Regiões/ “Direitos Humanos continuam em
situação preocupante”, diz dirigente
regional da Liga de Gabu
Gabú, 10 Dez
25(ANG) — O Presidente regional da Liga
Guineense dos Direitos Humanos de Gabu, leste do país (LGDH), disse que a situação dos direitos humanos na Região ainda constitui motivo de grande preocupação.
Samba Só
falava à Rádio Sintchan Ôcco, por
ocasião do Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se celebra esta quarta-feira sob o lema “O essencial de
cada dia”.
Samba Só afirmou
que nos últimos três anos têm sido registados vários casos de assassinatos,
assaltos à mão armada e outros tipos de crimes, envolvendo tanto homens como
mulheres.
“A situação
dos direitos humanos na região de Gabu tem sido negativa durante estes últimos
três anos. Os nossos relatórios demonstram uma realidade preocupante, sobretudo
porque muitas leis aprovadas pela Assembleia Nacional Popular não estão a ser
cumpridas”, declarou.
Entre os
principais desafios da organização na Região, o responsável regional da Liga
Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), apontou a necessidade de reforçar o
trabalho de campo e aumentar as ações de sensibilização junto das populações
rurais sobre os seus direitos fundamentais.
Revelou que
a LGDH tem igualmente desenvolvido projetos de combate ao extremismo violento e
ao terrorismo, atuando na prevenção da radicalização, fenómeno que tem crescido
em vários países africanos.
“Temos uma sede provincial que trabalha na
prevenção desse problema, sobretudo entre os jovens”, explicou.
Segundo
Samba Só, o trabalho da Liga tem contribuído para reduzir os casos de violação
de direitos humanos por parte das autoridades policiais e judiciais.
No entanto,
o dirigente sublinhou que a organização enfrenta sérias limitações,
nomeadamente a falta de uma sede própria e de meios de transporte para
deslocações às tabancas.
“Muitas
vítimas são obrigadas a vir à minha casa para relatar os seus problemas. Isso
não é adequado. Precisamos de uma sede e de transporte para melhor apoiar as
comunidades”, lamentou.
Devido ao
contexto nacional, este ano as comemorações do Dia Internacional dos Direitos
Humanos decorreram apenas em Bissau, sem atividades comemorativas em Gabu.
Samba Só
aproveitou ainda a ocasião para apelar à população da região, especialmente das
zonas rurais, para rejeitarem práticas
de corrupção.
“A população
deve ter a coragem de recusar qualquer pagamento sem recibo”, exortou.
A Liga
Guineense dos Direitos Humanos em Gabu conta atualmente com cerca de três mil
membros e está representada em todos os setores e secções da região. ANG/LPG/ÂC//SG

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