Quase metade da população escolar mundial
está sem aulas
Bissau,
19 mar 20 (ANG) - Mais de 850 milhões de crianças e jovens em todo o mundo,
quase metade da população escolar mundial, estão sem aulas devido às medidas de
contenção para travar a propagação do novo coronavírus, anunciou hoje a UNESCO.
Segundo a Organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), estes dados são
relativos a terça-feira, com a agência internacional a estimar que os números
vão continuar a aumentar, à semelhança do que tem acontecido nos últimos dias.
Em declarações feitas na
terça-feira ao serviço de notícias ONU News, o representante da UNESCO, Vincent
Defourny, referiu que os números disponíveis até então apontavam que mais de
776,7 milhões de crianças e jovens em todo o mundo estavam fora das salas de
aulas por causa do novo coronavírus.
Os números divulgados pela UNESCO referem que, até terça-feira, 102
países tinham todos os estabelecimentos de ensino (incluindo universidades)
encerrados a nível nacional. E outros 11 países tinham encerramentos parciais,
em zonas específicas dos respectivos territórios.
A UNESCO frisou que a
actual situação representa "um desafio sem precedentes" para o sector
da educação.
Nas declarações feitas
na terça-feira, Vincent Defourny disse que a UNESCO está a trabalhar,
juntamente com as autoridades dos países, para procurar soluções que permitam
uma aprendizagem à distância e inclusiva.
A UNESCO tem destacado
que o encerramento dos estabelecimentos de ensino, mesmo que seja temporário,
representa um custo social e económico alto, lembrando, por exemplo, questões
relacionadas com a alimentação das crianças, uma vez que muitos menores ficam
sem alimentos a que têm acesso na escola.
O coronavírus
responsável pela pandemia da Covid-19 infectou, até à data, mais de 194 mil
pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infectadas
em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na
China, em Dezembro, e espalhou-se por mais de 150 países e territórios, o que
levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, a
Europa tornou-se o epicentro da pandemia. ANG/Angop
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