Níger / Autoridades militar anuncia
ter recebido instrutores e material militar da Rússia
Bissau, 12 Abr 24 (ANG) - Instrutores russos chegaram
na quarta-feira a Niamey juntamente com um primeiro carregamento de material
militar russo de última geração no âmbito do reforço da cooperação entre a
junta militar e Moscovo em matéria de defesa, anunciou quinta-feira à noite a
televisão pública nigerina.
Nesta sexta-feira, a 'Africa Corps', entidade considerada como sendo a sucessora do grupo paramilitar russo Wagner em África ,confirmou a sua chegada ao país.
Relativamente aos instrutores militares russos, cujo número não
foi especificado, a televisão nigerina referiu que eles "vão assegurar uma formação de
qualidade" aos
militares nigerinos "para
uma utilização eficiente do referido sistema".
No passado dia 26 de Março, o chefe do regime militar no Níger,
o general Abdurahamane Tiani, já tinha mantido uma conversa telefónica com o
presidente russo Vladimir Putin durante a qual, segundo Niamey, se tinha
abordado o "fortalecimento" da cooperação bilateral em
matéria de segurança "para fazer frente às ameaças
actuais". Isto
depois de já em Janeiro, a Rússia ter anunciado a sua intenção de "intensificar" a
sua cooperação militar com o Níger.
Em meados do mês passado, a Junta Militar pôs termo com "efeito imediato" ao
acordo de cooperação militar que ligava o Níger aos Estados Unidos desde 2012,
alegando que era "ilegal" e que "tinha sido imposto unilateralmente" por
Washington.
Esta decisão surgiu depois de Niamey ter também virado costas à
França cujos militares tiveram que abandonar o país no ano passado, à
semelhança do que sucedeu no Burkina Faso e no Mali igualmente dirigidos por
regimes resultantes de sucessivos golpes de estado militares desde 2020.
Confrontado, tal como os seus vizinhos imediatos, à violência jihadista, o Níger foi palco de um ataque à bomba "no começo da semana" em que morreram seis militares nigerinos, as autoridades do país especificando ainda que durante esse ataque ocorrido junto da fronteira com o Mali, também foi "neutralizada" pelo menos uma dezena de terroristas.ANG/RFI
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