quinta-feira, 23 de junho de 2022

Finanças públicas/Presidente da República exalta donativo de 70 milhões do Banco Mundial a Guiné-Bissau como resultado de sacrifícios consentidos pelo país

Bissau, 23 Jun 22 (ANG)- O Presidente da República considerou quinta-feira o donativo de 70 milhões de dólares doado pelo Banco Mundial para requalificação de 115 quilómetros da estrada Safim/Mpack, resultado dos sacrifícios consentidos pelo  pais em geral e pelos servidores público em particular.

Umaro Sissoco Embaló falava na cerimónia de assinatura do acordo para a disponibilização desse fundo, decorrida na Presidência da República.

“Felicito à todos. A Minha geração é de ações concretas. Para chegarmos a esse nível foi preciso consentir muitos sacrifícios. Um dia vou mas os projetos ficam”, disse o Chefe de Estado num discurso em francês.

Sissoco Embaló garantiu ao Diretor Regional do Banco Mundial, presente na cerimónia, que tudo o que foi acordado, tanto com o Banco Mundial assim como com o FMI e o BAD será executado à letra, e fiscalizado.

“A Guiné-Bissau será um país modelo. E já o começamos com esse donativo. Não nos foi dado porque temos boas intenções. São as ações que contaram, e muita gente duvidada se vamos chegar à esse nível”, referiu Embaló.

O chefe de Estado recomendou a continuidade desse dinamismo no exercício de funções públicas, com aplicação da transparência na utilização de fundos públicos, e  o combate a corrupção.

Disse estar seguro de que o Banco Mundial vai continuar parceiro da Guiné-Bissau e prometeu que o país vai fazer tudo para que haja confiança entre as partes.

Segundo o Director Regional do Banco Mundial, Nathan Belete, o donativo que representa  44 mil milhões de francos cfa doado à Guiné-Bissau se destina a melhorar o acesso rodoviário do Norte da Guiné-Bissau e reforçar a conexão regional, nomeadamente com o Senegal e a Gâmbia.

“Vai permitir que mais de 400 mil pessoas do Norte do país beneficiassem de uma estrada de excelente qualidade, e melhorar os rendimentos das populações por se tratar de uma região onde as produções e potencialidades agrícolas são mais elevadas”, disse.

Belete acrescentou que ao longo da estrada objeto de requalificação serão constuídos pontos de água para as populações.

Disse esperar que o projeto tenha impacto positivo na diminuição de acidentes rodoviários, sobretudo os que provocam perdas humanas, porque será garantida a assistência para reforçar a segurança rodoviária e a resiliência às mudanças climáticas.

Segundo Director Regional do BM, a par do projeto de transporte rural assinado em 2019, o novo projeto testemunha o engajamento do Banco Mundial no sector de transportes e de sua vontade de apoiar a Guiné-Bissau para que responda aos desafios em matéria de melhoramento das infraestruturas e da melhoria das condições da população guineense.

Sem nenhuma incidência sobre a dívida pública do país, as operações do Banco Mundial, segundo Nathan Balete, já absorvem 400 milhões de dólares para oito projetos nacionais e quatro regionais, nomeadamente nos setores de infraestruturas rodoviárias, energia, telecomunicações, agricultura, saúde e educação, sem contar com os apoios a proteção social.

“Todos nós em conjunto fazemos o mesmo nível de mobilização e de engajamento para diligenciar a realização prática deste projeto, para levar a cabo, o mais depressa possível, as atividades no terreno, em benefício da população e das partes envolvidas”, recomendou o diretor regional do Banco Mundial. ANG//SG

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