quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Ambiente/”Faltam quadros técnicos capazes para garantir o sucesso do setor”, diz Viriato Soares Cassamá

Bissau, 21 Dez 22 (ANG) - O ministro do Ambiente e Biodiversidade, afirmou  terça-feira que o Ministério se depara com a insuficiência  de   quadros formados na área ambiental.

“É preciso que o Ministério do Ambiente tenha uma estrutura competente e quadros técnicos capazes de fazer com que o mesmo alcance os seus objectivos. Não é possível  cumprir com os mandatos se não existem quadros técnicos capazes de identificar os problemas e de apontar caminhos para soluções”, disse Cassamá à imprensa, no quadro de entrevistas a membros do Governo em jeito de balanço das atividades desenvvolvidas no decursso de 2022.

Soares Cassamá dividiu as atividadades do ministério de 2022 em seis eixos, nomedamente o desenvolvimento institucional, governança ambiental em termos de legislação políticas, reforço de capacidades dos quadros, projectos no âmbito de convenção na qual a  Guiné-Bissau é parte, no domínio de ambiente, e participações nas reuniões internacionais.

Disse que relativamente ao Desenvolvimento Institucional, o Ministério do Ambiente baniu as estruturas de direcções gerais e criou a Autoridade de Avaliação Ambiental Competente, Instituto Nacional de Ambiente e o Fundo Ambiental com finalidade de captar mais recursos para os seus objectivos.

“Quase 90 por cento de fundos  que recebemos são  donativos. Por isso, a forma de captar os recursos consiste em mostrar ao mundo que a  nossa estrutura é meramente técnica e que adopta a  política de prestação de contas”, disse Cassamá.

Sublinhou que no capítulo da Governança Ambiental, elaboraram vários pacotes de leis que acabaram por resultar na criação de cultura de avaliação ambiental, que outrora não existia.

“Actualmente influenciamos grandes  setores, tais como os de Minas e Recusos Naturais e florestas. Felizmente, têm o ambiente em conta nesta governação. Ou seja, não dão passo algum sem antes consultar o Ministério de Ambiente. Também o ministério de ambiente é o primeiro que dá a sua opinião sobre o abate das àrvores”, disse.

Na parte de formação, Viriato Soares Cassamá revelou que,  ao longo deste ano realizaram várias sessões de formação  e em vários domínios de governança ambiental.

“Temos uma formação que foi feita pelos inspectores ambientais, na qual foram formados mais de 20 inspectores de ambiente. No início de 2023 serão enviados para Portugal para  apreenderem mais a parte técnica”, contou.

Sobre os  projectos, o titular da pasta de ambiente disse que, têm “grandes” projectos e que o seu impacto é  a longo prazo, uma vez que são projetos que visam reforçar a capacidade de resiliência das comunidades face à problemática das alterações climáticas, degradação de solos, resíduos para além de  projetos  na àrea de conservação de biodiversidade.

Cassamá disse que a  Guiné-Bissau é conhecido no mundo como um país de biodiversidade por  ter iniciado os seus trabalhos concernentes a protecção da biodiversidade antes da Comunidade Internacional se preocupar, de forma global, com essa matéria.

“Cheguei esta madrugada de Montreal(Canadá) onde  participei na XV conferência das partes de convenção sobre biodiversidade biológica das Nações Unidas. E  uma das resoluções da conferência estabelece que todos os países presentes devem fazer um esforço no sentido de conservar 30 por cento da biodiversidade que existe no planeta. Felizmente, no nosso território, 20 por cento já é considerada como áreas protegidas”, disse Viriato Cassamá. ANG/AALS/ÂC//SG

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