quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Política

PAIGC condiciona desbloqueio da ANP com nomeações de primeiro-ministro e governo consensuais

Bissau, 21 Dez 16 (ANG) - O líder da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) disse que o parlamento guineense só pode ser desbloqueado com a existência de um Primeiro-ministro e governo consensual.

Citado pela Rádio Sol Mansi, Califa Seidi explicava aos dirigentes e militantes do partido os resultados da última Cimeira da CEDEAO realizada no passado dia 17 em Abuja (Nigéria).

Sustentou que a nomeação de Umaro Sissoco feita pelo Chefe de Estado, está fora do âmbito do Acordo de Conacri, por isso   a CEDEAO exortou o Chefe de Estado guineense para se conformar com as disposições do Acordo de Conacri.

Seidi  apela ao  Presidente José Mário Vaz e aos  partidos políticos signatários  a respeitarem os termos do  referido acordo. 

Numa reunião terça-feira com partidos políticos e representantes da sociedade civil, o chefe de estado guineense disse que a recente reunião de Abuja não pôs em causa, nem o Primeiro-ministro Umaro Sissoco nem o governo recem criado.
ANG/PFC/SG

Centro materno infantil


      Criada comissão para averiguar desaparecimento de medicamentos

Bissau,21 Dez 16 (ANG) – O ministro da Saúde Pública anunciou terça-feira a criação de uma Comissão para averiguar e apurar responsabilidades aos responsáveis pelo desaparecimento de medicamentos no Centro Materno Infantil destinado a desparasitação de cerca cinco mil crianças.
Miinistro da Sáude Pública

 Carlios Barai que falava à imprensa após uma visita ao Hospital Nacional Simão Mendes, confirmado não  só o alegado roubo de medicamentos, assim como o  adiamento para uma data a determinar posterior ,a campanha que everia  começar na segunda feira passada.

O governante lembrou que esta é a terceira vez que os materiais sanitários desaparecem no Ministério de Saúde porque já tinha acontecido no armazém da Farmácia do Hospital Nacional Simão Mendes e dos mosquiteiros impregnados no Hospital 3 de Agosto.

“Mas como é possível que alguém tenha a coragem de tirar caixas de  medicamentos  sem ser visto por qualquer pessoa”, questionou Carlitos Barai, assegurando que é preciso acabar com essas práticas.

Disse não compreender as razões do roubo, * porque são medicamentos de pouca procura e de  valor monetário irrelevante*.

Os referidos  desparatizantes  foram adquiridos  pelo Fundo das Nações Unidas para Infância UNICEF que tem vindo apoiar o executivo na prevenção das doenças.
ANG/LPG/ÂC/SG

Saúde Pública


Novo Ministro de Saúde promete controlo rigoroso das receitas do Hospital Nacional Simão Mendes

Bissau,21 Dez 16 (ANG) – O ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai prometeu fazer funcionar o Hospital Nacional Simão Mendes através de um controlo rigoroso das suas receitas.

A promessa foi esta terça-feira feita pelo titular da pasta de Saúde Pública durante a visita que efetuou àquele estabelecimento hospitalar.

“Os responsáveis de cada serviço apresentaram problemas, mas o Hospital é um centro de referência e faz diagnóstico de várias doenças e os referidos serviços são pagos”, vincou, tendo questionado do paradeiro das receitas recolhidas nestes serviços, e afirmado que é necessário um controlo das mesmas.

Carlitos Barai reconhece existência de dificuldades e pede a colaboração dos directores dos diferentes serviços para, em conjunto, encontrarem soluções  para esses problemas.

Quanto as prioridades para o sector, Barai disse que, primeiro, vai manter um encontro com os técnicos do Ministério para o efeito.

Nesta perspetiva, salientou a necessidade de conclusao das obras do Centro de  Hemodialise e instalação de equipamentos que se encontram no hospital há dois anos bem como a insuficiência de materiais no serviço de raio X  e a falta de especialistas e do pessoal técnico.

 Durante a visita o ministro foi confrontado com  inúmeras dificuldades com que se deparam os serviços do  Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), sobretudo na Urgência,  Pediatria, Maternidade, Laboratório, Cozinha, Nefrologia e no Bloco Operatório , ambos com insuficiência de  materiais e  de técnicos.

 O Director-geral do serviço de Urgência do Hospital, Leibniz Bacame Vaz revelou que o serviço depara com falta de materiais de proteção dos técnicos, e de medicamentos.

Para a Directora da Pediatria, Nadia Mendes da Silva, o problema tem a ver com o aumento de casos de paludismo graves registados nos últimos tempos, e vindos principalmente da região de Biombo. Por isso apela as mães no sentido de dormirem com os  filhos de baixo de mosqueteiros para evitar o contágio da malária.

Segundo a nutricionista e responsável da Cozinha do Hospital, Berta Ié apesar de o Primeiro-ministro ter cumprido a promessa de instalar duas arcas congeladoras, o hospital continua a deparar-se com  falta de géneros alimentícios e de pratos.

Disse que para cobrir a necessidade da Cozinha do Hospital, precisam diariamente de 120 quilos de peixe, 90 quilos de arroz e 720 pratos, informando que um dos dois frigoríficos oferecidos pelo chefe do governo já esta avariado e que assunto já é de conhecimento da direcção do Hospital.

A Directora de serviço de Laboratório, Lucilina Maimuna Indjai pediu a instalação de equipamentos laboratoriais que hà dois anos se encontram naquele estabelecimento sanitário e da garantia de stok de reagente e  formação de técnicos que irão manejar os referidos equipamentos, assim como melhoria de serviço de limpeza no hospital.

Por sua vez, o director do Serviço de Nefrologia, Nelson António Delgado pediu igualmente a instalação urgente de equipamentos no Centro de hemodiálises para evitar perda de vidas e  evacuação desnecessaria de  doentes para estrangeiro que muitas vezes acabam por falecer por atendimento tardío.

Falou da necessidade de reforçar a segurança no hospital para prevenir agressões que os técnicos são sujeitos pelos familiares ou de outras pessoas e da reparação da rede elétrica em todos serviços.

A directora dos serviços da maternidade, Magarida Sá, disse, por sua vez, que não dispõem de lençóis suficientes, e que fatam dois técnicos para o novo bloco operatório.

Margarida   ainda disse que o serviço funciona com 35 parteiras, 10 enfermeiros e 11 médicos, o que é insuficiente para atender o número das pessoas que procuram aquele serviço.
ANG/LPG/ÂC/SG

Economia e Finanças


               Novo ministro promete rigor na gestão de bens público

Bissau, 21 Dez 16 (ANG) - O novo ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, prometeu terça-feira, trabalhar no sentido de implantar o rigor e transparência, na gestão das finanças pública do país.
Ministro de Estado da Economia e Finanças

Em conferência de imprensa, João Aladje Mamadu Fadia disse que foi produzido um despacho que cria uma nova Comissão de Tesouraria que vai se ocupar da gestão das finanças públicas com maior rigor e transparência durante o seu mandato.

De acordo com o governante, o salário do mês de dezembro do ano em curso será pago ainda no decurso desta semana.

O recém-nomeado titular da pasta da Economia e Finanças assegurou que os compromissos assumidos pelo Primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo com os sindicatos dos professores e dos do sector da saúde vão ser cumpridos.

Por sua vez, o secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, José Adelino Vieira disse durante a apresentação dos dados Orçamentais de 2016, que até final do mês de Novembro, o Ministério da Economia e Finanças arrecadou cerca de 99.6 mil milhões de  FCA .

“A Direcão-geral das Alfândegas (DGA) arrecadou cerca de 36. 2 mil milhões de FCA, comparado com a previsão anual de 36 mil milhões de FCA, demonstra que a DGA durante  2016 andou num bom caminho”, disse José Vieira.

Aquele responsável acrescentou por outro lado que relativamente a Direcção geral das Contribuições e Impostos (DGCI), foi arrecadado até o momento cerca de 28 bilhões de FCA, e que as previsões de arrecadação de receitas eram  de 26.9 mil milhões  de FCA.

No âmbito das pescas, o Secretário de Estado de Orçamento revelou que tinham previsto 9. 5 mil milhões de  FCA para aquele sector, mas que até a data presente arrecadou-se apenas 4.8 mil milhões de  FCA, sem contar com algumas receitas ainda desconhecidas.

Por sua vez, o Director-geral de Tesouro, Mamadu Baldé, revelou que o índice estatístico financeiro de Tesouro de 2016 não foi nada satisfatório para o seu Ministério.   
ANG/LLA/SG   

Crise política


        Presidente da República sugere “diálogo nacional” como solução

Bissau, 21 Dez 16 (ANG)O Presidente da República apelou, terca-feira aos actores políticos e as organizações da sociedade civil para um  “diálogo nacional” como “única” via para ultrapassar a presente crise política no país.

José Mário Vaz fez o apelo numa reuniao com  partidos políticos e entidades de sociedade civil, sobre os  resultados da última Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO,decorrido em Abuja na Nigeria, destando-se o impasse político que assola a Guiné-Bissau há quase dois anos.

“Mais do que continuar a cavar mais fundo os problemas que temos, entendo que o momento é opurtuno para lançar um  desafio a todos os actores políticos. O desafio é que temos que continuar a dialogar entre nós, os guineenses”, acrescentou.

Por isso, José Mário Vaz diz “convidar a todos para entrar numa opurtunidade de diálogo nacional”, segundo as suas palavras, se os guineenses “quisessem salvar o país e criar as melhores condições que permitam perspectivar o futuro com confiança”. 

Sobre a polémica na interpretação do “Acordo de Conacri” entre os seus signatários, em relação a figura do Primeiro-ministro, José Mário Vaz deixa a entender que a nomeação de Umaro Sissoco Embaló  ao cargo de chefe do executivo, não viola este entendimento alcançado sob a mediação da CEDEAO. 

“Em nenhum momento, durante a Conferência de Abuja, foi posta em causa a legitimidade ou a continuidade quer do actual Primeiro ministro, quer do novo governo”, afirmou.

De referir que, com a excepção do PND, os partidos que contestam o actual governo de Umaro Sissoco Embaló, nomeadamente o PAIGC, se ausentaram neste encontro convocado pelo Presidente da República. Facto que José Mário Vaz diz lamentar.

No Comunicado Final da 50ª Cimeira que teve lugar no dia 17 do mês em curso, em Abuja, Nigéria, os Chefes de Estado e de Governo do bloco  da África de Oeste, entre outros, manifestaram as suas preocupações em relação a crise política no país.

Por isso, recomendaram as autoridades políticas da Guiné-Bissau a cumprirem o “Acordo de Conacri”, mediado pela CEDEAO, como “solução” para ultrapassar o impasse político. 

Enquanto isso, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exige a exoneração do Primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, alegando nao ser o nome consensual retido” na Guiné Conacri.
ANG/QC/SG

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Timor Leste


Ex-ministras condenadas a sete e quatro anos de prisão

Bissau, 20 Dez 16 (ANG) - As ex-ministras timorenses, Emília Pires e Madalena Hanjam, foram hoje condenadas respectivamente a sete e a quatro anos de cadeia pelo crimes de participação económica em negócio, sendo ambas absolvidas pelo crime de administração danosa.

"O Tribunal condenada a arguida Emília Pires pelo crime de participação económica em negócio, nos termos do artigo 299 ponto 1, e aplica uma pena de sete anos de prisão. Condena arguida Madalena Hanjam como co-autora do crime de participação económica em negócio com a pena de quatro anos de prisão", disse o juiz José Maria Araújo.

Emília Pires, ex-ministra das Finanças e Madalena Hanjam, ex-vice-ministra da Saúde foram condenadas por supostas irregularidades na compra de centenas de camas hospitalares em dois contratos (A e B) adjudicados à empresa do marido da primeira, com um suposto conluio entre os três para a concretização do negócio, no valor de 800 mil dólares.

A sentença do processo, o mais mediático da história do sistema judicial timorense, foi dada hoje a conhecer no Tribunal de Díli pelo presidente do colectivo de juízes, José Maria Araújo e sem a presença na sala de Emília Pires que está, segundo a defesa, a receber cuidados médicos em Portugal.

José María Araújo, que não leu a totalidade do acórdão e fez "um resumo", disse que alguns factos foram dados como provados, outros como parcialmente provados e outros não foram provados.

O tribunal absolveu as duas arguidas do crime de administração danosa e rejeitou o argumento do Ministério Público de que as duas tinham causado danos económicos ao Estado, considerando que nenhum destes factos foi provado.

As duas arguidas têm 15 dias para apresentar recurso - Madalena Hanjam confirmou à Lusa que o vai fazer - e foram ordenadas a pagar custos de 100 dólares cada.

Nas alegações finais, a 20 de Setembro último, o Ministério Público deu tudo como provado e pediu uma pena de prisão de dez anos para as duas arguidas, tendo a defesa rejeitado todas as acusações.

O tribunal decidiu manter as medidas de coação aplicadas às arguidas, enquanto a sentença não transita em julgado, o que implica prisão preventiva para Emília Pires e Termo de Identidade e Residência (TIR) para Madalena Hanjam.

Na sua declaração o juiz apelou ainda directamente ao Ministério Público para que "tome medidas" para proceder à detenção de Emília Pires que está actualmente em Portugal a receber cuidados médicos, segundo a defesa.

No seu resumo José Maria Araújo disse que o facto de as arguidas serem figuras públicas "não vai mitigar" a sentença, que teve em conta todas as "circunstâncias agravantes e atenuantes".

O acórdão, de mais de 100 páginas e que marca o final de um julgamento que durou um ano e 15 dias, foi lido apenas com a presença do presidente do colectivo de juízes.

O tribunal deu como provados aspectos principalmente relacionado com o cargo que as duas arguidas exerciam e outros elementos identificadores das ex-ministras.

Determinou ainda que Madalena Hanjam apenas pode ser vinculada a um dos contratos, o B, já que no caso do contrato A ficou provado ter ocorrido uma delegação de competências que não a vincula.

O juiz disse que o tribunal deu também como provado que a conta que o marido de Emília Pires tinha no banco ANZ em Díli era uma "conta conjunta".

"Ouvimos uma testemunha do ANZ que veio dizer ao tribunal que é uma conta individual mas por parte do Banco Central e documentos apresentados, o Tribunal entende que esta é uma conta conjunta. Se o senhor Warren (marido de Emília Pires) não estiver a Emília Pires pode movimentar a conta, o que significa que é uma conta conjunta", disse.

O Ministério Público disse que até agora ainda não recebeu o mandado emitido pelo Tribunal e que "por essa razão está a aguardar para o poder executar", notando que Emília Pires não está em Timor-Leste e, por isso é necessária "cooperação para obrigar a arguida a regressar a Timor".

"Como juiz já assinei o mandado de detenção e já foi emitido e talvez tenham notificado a polícia. Espero que os senhores possam colaborar com a polícia para fazer a detenção", disse ao Ministério Público.

Sobre a questão da urgência que levou ao uso do fundo de contingência e ajuste directo para compra das camas o tribunal rejeitou os argumentos de que não tinha havido o surto de dengue que justificou a compra.

"Será que essas camas foram compradas e foram mesmo utilizadas para atender os pacientes com dengue? Isso acho que não aconteceu porque essas camas vieram depois de Abril de 2012 e o surto de dengue surgiu entre Novembro de 2011 e Março de 2012", disse o juiz.

O tribunal rejeitou ainda a posição do Ministério Público de que as camas eram "demasiado sofisticadas" para Timor-Leste, afirmando que a riqueza do país permite a sua compra e que o "o povo timorense merece" essa qualidade.

A sentença rejeita ainda a acusação do MP de que as camas não teriam sido utilizadas e desresponsabiliza as duas arguidas pelo facto de algumas não estarem a ser adequadamente mantidas.

"O MP dizia que as arguidas tinham causado prejuízos de 280 e tal mil dólares de prejuízo. Isso não está provado. As duas arguidas não têm responsabilidade sobre isso, não podem ser responsabilizados por aptos ocorridos depois do seu mandato", disse.

"Se falta manutenção ou não, se estragaram, tudo isso não é responsabilidade destas arguidas, mas sim aos responsáveis posteriores. Estas duas estavam fora e não podem ser responsabilizadas", afirmou. 

ANG/Lusa


Política


Líder do Movimento Patriótico pede demissão de José Mário Vaz

Bissau, 20 Dez 16 (ANG) - O líder do Movimento Patriótico (MP) uma formação política extra parlamentar disse  segunda-feira que o Presidente da República perdeu a legitimidade e  capacidade de continuar a governar pelo que deve demitir-se do seu cargo.

Citado pela Rádio Jovem, José Paulo Semedo disse que fez esta consideracao na  sequência   da divergência que existe entre José Mário Vaz e o Presidente da República da Guiné- Conacri,  Alfa Condé, mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental ( CEDEAO ).

Segundo ele, Alpha Conde teria informado que houve consenso na escolha da figura  de Augusto Olivais pelos signatários do acordo de Conacri para assumir o cargo do Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

Adiantou que,  José Mário Vaz deve reconhecer a falha, porque ele não estava presente na assinatura do acordo de Conacri, por isso não deve desafiar a informação do mediador indigitado pela CEDEAO para resolução do conflito político na Guiné-Bissau.

O antigo Pastor da Igreja Evangélica de Bissau revelou que o Presidente da República da Guiné-Bissau esta a criar um sistema de regime político não  presidencialista, mas sim “ super- presidencialista”.     

O Líder do Movimento Patriótico salienou que CEDEAO não reconheceu Umaru Sissoko como Primeiro-ministro, porque não foi nomeado de acordo com a Constituição da República da Guiné-Bissau.  

O Presidente da República depois de chegar neste fim de semana último da cimeira dos Chefes de Estados da CEDEAO, realizado em Abuja, capital da Nigéria, em declarações aos Jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira disse que não houve uma figura de  consenso pelos subscritores do acordo de Conacri, por isso nomeou Umaru Sissoko Embalo para o cargo de Primeiro- ministro da Guiné-Bissau.



ANG/ PFC/sg       
CAN2017

*O Governo ainda não disponibilizou fundos*, diz Presidente da Federação de Futebol

Bissau,20 Dez 16(ANG) - O Presidente da Federação de Futebol de Guiné-Bissau revelou segunda-feira que, até agora, o governo não disponibilizou os fundos prometidos para a participação da seleção nacional no Campeonato Africano das Nações em futebol (CAN-2017) que se realiza no próximo mês, em Gabão.

Manuel Irénio Nascimento Lopes fez estas declarações à margem da cerimonia de assinatura de acordo com a empresa de telecomunicação Orange, que passa a ser o patrocinador oficial da seleção nacional no CAN-2017.

Apesar de, no início deste mês, o chefe de executivo ter garantido que ia custear todas as despesas da participação do país no torneio, incluindo os adeptos, o líder da instituição que rege o futebol nacional, disse que o governo não fez nada para apoiar os preparativos da deslocação da caravana desportiva no CAN 2017.

Nesse particular, Manuel Irênio Nascimento Lopes garantiu rigor e transparência na aplicação dos fundos investidos pela empresa, num montante  a rondar os 400 milhões de Francos Cfa.

Na mesma ocasião, o Ministro de Cultura e Desporto, Tomas Gomes Barbosa recordou a caminhada difícil que os Djurtus percorreram até a sua qualificação inédita para o CAN 2017.

Barbosa apelou outras empresas a seguirem o exemplo da Orange.

ANG/O Golo GB


Política



PAIGC aguarda dos actores políticos  o respeito à Constituição da República

Bissau, 20 Dez 16 (ANG)- O PAIGC aguarda que os principais atores políticos da Guiné-Bissau  assumam uma nova postura, assente no respeito à Constituição da República e à vontade manifestada nas urnas pelo povo guineense.

Em comunicado à imprensa divulgado segunda-feira em reação as recomendações da Cimeira dos chefes de Estado e do Governo da CEDEAO realizada no dia 17 do corrente em Abuja(Nigéria), os libertadores apelaram igualmente que seja cumprida e respeitada de forma responsável e patriótica os Acordos de Bissau e d Conakry, com a finalidade de garantir o bem-estar do povo guineense.

O Partido Africano da  Independencia da  Guiné e  Cabo-Verde (PAIGC) revelou que na Cimeira de Abuja exortaram o Presidente da Repúblíca guineense a conformar-se com Acordo de Conakry que escolheu Augusto Olivais para liderar um governo inclusivo.

“Para o PAIGC está em causa a credibilidade de alguns atores políticos guineenses, pelo papel que assumiram de forma oportunista, antidemocrática e eivada de um espírito de puro golpismo, tentando fazer da mentira um instrumento para usurpar um poder que nunca conquistaram nas urnas”, refere o documento.

Acrescenta que a “mentira” e a subversão dos factos, que realmente ocorreram em Conakry, deve servir de alerta para o povo guineense sobre os perigos que algumas forças políticas e alguns políticos  podem representar para o futuro do país.

De acordo com o comunicado, em Abuja foi deixada de forma clara de que algumas forças e atores políticos deixaram de merecer respeito e a confiança dos guineenses, uma vez que o papel que desenpenharam é antipatriótico e antidemocrático.

“O PAIGC é um partido cuja grandeza e história ao serviço do povo guineense é um fator inquestionável e isso dá-lhe a pesada responsabilidade de assumir esse papel e de prosseguir no cumprimento dos seus deveres de partido libertador e promotor da democracia”, refere o documento.

ANG/AALS/SG