Clima/Covid-19 e a Guerra da Ucrânia não devem enviabilizar agenda de finaciamento do clima”,diz Presidente Sissoco Embaló
Bissau 08 Nov 22 (ANG) –
O Presidente da República
defendeu esta segunda-feira que as crises múltiplas de Covid-19 e a guerra da Ucrânia
não devem enviabilizar a agenda de financiamento do Clima.
“Deve-se chegar a um acordo sobre uma
arquitectura na implementação do financiamento climático de longo prazo”,
acrescentou Umaro Sissoco Embaló.
O Chefe de Estado
guineense que discursava na Conferência das Nações Unidas sobre Clima
denominada de Cop-27, a decorrer no Egipto de 06 a 18 do mês em curso, reiterou que a Guiné-Bissau se comprometeu a implementar ações de mitigação
correspondentes a um desvio equivalente a menos de 30 por cento ou mais em
relação ao cenário tendencial até 2020/30, e de atingir a neutralidade de
carbono até 2020/50.
Embaló salientou que,
para que tal desejo seja uma realidade, é preciso iniciar mudanças profundas e
urgentes para fechar as lacunas entre os objectivos definidos pelo acordo de
Paris e as tendências atuais na evolução das emissões de gases de efeito de estufa .
“A África precisa do
apoio adicional para suas iniciativas, nomeadamente, a Iniciativa Africana da
Energia Renovável e a da Adaptação ,que visam ajudar a alcansar as suas necessidades de desenvolvimento, que passam por três
objectivos principais ou seja: obter 100 por cento de acesso a energia
suficiente moderno e renovável para todos os cidadãos dos países menos
avançados até 2020/30, a mesma percentagem em electricidade e fontes da energia
renováveis em todos os países menos avançados até 2020/50”,exortou.
O terceiro objectivo,
diz o PR, passa por atendimento de todas as necessidades dos cidadãos, desde
serviços sociais ,industriais e 100 por cento de utilização das potenciais
energéticas ao longo da cadeia de valor, através de implementação das melhores práticas para os
anos 2020/40.
Sissoco Embaló enalteceu
perante os confenrêncistas que a
Guiné-Bissau é um país altamente ameaçado pela subida do nivel do mar ,erosão
consteira entre outros riscos ligados à alterações climáticas e com enumeras
vulnerabilidades extremas ,por ser um Estado africano menos avançado e um
pequeno povo insolar em desenvolvimento.
Todas essas vicissitudes
segundo o Chefe de Estado, contribuem de uma forma significante, na emissão global de gazes com efeitos de estufa.
“Por isso devemos sair daqui solidários e comprometidos com a implementação do Acordo
de Páris sobre o novo regime climático ,manter o continuo engajamento
financeiro, principalmente por parte dos maiores emissores de gases de efeito
de estufa, que cada um possa fazer a sua parte, a fim de garantir um planeta
mais saudável para as gerações vindouras”,dise o Presidente da República.
Chefe do Estado reafirmou
o engajamento do país no âmbito da convenção do quadro das Nações Unidas sobre
as alterações climáticas e na implementação dos objectivos fixados pelo Acordo
do Páris .
Um dos pontos mais importantes neste
encontro é a negociação das compensações para os países que emitem menos gases
de efeito de estufa, muitos deles situados no Hemisfério Sul, e são, no
entanto, os países que mais sofrem com o aquecimento global.
Muitos deles vão pedir que se cumpra a promessa de 100 mil milhões de dólares de ajudas nunca cumpridos até agora. ANG/MSC//SG
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