quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Comércio/"Antigos feirantes serão  priorizados na ocupação do novo Mercado Central  de Bissau”, diz advogado da empresa Djaló Petro Service  

Bissau, 28 Dez 22 (ANG) - O advogado da Djaló Petro Service, empresa que assume a gerência do Mercado Central de Bissau declarou hoje  que os antigos feirantes terão a prioridade na reocupação do renovado imóvel , inaugurado, segunda-feira, pelo Presidente da República,Umaro Sissoco embaló.

Alcibíades Alves Gomes dos Santos falava  em entrevista à ANG sobre as condições de acesso as dependências do Mercado Central de Bissau para ativdidade comercial.

“As primeiras condições têm haver com a prioridade. A empresa responsável pela gestão  do Mercado de Bissau foi sempre clara ao dizer que a preferência é para os antigos ocupantes cujos nomes estão na lista que a Câmara Municipal entregou a administração da empresa que venceu o concurso para a gestão da Feira de Praça que é Djaló Petro Service”, disse.

O advogado disse que, por isso, em várias ocasiões, a empresa Djaló Petro Service fez questão de esclarecer  que os antingos feirantes gozam do  “direito de preferência”.

”Quanto a isso penso que não resta menor dúvida. Vamos lutar para o esclarecimento deste assunto para que não haja especulação em relação a isto”, salientou.

Alcibíades Santos acrescentou que a administração da empresa elaborou, previamente,  um termo e as condições para o efeito.

Disse que as pessoas que vão ocupar o novo “Feira de Praça” podem dirigir-se  à  administração da empresa e avançar com as suas pretenções para serem resgistradas para depois lhes serem  entregues os termos e condições numa ficha a preencher já com indicações do  preço estabelecido no acordo firmado entre a Câmara Municipal de Bissau e a empresa gestora do mercado.

 

Segundo Alcibiades Alves Gomes dos Santos , o referido acordo estabelece que, por cada metro quadrado deve  ser pago 35 mil francos cfa, com margem de oscilação.

“È um preço diferente do praticado antes do  incêndio  ocorrido no mercado , porque  fez-se  um grande investimento  pelo Estado, no valor de 4 mil milhões de francos CFA, para sua   reabilitação”, disse Gomes dos santos, acrescentando que, na sua inauguração, “o Presidente da República disse que o mercado tem que pagar  si mesmo”.

Realçou que é preciso que as pessoas que vão ocupar o mercado tenham a  consciência de que a situação do mercado agora é outra, com condições que exigem mais cuidados, em termos de limpeza, recolha de lixo, segurança entre outras .

O advogado da Djaló Petro Service disse que a outra condição a estabelecer vai ser a segurança civil obrigatória,  porque o Mercado foi destruido pelo incêndio  e as pessoas que lá estavam até hoje não conseguiram recuperar nem 1 franco CFA.

“A empresa e a  Câmara Municipal estão preocupados com aquela situação e decidiram que têm que introduzir a  questão de Seguros, para que seja assumida  os encargos para com eventuais danos que possam vir a surgir”, disse.

Segundo  aquele responsável, independentemente da condição de preferência à antiguidade, há outras condições que a administração do Centro Comecial está a exigir para as pessoas terem acesso aos cacifos, tálios e lojas dentro do Mercado.

Questionado sobre o início da atividade no mercado, Alcibíades disse que já se encontra aberto  e que todas as pessoas que têm cacifos podem se dirigir à administração para que  possam reocupar os seus lugares.

Pede a Associação dos feirantes para se optar pelo   diálogo, porque a empresa responsável pela administração do Mercado comprou a dívida na ordem de 4 mil milhões de franco CFA.

“Este tipo de investimento exige sempre a tranquilidade e paz para se poder gerir o mercado e pagar aquilo que o Estado tomou para reconstruir o mercado e também conseguir  ganhos”, salientou.

Disse que a empresa está disposta a chegar ao consenso com os ocupantes  do Mercado Central.

A porta voz das mulheres vendedeiras,  Antónia da Silva Costa  disse estar muito preocupada com situação do mercado, porque como antigos ocupantes,  há 16 anos à espera da sua reabilitação, nem foram  chamados para participarem na cerimónia da sua inauguração.

“De surpresa, mandaram-nos dizer que não vamos mais sentar-se aqui nos passeios a frente do mercado e isso nos estranhou. Se alguém me disse que não há problemas vou lhe dizer que não é verdade, porque deviamos sair daqui para ocupar os nossos lugares dentro do mercado”, disse.

Antónia Costa disse  que dispõem de informações segundo as quais os preços para reocupação do mercado vão ser   exorbitantes , e alega que sofreram perdas devido ao incêndio, por duas vezes, do mercado mas que não tiveram nenhuma compensação .

Antónia diz que não são  justos  os preços estipulados para se ter acesso as dependências do mercado para suas atividades comerciais. “Se pagarmos esses preços não vamos ter de comer com os nossos filhos e resolver outros assuntos”, disse. ANG/MI/ÂC//SG     

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