Israel/ Governo aprova o acordo de cessar-fogo com o Hamas
Bissau, 22 Nov 23 (ANG) - Israel
aprovou na madrugada desta quarta-feira, 22 de Novembro, o acordo de
cessar-fogo com o Hamas que prevê a libertação de reféns em Gaza e de
prisioneiros palestinianos.
Depois de cinco semanas de difíceis
negociações, o governo israelita aprovou o acordo que prevê a liberação de 50
reféns em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinianos e uma trégua de
quatro dias entre Israel e o movimento Hamas.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios
Estrangeiros do Qatar descreveu as conversações que produziram o acordo para
uma “pausa humanitária” como o resultado de uma mediação do Egito, dos EUA e do
Qatar.
“O
início da pausa será anunciado nas próximas 24 horas e terá a duração de quatro
dias, sujeito a prorrogação”, referiu
o comunicado.
O Qatar referiu que o cessar-fogo vai
permitir a entrada de um maior número de ajuda humanitária, incluindo
combustível.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, disse
apoiar o acordo assinado com o movimento islamita Hamas e disse esperar que a
trégua “seja o primeiro passo
para devolver todos os reféns a casa”.
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden
mostrou-se “extremamente satisfeito” e a Rússia,
através da porta-porta voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, sublinhou que
esta trégua vai permitir o fim da escalada do conflito.
Os presidentes da Comissão Europeia, do
Parlamento Europeu e do Conselho Europeu saudaram o acordo sobre a anunciada
trégua em Gaza e a libertação dos reféns, indicando que a pausa deve ser
aproveitada para “intensificar” a ajuda humanitária.
Por seu lado, o ministro da Defesa
israelita, Yoav Gallant, avisou que esta trégua não representa o fim da guerra
na Faixa de Gaza. O Hamas saudou o acordo, mas garantiu que a luta não
terminou.
Esta trégua surge após semanas de pressão
crescente por parte da comunidade internacional e dos principais organismos
internacionais, como as Nações Unidas, para pôr termo aos ataques incessantes,
que também já causaram mais de 1,5 milhões de deslocados. ANG/RFI
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