terça-feira, 31 de maio de 2022

Literatura/ “ Um dia a escrita servirá de exemplo para mudar erros cometidos no país”, diz escritor Samba Bari

Bissau, 31 Mai 22 (ANG) – O escritor guineense Samba Bari disse acreditar que um dia a escrita servirá de  exemplo para compreender e mudar os erros que foram cometidos  na Guiné-Bissau.

Samba Bari  falava hoje em conferência de imprensa , na vêspera de apresentação do se
u terceiro  livro intitulado “ Reflexo da Carta Secreta- o Caso 12 de Abril”,  um livro que âncora a história do golpe de Estado levado a cabo em 2012.

Disse que, para além de contribuir na construção da história do país, através das suas obras litérarias, está a convidar a sociedade guineense para  se refletir sobre os  factos narrados e pensar na forma de mudar a historia.

“ Nem toda a história contada por mim  nos livros vai agradar à todos, mas escrevo as verdade dos factos dos acontecimentos ocorridos no país”, afirmou o escritor.

Trata-se da terceira  obra literária  do escritor: o primeiro livro  foi “ A Batalha dos Vivos”, lançado em agosto de 2016, que aborda o  comportamento da sociedade guineense, as contraversias politicas e as lutas contínuas que as pessoas devem fazer para alcançar o desenvolvimento,  e o segudo “ A Guerra de Bissau”, um livro em que o autor fixa em memória, o conflito politico militar, a guerra civil, de 7 de junho de 1998,  apresentado em novembro de 2018

Disse estar orgulhoso,  porque cada um dos livros já publicados vem com o titulo próprio e todas  as obras abordaram os factos ocorridos no país, factos que muitas vezes  não são agradáveis de revelar pelos impactos que deixam na sociedade, pelos hábitos que implantaram nas pessoas e sobretudo pela desconfiança, cada mais maior e permanente, e as dificuldades da convivência entre as chefias e líderes.

“Com sabor ou desabor, assim foi no primeiro livro que publiquei e assim será neste terceiro livro”, afirmou Samba Bari.

Disse estar tranquilo pelo trabalho literário que está a fazer ao nivel da escrita, por estar a contribuir na formação e informação da geração presente e futura, na obtenção de conhecimentos dos factos, nomes e as datas de todos os acontecimentos abordados nos seus livros.

“Costuma-se dizer que todo o cidadão deve participar na construção da história do seu país, isto é verdade,  mas também não é menos verdade que para cada cidadão poder participar activamente na construção da história, antes é preciso que cada geração  tenha conhecimento e explicações corretos do que aconteceu e como aconteceram”, frisou.

Segundo o escritor, escrita e os acontecimentos merecerão, um dia, uma atenção especial e serão um exemplo para retificar muitos dos erros  cometidos hoje.

“Quero garantir que  o meu esforço não está cessante e vai continuar incessante em não redicularizar, nem ficar quieto, calado e distante, semplesmente a lamentar”, assegurou. ANG/LPG/ÂC//SG 

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