segunda-feira, 6 de maio de 2019

Religião/Islão


              Muçulmanos de novo divididos quanto a data de início de jejum

Bissau, 06 mai 19 (ANG) – a Comunidade muçulmana guineense está de novo dividida quanto a data de início dos 30 dias de jejum.

Para muitos os dias de penitência iniciam hoje, porque em Meca, na Arábia Saudita, o jejum começou hoje, mas  para outros o jejum deve iniciar na terça-feira, pelo que só começam a jejuar na terça-feira.

Braima Seidi disse que o dia está calendarizado  na base da lua pelo que não há  necessidade de disputa com a Meca, acrescentando que hoje é o primeiro dia do jejum, e como o país não tem condição suficiente em termos de aparelhos para ver a lua, os muçulmanos devem seguir a orientação da Cidade Santa de Meca.

Pediu a bênção para o país, em particular para os muçulmanos, acrescentando que o país está em crise financeira, por isso os comerciantes devem baixar os preços dos produtos da primeira necessidade para facilitar os mais carenciados.

Aliu Baldé disse que o início de jejum tem a ver com a interpretação pessoal da escritura do Alcorão, acrescentando que os que jejuarem hoje seguiram a iniciativa da Meca,o que, segundo Baldé, não significa que a outra parte está errada.

Aliu Baldé disse esperar que  o jejum corra bem este ano apesar de a situação financeira do país não favorecer.

“A falta de meios económicos não deve ser motivos para não se praticar o jejum, porque é obrigatório”, disse.

Para Agostinho Dabó, a origem das contradições sobre a data de início de jejum se deve à falta de equipamentos para a confirmação da saída da Lua.

Disse que, se a Meca viu a Lua e iniciar o jejum as divergências entre muçulmanos devem acabar.

Todos os entrevistados sobre as divergências sobre o início do jejum foram unânimes em reiterar  que o Profeta Mohamed dizia que os muçulmanos devem jejuar caso verem a lua ou se uma pessoa de confiança afirmara a ter visto, e que essa confirmação é valida tanto para o início como para o fim do jejum:  30 dias depois.

De referir que os muçulmanos da Guiné-Bissau mais uma vez iniciaram de forma separados o jejum para a festa de Ramadão.
ANG/DMG

Sem comentários:

Enviar um comentário