terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Futebol



Sporting de Bafatá é novo líder do campeonato nacional

Bissau, 20 Dez 16(ANG) – O Sporting Clube de Bafatá é agora o novo líder do campeonato nacional de futebol da primeira divisão, ao receber e vencer, no sábado, o FC de Canchungo por uma bola a zero, na partida que abriu a quarta jornada da Guines Liga.

Os “leões de Leste”, que saíram de um empate a uma bola com o Benfica no acerto da primeira jornada, arrancaram assim uma importante vitória tangencial, que lhe valeu a liderança isolada do campeonato, beneficiando das derrotas de União desportiva Internacional de Bissau (UDIB) e Nuno Tristão FC de Bula e de empate de Pelundo na mesma jornada.

Este resultado justifica um bom início da temporada para os leões de leste e a reconciliação do treinador, Baba Cissé (Mister Babá) com os adeptos, que na última temporada puseram em causa a continuidade do treinador a frente da equipa técnica.

Na mesma jornada, Os Lagartos de Bambadinca e Portos de Bissau conquistaram os primeiros pontos na Guines Liga.

 Os Lagartos de Bambadinca impuseram a primeira derrota à UDIB que até na terceira jornada liderava o campeonato com 9 pontos, por duas bolas a uma. Bambadinca conquistou assim, os seus primeiros três pontos no campeonato, saindo da zona mais aflita da tabela classificativa.

Ainda no sábado, o Benfica de Bissau voltou a empatar por duas bolas com Portos de Bissau, depois de empatar no meio da semana frente a Sporting de Bafatá. Os estivadores de portos de Bissau conquistaram o primeiro ponto, depois de estarem em desvantagem por duas vezes na partida, no Estádio 24 de Setembro.

Os golos de Benfica de Bissau foram apontados por Ussumane Baipor aos 41 minutos e Toni da Silva aos 82 minutos, e Umaro apontou os golos de Portos aos 72 e 88 minutos, este último de pênalti.

Os Cavalos Brancos de Cuntum viajaram  até Mansoa para bater os Balantas por 2-0 continuando assim a sua senda vitoriosa, depois de vencer os estivadores pelo mesmo resultado na jornada anterior.

Enquanto isso a turma de Bula aprovou a amargura da derrota, ao perder na visita aos Tigres da Fronteira- São Domingos por duas bolas à uma.

O sensacional Lobos de Pelundo e Sporting de Guiné-Bissau não foram além de um empate a zero bolas.

O jogo entre Cantanhez e Mavegro foi adiado, devido ao mau tempo e segundo as informações apuradas pelo diário “O Golo GB”, a partida será realizada numa data oportuna.

Eis os resultados completos da quarta jornada: SB Benfica-2/ Portos de Bissau-2, CF os Balantas- 0/ FC Cuntum-2, Lag. Bambadinca- 2/ UDIB-1, São Domingos-2/ Bula-1, Pelundo-0/ Sporting CGB-0, SC Bafatá -1/ Canchungo-0, Est. Cantanhez/ Mavegro adiada.

A Classificação ficou assim, Primeiro-Bafatá-10 Pontos, segundo-UDIB com 9, terceiro Pelundo 8 pontos, quarto Bula 7 pontos, quinto Sporting da GB 7 pontos com menos um jogo, sexto Cuntum 6 Pontos, menos um jogo, sétimo São Domingos 6 pontos, oitavo Benfica 5 pontos, menos um jogo, nono Canchungo 4 pontos, décimo Bambadinca 3 pontos, menos um jogo, décimo primeiro Mavegro 3 pontos, menos um jogo, décimo segundo B. Mansoa 1 ponto, décimo terceiro Portos 1 ponto e último, Cantanhez 0 pontos, menos um jogo.  

ANG/O Golo GB


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Internacional


Cuba adverte Donald Trump e exige respeito nas negociações

Bissau, 19 Dez 16 (ANG) - Cuba fez no sábado uma advertência ao Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que só aceita  relações com Washington em termos de igualdade, sem condicionamentos e com independência.


A advertência de Cuba foi feita no dia do terceiro aniversário da aproximação com os Estados Unidos.

“Cuba jamais aceita condições diferentes”, enfatizou o jornal oficial “Granma”, ao recordar que a aproximação entre os dois países começou em 17 de Dezembro de 2014, durante uma “negociação em termos de igualdade, sem condicionamentos e com respeito à independência e soberania da ilha”.

“Durante o último meio século, Cuba demonstrou em inúmeras ocasiões que não está disposta a trair os princípios e valores nos quais crê firmemente e o sacrifício compartilhado por milhões de pessoas desde o início dos seus feitos independentistas até hoje, seja quantos forem os benefícios”, referiu o jornal.

Após os anúncios presidenciais da data, começou um processo de “normalização” das relações entre ambos os países, após mais de meio século de inimizade.



Os laços diplomáticos foram restabelecidos em Julho de 2015, e as aproximações foram aumentando em diferentes esferas.

Mas desde a eleição de Donald Trump à Casa Branca, o novo Presidente condicionou a continuidade do processo a um acordo mais vantajoso para Washington, que envolve concessões políticas de Havana.



Aceitar condicionamentos “é deixar de lado todos aqueles que vêem em Cuba um símbolo de resistência e dignidade da América Latina e das Caraíbas”, acrescentou o “Granma”.

“Não é coincidência que os países desde o Rio Bravo à Patagónia tenham exigido com maior força a Washington que pusesse fim às agressões contra Cuba e que aceitasse a presença da ilha em todos os espaços regionais”, relembrou.

Apesar de o embargo económico permanecer e os americanos continuarem com a posse da base naval de Guantánamo, o jornal indica que a normalização rendeu bons frutos em diferentes áreas, apesar de o impacto na economia ser menor, devido às restrições ainda vigentes. 

ANG/JA




Situação macroeconómica


“Primeiro semestre de 2016 foi muito difícil”, diz relatório do Ministério da Economia e Finanças

Bissau, 19 Dez 16 (ANG) - A Direcção-geral de Estudos e Previsão do Ministério da Economia e Finanças (DGEPMEF) divulgou no último fim-de-semana, em Bafatá, o relatório semestral de 2016, considerando que foi um período muito difícil devido a não aprovação do Orçamento Geral do Estado e do Programa do Governo.

Segundo a Rádio Pindjiguiti, o acto foi presidido pelo Director -geral de Estudos e Previsão do Ministério da Economia e Finanças, Papa João Correia que disse que tudo isso fez com que os doadores não fizessem qualquer apoio ao Orçamento Geral do Estado, razão pela qual o pais se viu obrigado a funcionar apenas com recursos próprios e empréstimos bancários.

Revelou que, de Janeiro à Junho de 2016 o país mobilizou cerca de 52 bilhões de francos CFA de receitas fiscais, e que no ano passado, neste mesmo período, o estado havia arrecadado 64 bilhões de francos CFA, o que significa uma redução de 19 por cento na arrecadação das receitas.

ANG/PFC/SG



Ensino


Sindeprof  confiante na promessa feita pelo PM

Bissau, 19 Dez 16 (ANG) - O Vice-presidente do Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), Eusébio Có confirmou ter recebido garantias do primeiro-ministro (PM) em solucionar os restantes pontos das suas revindicações após uma concertação com o actual ministro da educação.

O vice-presidente do SINDEPROF falava hoje em entrevista exclusiva á Agencia de Notícias da Guiné-ang.

“Após o comprometimento do Umaro Sissoco em resolver as nossas reivindicacoes que motivaram o levantamento da greve recebemos dois meses de salário em atraso e estamos a espera de mais dois meses”, esclareceu Eusébio Có.

Acrescentou que o SINDEPROF está confiante de que a promessa feita pelo primeiro-ministro vai se concretizar, e que, caso não forem solucionadas  vão tomar medidas para defender os seus direitos.

“Tenho fé e  confiança de que vamos ser chamado pelo primeiro-ministro ainda esta semana. Se  por a caso ele veio a se esquecer de nós vamos  utilizar as nossas armas”, disse aquele responsável sindical.

Sublinhou que a  maior preocupação do SINDEPROF no momento é a questão de carga horaria e a transferência dos professores e que tudo isso só pode ser solucionada com ajuda do primeiro-ministro.

O  SINDEPROF reivindicava, entre outras, o pagamento dos salários em atraso, a implementação da carreira docente, diminuição da carga horaria e o aumento do salário. 

ANG/AALS/SG



Crise política


PAIGC, UM, PND e PUN defendem “observância do Acordo de Conacri”

Bissau, 19  dez 16 (ANG) – O Fórum dos Partidos Políticos, representados pelo PAIGC, União para a Mudança (UM), Nova Democracia e de Unidade Nacional (PUN), defendeu domingo que o “Acordo de Conacri é o único instrumento político para se ultrapassar a crise política que tem devastado o país”.

Num Comunicado assinado pelos seus respectivos presidentes, em reação aos resultados da última Cimeira da CEDEAO em Nigéria, o fórum encorajou a “todos” os actores, em particular ao Presidente da República e a ANP, a assumirem as suas responsabilidades, no sentido de “imediato retorno ao ponto de partida e a completa observância e aplicação do Acordo do Conacri”

Os “4” consideram o Comunicado Final da Cimeira dos Presidentes do bloco dos países da África de Oeste (CEDEAO) de esclarecedor na interpretação do “Acordo de Conacri, dizem alertar para os “ elevados riscos que configuraria qualquer nova tentativa de deturpação, ou atraso na implementação das recomendações da Cimeira de Abuja”.

Em relação ao termino em junho de 2018, da missão do contingente militar de paz da CEDEAO no país, anunciado no encontro de Abuja, estes partidos “agradecem o papel que esse contingente desempenhou para a estabilização” da Guiné-Bissau.

Para além de felicitar o mediador da CEDEAO para a crise no país, o Presidente Alpha Condé, por ter afirmado existir o consenso em relação a um nome ao cargo do Primeiro-ministro, em Conacri, estes partidos “felicitam o povo guineense e a sociedade civil pela maturidade e mobilização na defesa da democracia, paz, estabilização e desenvolvimento” da Guiné-Bissau.

A cimeira número 50 dos Chefes de Estado e  Governo da Comunidade Económica dos Estados  da África Ocidental (CEDEAO), ainda debateu a crise política na República de Gâmbia, instalada na sequência das eleições presidências, das quais o presidente cessante Yaya Jammeh foi declarado derrotado.

Jammeh que depois de reconhecer a derrota a favor do candidato da oposição, Adama Barou, veio a questionar a transparência do resultado eleitoral, tendo inclusive pedido a anulação dos resultados eleitorais.

ANG/QC/JAM-sg


Política


Presidente da República diz que a CEDEAO “está mal informada” sobre situação do país

Bissau,19 Dez 16(ANG) - O Presidente José Mário Vaz, afirmou que os líderes da comunidade da África Ocidental (CEDEAO) estão "completamente desinformados" sobre a situação no país onde garante não existir "nenhum problema, tirando a politiquice".

Em declarações aos jornalistas, na sua chegada ao país na última madrugada, vindo da Nigéria, José Mário Vaz, comentava a posição da cimeira dos chefes de Estado e de governos da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que o recomendou o cumprimento do Acordo de Conacri.

A organização fez uma exortação expressa no seu comunicado final ao Presidente guineense no sentido de cumprir e fazer cumprir o chamado Acordo de Conacri, instrumento com o qual a CEDEAO acredita que a Guiné-Bissau poderá sair da crise política em que se encontra mergulhada há mais de 16 meses.

"A preocupação dos outros chefes de Estado e de governos com o nosso país é normal, mas eu continuo a dizer que o nosso país não tem problema nenhum. O nosso país está calmo, o único problema que há é esse desentendimento entre os atores políticos", defendeu José Mário Vaz.

O Presidente guineense admite que o país se encontra "numa situação difícil" mas se os cidadãos se empenharam no trabalho sério rapidamente a Guiné-Bissau poderá mudar para passar a ser um país normal, disse.

José Mário Vaz admite ter tido divergências com o presidente da comissão da CEDEAO, Marcel de Souza, quando este afirmou que na Guiné-Bissau "havia greves em todos os setores e que os salários não são pagos" aos funcionários públicos.

"Estão completamente desinformados" sobre a realidade guineense, observou José Mário Vaz, convidando os cidadãos do país a trabalharem mais.

Sobre a posição da CEDEAO que recomendou a implementação do Acordo de Conacri, o líder guineense sublinhou que há divergências de entendimento sobre o assunto, frisando que na falta de consenso entre os partidos com assento parlamentar decidiu nomear Umaro Sissoco Embaló, primeiro-ministro.

Notou que governo de Sissoco Embaló já está em funcionamento e que a questão agora é que consiga fazer aprovar no Parlamento o seu plano de ação conforme manda a lei guineense para que tudo decorra na normalidade constitucional.

José Mário Vaz explicou aos jornalistas que nomeou Sissoco Embaló primeiro-ministro porque pareceu-lhe ser a única figura que reúne consenso entre "a nova maioria no Parlamento", constituída pelos deputados do Partido da Renovação Social (41 mandatos) e o grupo dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

ANG/LUSA


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Diplomacia

Novo ministro dos Negócios Estrangeiros promete reformas nas representações diplomatas no exterior

Bissau, 16 Dez 16 (ANG) - O novo Ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou quinta- feira  a realizacao de  reformas para o ajustamento das representações diplomatas no exterior as necessidades reais do pais,  como uma das  prioridades do seu mandato.    
foto arquivo Jorge Malu

Citado pela Rádio Jovem, Jorge Malú disse, por outro lado, que verifica-se um grande número de Embaixadores muito experimentados no  ministério sem ofício, por isso pretende com que esses embaixadores transmitissem as suas experiências à nova geração de diplomatas.
Em relação aos fundos  que foram prometidos pelos doadores internacionais na mesa redonda de Bruxelas à Guiné-Bissau, Malú revelou que é preciso criar as condições internas indispensáveis para que a Guiné-Bissau possa honrar os seus compromissos perante as entidades estrangeiras. 
 Acrescentou  que, apesar da instabilidade política que o país tem vivido, alguns dos fundos prometidos pela comunidade internacional já estão a ser disponibilizados à Guiné-Bissau.

 O novo chefe da diplomacia guineense fez estas declaracos na cerimónia de encerramento de uma acção de formação de 20 jovens do parido da renovação social sobre comunicação politica, partido de que é  dirigente.
ANG/PFC/SG

Saneameno ambiental






Lançada Cooperativa de Reciclagem de Lixo em Bissau

Bissau,16 Dez 16(ANG) – A Cooperativa de Reciclagem de Lixo na Cidade de Bissau(CRELIX), foi lançada hoje com a finalidade de melhorar os serviços da Câmara Municipal de Bissau através do Projecto de Gestão de Resíduos Urbanos na recolha de lixos.
foto arquivo

Ao inervir no acto, o Presidente da Câmara Municipal  de Bissau, Adriano Ferreira afirmou que, com o referido projecto pretendem que a cidade de Bissau volte a ser considerado a cidade mais limpa da Costa Ocidental como nos anos 80.

“A Câmara Municipal de Bissau pretende mostrar aos próprios cidadãos a sua vontade de fazer de bissau  uma cidade  limpa e saudável”, prometeu.

O Presidente da Câmara Municipal de Bissau disse que pretendem com a Cooperativa de Reciclagem de Lixo replicar experiências similares de recolha porta a porta selectiva nos bairros da capital.
“Nós pretendemos avançar para a Gestão de Resíduos da melhor forma possível. A cidade de Bissau ainda não tem dimensões ingeríveis, mas sabemos que tem uma tendência de expansão territorial e populacional. Por isso, queremos agir rapidamente para podermos também tornar referência na África Ocidental na Gestão de Resíduos”, disse o Presidente da Câmara Municipal de Bissau.

Por seu turno, o Presidente da Cooperativa de Reciclagem de Lixos, Abdul Cadry Ly afirmou que inciaram com experiência piloto de serviços de recolha nos bairros de Achada e Bissau Velho, acrescentando que recolhem diariamente lixos de 60 famílias em média.

“Temos igualmente uma média de 370 kg diários de resíduos recolhidos graças ao grande esforço dos nossos operadores ecológicos que cada dia puxam carinhas de mão até as casas dos nossos clientes, sem nenhuma distinção entre as famílias”, frisou.

Cadry Ly sublinhou que para os serviços de recolha de lixos a Cooperativa recebe como contrapartida apenas 60 por cento do montante cobrado a cada cliente ou seja dois mil francos CFA por mês.
O Projecto conta com financiamento da União Europeia e terá a duração de dois anos. ANG/ÂC-SG
 
 

Cabo Verde



Organizada I onferência dos Estados Insulares Africanos
Bissau, 16 Dez 16 (ANG) - Cabo Verde, Comores, Guiné- Bissau, Madagáscar, Maurícias, São Tomé e Príncipe e Seychelles vão reunir-se entre 16 e 17 de Dezembro, na cidade da Praia, para debater formas de ultrapassar os desafios que enfrentam os Estados Insulares Africanos.
A I Conferência dos Estados Insulares Africanos, organizada pelo Ministério cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, pretende criar um "espaço de diálogo estratégico" sobre questões de interesse comum e sobre a actuação do grupo de países insulares.
De acordo com a organização, perante os “crescentes desafios” para se alcançar um desenvolvimento sustentável para todos, os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e os países africanos têm enfrentado maiores dificuldades.
Neste sentido, os sete países enquanto Estados Insulares e Africanos em Desenvolvimento, querem engajar-se para discutirem formas de “ultrapassar” as barreiras e tornar efectivas as recomendações e compromissos existentes a nível regional e global.
Várias sessões temáticas serão desenvolvidas durante o encontro ministerial, onde deverão ser abordadas temáticas relativas à dinâmica da implementação da Agenda Africana 2063, do SAMOA Pathway e da Agenda 2030 dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
As Energias Renováveis, a Economia Azul, o Financiamento para o Desenvolvimento, o seguimento da COP21 e COP22 da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas são outros temam a serem abordados durante o encontro.
Para falar sobre a realização deste evento, que tem a parceria do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares, deve dar uma conferência de imprensa esta quarta-feira, 14, segundo uma fonte do referido ministério.
ANG/Inforpress

 

Quadra festiva

Comerciantes queixam-se de fraca afluência de clientes

Bissau,16 Dez 16 (ANG) – Proprietários de  diferentes estabelecimentos comerciais do mercado de Bandim, em Bissau queixam-se de fraca  afluência de  clientes neste período de quadra festiva de Natal e Ano Novo.
As razões, segundo dizem, estão relacionadas a crise política que se ressente no pagamento, tardio, de salários aos funcionários do estado.
foto arquivo
Consta que até presentemente a maioria de funcionários não recebeu ordenado de Novembro.
Em declarações à Agência de Notícias da Guiné, o cacheiro do empreendimento Darlim Comercial, Idrissa Turé, o vendedor de Cabelos, Abudo Salame, o vendedor de roupas , Braima Canté e o de calçados Dú Fernandes da Silva todos eles se queixam de pouca presença de clientes nos seus estabelecimentos.
Por exemplo, Idrissa Turé disse que a situação é mais difícil em comparação com o ano passado, porque em 2015, o seu estabelecimento , a esta altura, ficava  quase cheio de pessoas a procura de produtos, o que  não é o caso este ano .
Abudo Salame, acrescenta que a quebra de compra registada neste momento tem a ver apenas com o atraso no pagamento salarial por parte do governo aos funcionários públicos.
Contudo, disse que vão esperar pelo menos até o dia vinte, para ver se a situação melhore  ou não.
De igual modo Braima Canté revelou à ANG que no ano passado a situação era melhor em termos da venda em comparação com ano em curso.
Justificou a sua afirmação dizendo que o fluxo de clientes no mercado e sobretudo aqueles que procuram vestuários, era maior mas que este ano não pode falar de vendas de roupas mesmo para crianças.
Enquanto isso, Dú Fernandes da Silva manifestou a sua inquietação sobre o fraco fluxo das pessoas no mercado para a compra não só dos produtos alimentícios, como para aquisição  de calçados e  outros artigos.
 Disse que alguns ainda não começaram os preparativos como de costume porque a situação não está a favorecer, devido a falta do dinheiro, e que os clientes aparecem a conta gotas .
ANG/LPG/ÂC/SG

“Poder de matar”


Liga de direitos humanos indignada com declarações do Presidente da República

Bissau,16 Dez 16(ANG) - O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto da Silva, mostrou-se quinta-feira perplexo com as declarações do chefe do Estado, José Mário Vaz, que disse que apesar de ter poderes de mandar matar ou espancar cidadãos nunca o faria.
Presidente da LGDH

Segundo o líder da Liga dos Direitos Humanos, o Presidente guineense afirmou, em declarações por ocasião da festa do seu aniversário no passado fim-de-semana, que durante o seu mandato "ninguém será assassinado ou espancado por ordens do Presidente".

Reagindo às declarações de José Mário Vaz, o presidente da Liga disse ter ficado perplexo e indignado, lembrando que a Constituição guineense "em nenhum momento deu esses poderes ao chefe do Estado".

"As declarações do Presidente da Republica deixaram-nos, a todos, perplexos. Ouvir o chefe do Estado a afirmar que tem poderes para mandar matar, mandar espancar ou deter os cidadãos mas que não fazia nada disso porque não quer, é preocupante", defendeu Augusto da Silva.

Falando em crioulo aos jornalistas à margem de um conferência sobre a impunidade na Guiné-Bissau que  teve lugar quinta-feira, no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP),em Bissau, o dirigente da Liga dos Direitos Humanos disse esperar por um esclarecimento do Presidente guineense "para perceber melhor" o que José Mário Vaz quis dizer.

O dirigente da Liga frisou que os poderes do Presidente da República "estão balizados pela Constituição" do país mas em nenhum momento se vê que o chefe do Estado pode mandar matar, prender ou espancar o cidadão.

"No caso concreto da Guiné-Bissau a entidade Estado não pode mandar matar", sublinhou Augusto da Silva.
ANG/LUSA

Política

             Signatários do Acordo de Conacri na Cimeira de Abuja


Bissau,16 Dez 16(ANG) - As delegações do PAIGC, UM, PND e PCD deixaram Bissau quinta-feira com destino à Abuja, Nigéria, para participarem na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, cujo início está marcado para sexta-feira, dia 16.
Imagem do encontro de Conacri

Segundo a Rádio Jovem, no encontro de Abuja, o medianeiro da CEDEAO apresentará o relatório do resultado obtido em Conacri, com  destaque para a figura escolhida ao cargo do Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

O líder do Partido da Nova Democracia(PND) afirmou que o Acordo de Conacri foi flagrantemente violado com a formação do governo de Umaru Sissoco Embalo.
Iaia Djalo deixou esta afirmação  à sua partida quinta-feira para Abuja  e

 adianta que os procedimentos que foram observados para a constituição do novo Governo não respeitaram certas justeza e transparência em relação ao que devia ser respeitado no acordo.
  
Iaia Djaló é um dos conselheiros do Presidente da República, que teve vários posicionamento convergentes com o chefe de Estado.


0 líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira (DSP), disse que trabalharam o bastante para a obtenção de um acordo em Conacri,  entretanto  foi posto em causa pelo Presidente da Republica, em nomear Umaro Sissoco, como Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

Domingos Simões Pereira disse esperar que, o mediador da CEDEAO, partilhe com os seus pares e todos os signatários do acordo, o verdadeiro espirito e a letra daquilo que foi assinado em Conacri, e em consequência, ver se está a ser respeitado ou não.

Instado a falar sobre a inclusão de alguns dirigentes do PAIGC no novo Governo, Simões Pereira recorda que, o Comité Central do PAIGC já aprovou com maioria qualificada a não integração dos dirigentes do partido no Governo liderado por Umaro Sissoco, e que os militantes do PAIGC a que  se referem votaram ao favor dessa resolução.
ANG/R.Jovem

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Habitação

  Grupo Salair Internacional vai construir cerca de dois mil casas sociais  em 2017  

Bissau, 15 Dez 16 (ANG) – O grupo de Construções da República do Benin denominado  “Salair Internacional” vai construir cerca de dois mil casas sociais na Guiné-Bissau no próximo ano.
A garantia foi hoje dada pelo Director-geral da referida empresa à saída de uma audiência com o  Presidente da República, José Mário Vaz.
O empresário Vicent Kounudji revelou à imprensa que a construção das referidas casas, terão o seu início logo no primeiro semestre de 2017, e vai durar pelo menos dois anos.
De acordo com o Presidente Director-geral do Grupo Salair Internacional, o objectivo do seu projecto é de contribuir no acompanhamento do desenvolvimento socioeconómico e sustentável da Guiné-Bissau através da construção de  casas em todo o território nacional.

Kounudji acrescentou por outro lado que uma das vantagens que a Guine-Bissau podera ter com o referido projecto, e que através dela, serão empregados cerca de 600 operários nacionais.
“Todas elas serão construídas com  metéria-prima do pais, e será fixado um preço acessíveis para facilitar os jovens solteiros assim como os casados a terem o acesso a um bom conforto”, disse o Empresário.
Vicent Kounudji realcou por outro lado que já estabeleceu  contacto com todas as autoridades competentes do país, que apenas falta  a Câmara Municipal de Bissau (CMB), apresentar a empresa, o terreno onde as obras vão ser executadas.
“Todo o investimento das referidas casas será feito pela  nossa empresa tanto material assim como financeiro, e os beneficiários terão a oportunidade de pagar em dez, quinze e vinte anos para se apropriar delas”, sustentou Vicent.

 Kounudji disse que, no próximo ano, ao regressar o país para o  início das obras, trará consigo empresários de Katar, que também manifestaram o interesses de investirem cerca de 700 milhões de dólares e 800 milhões de euros em qualquer sector de necessidade do povo guineense.
ANG/LLA/ÂC/SG

Direito das Crianças

Ministério de Justiça debate lei que proíbe menores de frequentarem discotecas

Bissau, 15 Nov 16 (ANG) – O Ministério da Justiça defende a criação da lei que proíbe menores de 18 anos de frequentaram as discotecas assim como os lugares onde apresentam os filmes, telenovelas bem como os de vendas de bebidas alcoólicas.

Foto arquivo
A informação foi hoje tornada pública pelo coordenador do processo da criação do Código de Proteção da Criança, Vasco Biaguê durante um ateliê de Validação do Roteiro para o efeito.

Biaguê sublinhou que é necessário igualmente a adopção de um Código de Protecção de menores assim como a elaboração de uma estratégia concernente aos passos que serão necessários para a concretização do processo de elaboração do Código de Protecção de Menores.

Disse que a iniciativa visa evitar constantes violências que se verificam no país, e  proteger ainda mais os menores, porque  são os futuros quadros da Guiné-Bissau.

 “O processo de validação do referido código tem como objectivo principal proceder aos trabalhos que visam a harmonização das legislações que protegem as crianças face as convenções internacionais ratificados pelo Estado da Guiné-Bissau em 1990”, esclareceu .

Vasco Biaguê lamentou o facto de o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 ter interrompido o processo de validação do referido código.

O referido Atelier terá a duração de um dia e destina aos técnicos ligados a defesa dos direitos das crianças na Guiné-Bissau.

A Guiné-Bissau é confrontada com casos de violência em relação aos menores caracterizadas pelo tráfico transfronteiriço com fins lucrativos, pelos maus-tratos e pela violência baseada no género.
 ANG/AALS/ÂC/SG

Diplomacia

“A Guiné-Bissau só consegue atrair investidores estrangeiros se tiver um governo inclusivo”, diz Embaixador dos EUA

Bissau, 15 Dez 16 (ANG) - O embaixador dos Estados Unidos da América na Guiné-Bissau disse que o país só consegue atrair os investidores estrangeiros se for formado um executivo de inclusão.
 
Em conferência de imprensa realizada quarta-feira, em Bissau, na qual anunciou o fim da sua missão diplomata no país, James Peter Zumwalt disse que existem companhias americanas que estão interessadas a investirem na Guiné-Bissau, porque o território guineense tem potencial económico. 

Peter Zumwalt acrescentou que estes investidores americanos querem instalar-se no país, mas estão reticentes devido a instabilidade política vigente e motivada pelas constantes mudanças de governos.

“Nós estamos engajados e esperançados de vir a Guiné-Bissau para desenvolver políticas de investimentos estáveis para o país”, prometeu o diplomata norte-americano.

Em relação a reabertura da Embaixada dos EUA na Guiné-Bissau, Zumwalt revelou que a  renovação do novo escritório dos EUA no país é um passo para a reabertura da mesma.

No acto, o diplomata americano também procedeu a entrega de certificados  aos 15 jornalistas de diferentes órgãos  de comunicação social que participaram na formação organizada pela Embaixada dos EUA em colaboração com  Associação Cobiana Comunicação e Cultura,  nos dias 16 e 17 de Novembro passado, sobre a “ Verificação dos Factos” noticias.

Peter Zumwalt pediu aos militares para se manterem equidistantes da política, e destacou  os projectos sociais levados a cabo pelos EUA no país com realce para o apoio ao Programa Alimentar Mundial  (PAM) que suporta  mais de 600 escolas públicas do país.  
ANG/PFC/ÂC/SG                        

Função pública


        Governo promete reajuste salarial no primeiro semestre de 2017

Bissau,15 Dez 16 (ANG) – O governo prometeu fazer reajuste salarial na função pública no primeiro semestre de 2017, com a aprovação dos dois instrumentos legais de governação ou seja o Programa e o Orçamento Geral de Estado.

Secretário geral da UNTG
A promessa do novo executivo consta no Memorando de Entendimento assinado quarta-feira com a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG)  e que motivou a  suspensão da greve geral na função pública agendada para os dias 14 e 15 do corrente mês.

No acordo, o governo garantiu ainda que vai pagar em 2017 todos os salários devidos aos funcionários públicos referentes ao ano 2003, se o OGE tiver a aprovação do parlamento ou se obtiver fundos através de parceiros para o efeito.

No Memorando, a UNTG recomendou a Direcção-Geral de viação e Transportes Terrestres a remoção no prazo de 30 dias de quebra-molas ilegais no país  e que seja feito seguimento à aplicação das competências e atribuições da Guarda Nacional e Polícia de Trânsito em matéria da operação Stop.

 “Criação de um guiché único para cobranças de multas resultantes das penalizações de motoristas e de um parque de estacionamento de camiões para garantir a maior segurança rodoviária”, lê-se no Memorando.

A UNTG ainda pede o pagamento de 85 meses de atrasados salariais aos funcionários dos Correios da Guiné-Bissau, a resolução dos problemas dos trabalhadores da empresa Guiné-Telecom, bem como da segurança social dos servidores da Fiscalização Marítima (FISCAP) e demais empresas junto do Instituto Nacional de Segurança Social INSS.

A UNTG insta ao governo no sentido de apelar aos responsáveis das empresas de telecomunicações no país, nomeadamente a MTN e Orange Bissau e aos trabalhadores para o cumprimento escrupuloso das decisões judiciais.

O acordo prevê ainda a criação de uma Comissão Conjunta, entre o Ministério da Função Pública, da Economia e Finanças, para acompanhar a execução do referido Memorando de Entendimento.
ANG/LPG/ÂC/SG

Gâmbia



                      Yahya Jammeh pede anulação dos resultados

Bissau, 15 Dez 16 (ANG) - A Aliança para a Reorientação Patriótica e Construção, partido de Yahya Jammeh, o Presidente cessante da Gâmbia que perdeu as presidenciais de 1 de Dezembro, pediu na noite de terça-feira ao Supremo Tribunal de Justiça a anulação dos resultados das eleições ganhas por Adama Barrow com 19 mil votos de diferença.

No documento, divulgado pela agência de notícias France Press, o partido alega que a Comissão Eleitoral “não compilou correctamente os resultados” e que “numa região do país” os seus apoiantes “sofreram intimidações” e não foram votar.

Os mesmos argumentos foram invocados pelo Chefe de Estado cessante na semana passada em declarações à televisão para explicar a decisão de não reconhecer os resultados eleitorais, depois de ter felicitado o candidato Adama Barrow pela vitória.


 A posição do partido é divulgada após a sede da Comissão Eleitoral Independente ter sido encerrada pela polícia, antes da chegada de uma delegação de Chefes de Estado da África Ocidental para convencer Yahya Jammeh a aceitar os resultados e ceder o poder.
 

O presidente da Comissão Eleitoral  foi forçado a abandonar o edifício. “Os soldados entraram no meu gabinete e deram-me ordens para sair”, afirmou à Reuters, em Banjul.
 

Antes, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana apelou ao presidente da Gâmbia para respeitar a vontade do povo e não tentar anular os resultados das presidenciais em que foi derrotado.

Num comunicado, aquele órgão da União Africana informou que está a analisar o envio de uma delegação de alto nível a Banjul para mediar a transferência de poder, após o Presidente cessante e candidato derrotado ter declarado que não aceita os resultados das eleições vencidas por Adama Barrow.
 

“A União Africana rejeita firmemente qualquer tentativa de anular os resultados das eleições presidenciais na Gâmbia, que expressam claramente a vontade e escolha do povo gambiano”, é referido no comunicado. 

No documento, a organização continental considera que as eleições presidenciais foram “livres e transparentes” e defende uma transferência de poderes “rápida e pacífica” para “preservar a estabilidade e a democracia na Gâmbia e em toda a região”.
 

Entretanto, o Presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO), Marcel de Souza, sublinhou que na CEDEAO a diplomacia “é privilegiada”, mas admitiu que uma intervenção militar “pode ser equacionada para se fazer respeitar os resultados das presidenciais de 1 de Dezembro”. 

Esta posição foi manifestada numa altura em que uma delegação de alto nível da União Africana está em Banjul, capital da Gâmbia, com mensagens dos Presidentes da Nigéria, Serra Leoa e Libéria para o Presidente cessante Yahya Jammeh, que recusa a derrota nas urnas.


Yahya Jammeh, 51 anos, 22 dos quais como Chefe do Estado gambiano, após um golpe de Estado, exige a repetição das eleições presidenciais e anunciou que vai apresentar um recurso ao Tribunal Constitucional para anular os resultados. 


O Chefe de Estado cessante admitiu inicialmente a derrota, mas voltou atrás e agora recusa aceitar o resultado das eleições, alegando “irregularidades” na votação.
ANG/JA