia
e mecanismos de protecção aos denunciantes.
A concluir, Pedro Milaco
voltou a reclamar um edifício próprio e equipado com meios materiais
suficientes e necessários para o funcionamento do ISLCC.
ANG/LPG/JAM
Sem comentários:
Enviar um comentário