China/Presidente
chinês Xi Jinping enceta visita de 3 dias à Arábia Saudita
Bissau,08
Dez 22(ANG) - O Presidente chinês Xi Jinping chegou esta
quarta-feira à tarde em Riade, capital da Arábia Saudita onde efectua uma
visita oficial de 3 dias, durante a qual deverá efectuar contactos com as
autoridades centradas nomeadamente sobre as questões energéticas, numa altura
em que o mundo atravessa uma crise nesta matéria devido ao conflito na Ucrânia.
Esta visita apresentada por
Pequim como sendo a «maior
actividade diplomática entre a China e o mundo Árabe desde a fundação da
República Popular da China» é a primeira visita
de Xi Jinping ao país desde 2016 e a sua terceira deslocação
fora da China desde o início da pandemia.
No âmbito desta deslocação,
estão previstos encontros entre o chefe de Estado chinês e o rei Salman e com o
Príncipe herdeiro Mohammed Ben Salman, estando igualmente em agenda uma cimeira
na sexta-feira com os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo, bem como
um outro encontro com líderes árabes.
A questão da energia deveria
dominar os contactos do líder da segunda economia mundial e principal
importador de petróleo com os dirigentes daquele que é o principal país
produtor de ouro negro do globo.
Segundo observadores, para
além da conjunção de interesses entre a Arábia Saudita e a China em matéria
energética, um certo número de acordos deveriam ser assinados, nomeadamente em
matéria de equipamentos de alta tecnologia chinesa que deveriam ser utilizados
no 'NEOM', a cidade futurista de 500 mil milhões de Dólares que o príncipe
herdeiro saudita pretende erguer.
De acordo com oficiais
sauditas, o país absorveu mais de 20% dos investimentos chineses no mundo árabe
entre 2002 e 2020 o que torna este reino o principal parceiro de Pequim a nível
regional.
Para além de um aspecto
económico, esta visita reveste igualmente um aspecto geopolítico forte no
momento em que a ofensiva russa na Ucrânia e também os conflitos na zona do
golfo rebateram as cartas das alianças a nível mundial.
Um aspecto que não escapará
em particular aos Estados Unidos envolvido em diferendos comerciais com a China
e que, por outro lado, também vê com maus olhos a recente decisão da OPEP
manter a diminuição da sua produção de petróleo, com o objectivo declarado
de «estabilizar o mercado».
A decisão do bloco onde a
Arábia Saudita assume um papel preponderante, foi denunciada por Washington
como sendo «um alinhamento com
a Rússia», numa altura em que ocidente tem tentado aplicar sanções a
Moscovo em todos os domínios, nomeadamente a energia.
Neste contexto, as relações
entre os Estados Unidos e Riade têm sido mais distantes, Biden tendo chegado a
afirmar que iria «reavaliar» as
relações entre os dois países.
Por sua vez, Riade considera
que o seu tradicional aliado, Washington, não preencheu totalmente o seu
caderno de encargos em matéria de segurança, depois dos ataques efectuados
contra o seu território a partir do vizinho Iémen por rebeldes hutis, em
Setembro de 2019.ANG/RFI
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