Eleições Gerais/Movimento Nacional da Sociedade
Civil alerta para o perigo de “militarização
da campanha eleitoral”
Bissau, 05 Nov
25 (ANG) - O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz,
Democracia e Desenvolvimento(MNSCPDD), Fodé Caramba Sanhá, afirmou hoje que,
até ao momento, não há informações que possam constituir motivo de preocupação
relativamente aos discursos proferidos pelos candidatos nos comícios eleitorais,
mas disse houver “tentativas de militarização da campanha eleitoral”.
Fodé Caramba
Sanhá falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), em
jeito de balanço parcial dos primeiros quatro dias de campanha eleitoral para
as eleições gerais de 23 de novembro do ano curso.
“A campanha eleitoral é um exercício cívico, e
não militar. Alguns candidatos fazem referência aos militares como forma de
mobilização de votos, o que pode beliscar o espírito democrático e afastar o
eleitorado”, advertiu.
Por isso,
exorta aos militares no sentido de se afastarem da politica, porque o seu papel
é de garantir a segurança e não participar em disputas partidárias.
Acrescentou
que qualquer tentativa de envolver os militares pode pôr em causa o ambiente de
paz e a confiança dos eleitores.
Fodé Carambá
Sanhá disse que os candidatos devem evitar abordagens baseadas em critérios
étnicos, sublinhando que o país não enfrenta divisões étnicas.
“Ninguém ou nenhum
candidato deve identificar-se como candidato de um grupo étnico específico.
Essa é uma abordagem falhada. A sociedade guineense já compreendeu que o uso da
etnia ou da religião para proveito político é inaceitável”, afirmou.
Relativamente
ao conteúdo das propostas, o Presidente do Movimento Nacional da Sociedade
Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento lamentou que muitos candidatos
centram os seus discursos no passado, sem apresentar projetos concretos para o
futuro.
“Limitam-se
a fazer uma abordagem histórica. Não estão a apresentar projetos que permitam
ao eleitorado fazer uma escolha informada e, no futuro, cobrar resultados ao
governo”, declarou.
Fodé Caramba
Sanhá acrescentou que, até agora, não foram identificados discursos de ódio,
manipulação de informação ou ataques pessoais. Ainda assim, apelou aos
candidatos para respeitarem o código de conduta, apresentando propostas
concretas e proferirem mensagens que promovam a união nacional.
Disse que o
Movimento da Sociedade Civil para a Paz, Democracia Desenvolvimento está a
acompanhar de perto as atividades dos candidatos em todo o território nacional,
através das suas estruturas regionais e organizações parceiras, para garantir
um processo eleitoral pacífico e transparente.
“O nosso
objetivo é garantir uma campanha pacífica, baseada em propostas concretas e no
respeito mútuo entre os candidatos”, concluiu o Presidente do Movimento
Nacional da Sociedade Civil para Paz e o Desenvolvimento.
A campanha eleitoral cumpre hoje o 5º dos 21 dias dias de duração, para
eleições legislativas e presidenciais de 23 de Novembro, concorrido por 12
candidatos presidenciais e 13 partidos e uma coligação.ANG/LPG//SG

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