sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Hungria/Governo rejeita chegada de migrantes ao país para evitar "mini Gazas"

Bissau, 10 Nov 23 (ANG) - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, garantiu hoje que rejeita a chegada de migrantes ao país para evitar a criação de "mini Gazas", como considera que acontece nos países da Europa ocidental.

Na sua intervenção quinzenal na rádio pública Kossuth, Orbán afirmou que "a migração e o terrorismo andam de mãos dadas", garantindo que "os migrantes ilegais são cada vez mais radicais".

"Há grupos terroristas por trás deles (dos migrantes)", referindo-se a um relatório do serviço de segurança nacional húngaro.

Este relatório, publicado na semana passada, afirma que diferentes organizações terroristas estão envolvidas no tráfico ilegal de seres humanos.

Neste sentido, Orbán criticou o pacto europeu de migração que, entre outras medidas, prevê a deslocalização de migrantes e refugiados,  sublinhando que os países ocidentais querem forçar a Hungria a aceitar esta "má solução".

Anunciou ainda que o seu país aprovará um endurecimento das suas já muito restritivas políticas de migração antes do fim-do-ano.

Em relação à Ucrânia, Orbán, o maior aliado da Rússia dentro da União Europeia (UE), reiterou que as negociações de adesão dos ucranianos ao bloco europeu não deveriam começar porque o país estaria longe de estar pronto.

A Hungria é, juntamente com a Turquia, o único país da NATO que não forneceu ajuda militar à Ucrânia para se defender da agressão russa.

As relações entre a Hungria e a Ucrânia são tensas, já que Kiev afirma que Budapeste apoia as políticas russas, enquanto os húngaros acusam a os ucranianos de não respeitar os direitos das minorias étnicas, incluindo os magiares, compostos por cerca de 150 mil pessoas. ANG/Angop

 

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