EUA/Presidente
Biden diz que ocupação da Faixa de Gaza por Israel seria um “erro grave”
Bissau,
16 Out 23 (ANG) – O Presidente dos Estados Unidos defendeu que qualquer
tentativa de Israel de ocupar a Faixa de Gaza seria um “erro grave”, numa
entrevista transmitida no domingo.
As
declarações de Joe Biden surgem no momento em que as tropas israelitas se
preparam para uma provável ofensiva terrestre contra o movimento islamita
Hamas.
Questionado
no programa “60 Minutos” da cadeia de televisão CBS sobre se apoiaria uma
ocupação israelita da Faixa de Gaza, Biden respondeu: “Penso que seria um erro
grave”.
O
Hamas “não representa todo o povo palestiniano”, continuou. Mas “eliminar os
extremistas” é um “passo necessário”, sustentou.
As
afirmações de Biden acontecem no momento em que os Estados Unidos e Israel
estão a preparar uma possível visita do Presidente norte-americano a território
israelita, informaram no domingo a cadeia de televisão CNN e o ‘site’ de
notícias Axios.
Segundo
o Axios, que cita funcionários norte-americanos e israelitas, a visita de Biden
poderá ter lugar no final da próxima semana.
“Não
temos novas viagens para anunciar”, afirmou, contudo, Adrienne Watson,
porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, responsável pela
política externa, questionada pela agência de notícias EFE.
Uma
visita de Biden seria uma demonstração significativa de apoio a Israel, o
principal aliado dos Estados Unidos no Médio Oriente, e surgiria na sequência
de uma visita à região pelo secretário de Estado, Antony Blinken, que deverá
encontrar-se hoje com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Biden
falou com Netanyahu no sábado, naquele que foi o quinto telefonema entre os
dois desde o ataque de 07 de outubro do movimento islamita Hamas, ao qual
Israel respondeu declarando o estado de guerra e bombardeando a Faixa de Gaza.
O
ataque do Hamas causou cerca de 1.400 mortos em Israel, o pior massacre da sua
história.
Na
Faixa de Gaza, os mortos em nove dias de guerra ultrapassam os 2.670, o número
mais elevado da história do enclave – que já conta com mais mortos do que nos
55 dias de combates de 2014 -, e os feridos totalizam cerca de 9.600.
ANG/Inforpress/Lusa
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