China/Presidente Xi Jinping apoia conferência de paz "reconhecida pela
Rússia e Ucrânia”
Bissau, 16 abr 24 (ANG) – O
Presidente chinês, Xi Jinping, transmitiu hoje ao Chanceler alemão, Olaf
Scholz, o apoio de Pequim à "convocação atempada" de uma
"conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia
com a participação de todas as partes".
"A China encoraja todos
os esforços que conduzam a uma resolução pacífica da crise e apoia a convocação
atempada de uma conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela
Ucrânia com a participação de todas as partes", disse Xi, numa reunião em
Pequim, informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em
comunicado.
De acordo com a mesma nota,
os dois líderes concordaram com a necessidade de "apoiar os princípios das
Nações Unidas e opor-se ao uso de armas nucleares ou ataques contra alvos
pacíficos ou instalações nucleares".
Também concordaram com a
necessidade de "resolver adequadamente as questões de segurança
alimentar" e "respeitar o Direito humanitário internacional".
Xi disse ainda que
"todas as partes devem trabalhar em conjunto para restaurar a paz o mais
rapidamente possível" e que "a paz e a estabilidade devem ser
procuradas e os interesses egoístas devem ser postos de lado".
"A situação deve ser
refreada e não deve ser acrescentado mais combustível ao fogo, devem ser
criadas condições para que a paz possa ser restabelecida e o conflito possa ser
impedido de se agravar ainda mais. Temos também de reduzir o seu impacto
negativo na economia mundial", afirmou o líder chinês.
Xi sublinhou que "a
China não é uma parte nem um participante nestas crises" e que "tem
tentado promover as conversações de paz à sua maneira".
"Estamos dispostos a
manter a cooperação com todas as partes, incluindo a Alemanha, a este
respeito", acrescentou.
Desde o início dos combates
na Ucrânia, a China tem apelado ao respeito pela "integridade territorial
de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às
"preocupações legítimas de todos os países", referindo-se à Rússia.
Pequim também procurou
contrariar as críticas de que está a apoiar a Rússia na sua campanha na Ucrânia
e apresentou um documento com 12 pontos sobre a disputa, que foi recebido com
ceticismo pelo Ocidente, enquanto continua a aprofundar as suas trocas com
Moscovo.
Uma das prioridades de Scholz, que termina hoje uma visita de três dias ao país asiático, foi sublinhar junto de Pequim a importância da China como mediadora em conflitos como a guerra na Ucrânia.ANG/Lusa/Fim
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