quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

 

Justiça/PGR  acusa PAIGC de  arquitetar “ignomínias” por “medo” e “desorientação”

 Bissau,23 Dez 20(ANG) - O Procurador-geral da República, Fernando Gomes, acusou terça-feira o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de arquitetar "ignomínias" por "medo e desorientação", e anunciou que vai deixar de ser militante do partido.


Numa carta aberta enviada ao conselho de jurisdição do PAIGC e referindo-se a acusações de que terá estado alegadamente envolvido na morte de uma pessoa e no desvio de fundos, Fernando Gomes afirma que se trata de "puras ignomínias arquitetadas por medo, desorientação e maquiavelismo por quem pretende afastar a atenção" do mandado de captura internacional contra Domingos Simões Pereira, líder do partido.

"Mas, mais estranho e preocupante, designadamente para a democracia, é o facto de eu ter deixado o cargo de ministro da Função Pública, em agosto de 2011, e o de ministro do Interior, em abril de 2012, e nunca o PAIGC ter manifestado qualquer desconfiança, nem qualquer acusação em relação ao meu desempenho no Governo, nem ter promovido qualquer processo disciplinar contra mim", pode ler-se na carta.

Fernando Gomes questiona também a razão pela qual a direção do PAIGC o acusa agora de dois crimes e o designou como delegado do congresso do partido, realizado em 2018.

"Será que já estava consciente de que eu era criminoso e corrupto quando me acolheu nas suas fileiras", questiona Fernando Gomes, na carta.

O Procurador-Geral da República salienta também que se o PAIGC sabia que ele era "criminoso" e "corrupto" deve explicar as razões pelas quais se manteve em silêncio nos últimos oito anos, se é prática do partido "calar e encobrir crimes cometidos pelos seus militantes" ou "fundamentar por que está a mentir e a mando de quem".

"Estranha coincidência esta de a atual direção do PAIGC só agora, quando foi emitido o mandado de captura internacional contra Domingos Simões Pereira, ter-se lembrado de me acusar como criminoso e corrupto", sublinha Fernando Gomes.

Admitindo a possibilidade de recorrer à via judicial para defender a sua "honra" e "bom-nome", Fernando Gomes anunciou também que vai renunciar como militante do partido, por não reconhecer a atual direção e "sobretudo ao seu atual líder, idoneidade, sentido de responsabilidade, de justiça e de serviço público".

O Procurador-Geral da República guineense anunciou na sexta-feira ter emitido um mandado de captura internacional contra Domingos Simões Pereira no âmbito de um processo-crime, sem avançar mais pormenores.

O grupo parlamentar do PAIGC pediu hoje a demissão de Fernando Gomes para responder por alegados "crimes de sangue" e de "desvio de fundos".

 
O líder do PAIGC está em Portugal há vários meses. ANG/Lusa

 


       Moçambique
/Renamo contesta Junta Militar e estratégia do governo

Bissau, 23 Dez 20 (ANG) - As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique capturaram três homens próximos do líder do grupo dissidente da Renamo, Mariano Nhongo. 

PR de Moçambique

A Renamo lembra que "sempre se distanciou do movimento da Junta Militar" e que não "apoia o uso de armas para se fazer valer".

"Depois de a Junta Militar da Renamo ter atacado no dia 11 de Dezembro, sem vítimas, as Forças de Defesa e Segurança capturaram, na zona de Mafambisse, em Sofala, três homens da junta, sendo um ajudante de campo de Mariano Nhongo e outros dois seus cozinheiros", anunciou o chefe de Estado, Filipe Nyusi.

Segundo o Presidente moçambicano, os três homens capturados confessaram que fazem parte do grupo dissidente da Renamo, o principal partido da oposição do país, acusado de protagonizar ataques armados no centro de Moçambique.

"Os jovens as Forças de Defesa e Segurança continuam no terreno a vasculhar o inimigo", declarou Filipe Nyusi, lembrando que as tentativas de negociar com a Junta Militar da Renamo fracassaram.

O Porta-voz da Renamo, José Manteigas, sublinhou que a Renamo sempre se distanciou do movimento da Junta Militar, "o Presidente Ossufo Momade e a Renamo sempre se posicionaram de forma a distanciar-se deste movimento. A forma de resolver qualquer problema dentro do pas ou dentro das instituições, como é o caso de um partido político, não é usar as armas para se fazer valer", afirmou.

"A captura destes três homens entristece-nos porque não é esta via que nós gostaríamos que pusesse fim a esta onda de contestação que surge por parte da Junta Militar", defende o Porta-voz da Renamo. A via do grupo de Mariano Nhongo "voltar à razão seria a via desejável", frisou José Manteigas.

A Junta Militar da Renamo, liderada por Mariano Nhongo, exige a demissão do actual líder da Renamo, Ossufo Momade, acusando-o de ter desviado o processo negocial dos ideais do seu antecessor, Afonso Dhlakama, líder histórico que morreu em Maio de 2018. Um pedido é "inconcebível" para José Manteigas, uma vez que "o Presidente Ossufo Momade foi eleito democraticamente em congresso. Se são, de facto membros da Renamo, sabem que na Renamo há órgãos e é nesses órgãos que devem ser apresentados quaisquer inquietações de membros ou simpatizantes"defendeu ainda. ANG/RFI

 

 

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Justiça/Ministro de tutela e diretor da Faculdade de Direito de Bissau assinam Convénio para elaboração de legislações

Bissau,22 Dez 20(ANG) – O Ministério da Justiça e a Faculdade de Direito de Bissau assinaram hoje um Convénio de cooperação visando a elaboração de conjuntos de diplomas e legislações fundamentais para a edificação do Estado de Direito no país.

Em declarações à imprensa no acto, o ministro da Justiça disse que a revisão e elaboração de instrumentos essenciais, nomeadamente a Lei Orgânica dos Tribunais, os Estatutos dos Magistrados, o Regulamento do Conselho Superior da Magistratura, a Lei Quadro dos Partidos Políticos, Lei Eleitoral, da Comissão Nacional de Eleições entre outros, representam um salto qualitativo para a normalização democrática e o reforço do Estado de Direito.

Fernando Mendonça afirmou que atendendo o contexto do país caracterizado por lacunas ao nível do quadro legal e muitos diplomas obsoletos, desadequados da realidade social, torna-se imprescindível e urgente superá-lo através de formalização de novas opções de nível legislativo.

Acrescentou que a modernização do quadro legal é um dos instrumentos essenciais para virar, definitivamente, a página do sector, reconciliar e restaurar a confiança dos cidadãos na justiça e promover a inclusão social.

“A adequação do quadro legal vem responder a preocupação do Governo no que respeita ao reforço da capacidade do sector e enquadra-se nas suas prioridades de construir uma justiça independente, transparente, eficaz e acessível e que proteja os direitos dos cidadãos e que assegura o desenvolvimento e garante a consolidação dos direitos democráticos”, salientou.

Por sua vez, o Director da Faculdade de Direito de Bissau, começou por agradecer ao Ministério da Justiça pela confiança que, mais uma vez, depositou  na instituição que dirige para elaboração de um conjunto de diplomas fundamentais para a edificação do Estado de Direito no país.

Alcides Gomes assegurou ao ministro da Justiça que  a Faculdade de Direito fará o seu máximo para que os trabalhos que resultassem do referido Convénio sejam os melhores possíveis para servir os interesses da Guiné-Bissau.

Segundo Gomes nos últimos três anos, o Ministério da Justiça tem confiado a Faculdade de Direito um conjunto de tarefas, algumas ainda em curso.

 “E estes pacotes que  assumimos mais uma vez insere-se neste quadro e representa, essencialmente, a confiança que se tem para com a Faculdade de Direito de Bissau, no domínio
da Comissão Legislativa do país”, afirmou Alcides Gomes.ANG/ÂC//SG

 

Covid-19/Agência Europeia Medicamento aprova vacina da Pfizer-BioNTech

Bissau, 22 Dez 20 (ANG9 – A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou segunda-feira a utilização da vacina da Pfizer-BionNTech contra a covid-19, que poderá assim começar a ser administrada na União Europeia ainda este ano.

“Apraz-me anunciar que o comité científico da EMA reuniu-se hoje e recomendou uma autorização condicional de mercado na UE para a vacina desenvolvida pela BioNTech e pela Pfizer. A nossa opinião científica abre caminho à primeira autorização de mercado para uma vacina contra a covid-19 na UE”, anunciou a directora-executiva da entidade que regula a aprovação de medicamentos na UE, Emer Cooke.


Numa conferência de imprensa desde Amesterdão, Cooke apontou que a decisão “é válida para os 27 Estados-membros, ao mesmo tempo”, e comentou que a mesma constitui “um passo significativo em frente na luta contra esta pandemia”.

Para que a esta vacina possa começar a ser comercializada e administrada na UE, resta agora a aprovação pela Comissão Europeia, o que deverá acontecer no espaço de 48 horas, permitindo assim que a campanha de vacinação arranque nos Estados-membros a partir de 27 de Dezembro, como anunciara a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

Reportando-se ao “debate intenso dos últimos meses na praça pública” sobre o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, “com uns a pedirem maior rapidez na aprovação e outros a manifestarem receio de o processo estar a ser acelerado”, a directora-executiva da EMA fez questão de deixar a garantia de que a agência actuou de forma autónoma, orientando-se “pela força das provas científicas, e nada mais”.

“Deixem-me dizer isto muito claramente: embora tenhamos feito todos os esforços para acelerar o nosso processo de avaliação, garantir a segurança da vacina foi a nossa prioridade ‘número um’. Estas vacinas serão administradas a milhões de pessoas na UE, e nós estamos bem conscientes da enorme responsabilidade que temos”, declarou.

Cooke apontou que a conclusão de hoje, que se “baseia em dados de ensaios clínicos em mais de 40 mil participantes e tem em conta informação adicional [fornecida pelas farmacêuticas norte-americana Pfizer e alemã BioNTech], incluindo no fim-de-semana”, é que “a vacina cumpre os exigentes padrões da EMA” e “mostra de forma convincente que os benefícios são maiores que os riscos”.

Apontando que ainda é necessário estudar de forma mais aprofundada a nova variante do SARS-CoV-2 que apareceu no Reino Unido, a EMA apontou, todavia, que “é altamente provável que esta vacina seja também eficaz contra a nova estripe” do vírus.

A vacina desenvolvida conjuntamente pelos laboratórios Pfizer e BioNTech (Alemanha) é assim a primeira a ser aprovada para utilização na UE. Esta mesma vacina já começou a ser administrada em vários países ocidentais, como por exemplo no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Além desta vacina da Pfizer e BioNTech, a Comissão Europeia já tem uma carteira com seis outras potenciais vacinas, desenvolvidas pela AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, CureVac e Moderna.

Esta última deverá ser a próxima a receber ‘luz verde’ da EMA, estando o parecer da agência europeia provisoriamente agendado para 06 de Janeiro, revelou hoje mesmo Emer Cooke. ANG/Inforpress/Lusa

 

Presente de Natal/ Primeira-dama doa brinquedos e géneros alimentícios à escolas e Centros de Acolhimento

Bissau, 22 Dez 20 (ANG) – A primeira-dama  procedeu segunda-feira a entrega de doações de cinco mil  brinquedos e dezenas de toneladas de géneros alimentícios à  diferentes escolas, Centros de Acolhimento e Jardins da capital Bissau e das regiões do país, no âmbito da celebração da quadra festiva do Natal e Ano Novo.

A acção da Dinísia dos Reis Embaló faz parte da campanha do programa de Natal, que decorre sob o lema: “Juntemos as mãos para ajudar aqueles que mais precisam”.

O acto de distribuição d
os  donativos contou com a presença da  ministra da  Mulher, Família  e Coesão Social, Maria da Conceição Évora e o staf do seu gabinete.

Em declarações à imprensa no final da distribuição dos donativos, a Primeira- dama disse ter um carinho muito especial pelas crianças e que sabe que muitos delas não terão a sorte de ganhar nenhum brinquedo ou presente de Natal. Por isso, apelou à todos para se juntar as mãos na ajuda aos mais carenciados.

Dinísia Embaló considerou de “pequeno gesto de carinho e de amor” os presentes entregues as crianças .

Exorta à todos no sentido de unirem  esforços para a redução dos obstáculos que as pessoas com deficiência  enfrentam para que  possam ter uma vida com plenos direitos, defendendo  que a igualdade de oportunidade deve ser para todos os cidadãos guineenses. 

A Primeira-dama manifestou a sua total disponibilidade de ajudar aqueles que mais precisam e proporcionar-lhes as melhores condições de vida.

Para a Primeira-dama  a inclusão e a igualdade de oportunidades deve ser encarada por todos.

“Porque, “hoje tive a oportunidade de visitar outras instituições que acolhem crianças, jovens e adultos que mais necessitam de  cuidados especiais. Peço a colaboração de todos para que possamos trabalhar juntos para que todos os guineense tenham as mesmas oportunidades”, disse.

Em reação a iniciativa de Dinísia Embaló , a responsável do Centro Dag Center, Luciana Keita Banjai salientou que os presentes  simbolizam um gesto de reconhecimento do governo e sobretudo da Primeira-dama.

Luciana Banjai pediu apoio das autoridades, sobretudo do governo para conceção de um espaço para instalação do centro, devido a falta de capacidade para albergar o grosso número de crianças com deficiência e que precisam de cuidados especiais.

Em nome da direcção do Orfanato Casa Emanuel, Daniel Jovane Baldé agradeceu o apoio e a atenção que a Primeira-dama   deu às crianças  guineenses, oferendo-lhes  brinquedos neste período.

A directora da Casa Bambaram, Maria Linda Gomes Lopes considera de impar o gesto da Primeira-dama.

“Primeira Dama, você não pode imaginar a grande alegria que trouxe para estas crianças, porque, de facto, elas precisam”, afirmou.

Maria Linda Gomes Lopes  aproveitou a presença da ministra da  Mulher Família  e Coesão Social para exortar o governo no sentido de prestar mais atenção à  áreas sociais, principalmente aos
orfanatos.

O mesmo pedido foi feito à Primeira Dama, e ao Presidente da República  foi solicitado que usasse a sua influência junto de outras intuições parceiras para que as crianças que se encontram nos diferentes orfanatos possam beneficiar de mais apoios e carinho.

Em Bissau, o donativo foi entregue ao Centro de acolhimento Dag Centrol, Escola Attadamun, Casa Emanuel, Casa Bambaram, Escola Surdos e Mudos, Jardim Santa Mariana, Associação dos Amigos de Crianças entre outras.ANG/LPG/ÂC//SG

  Portugal/Mais uma denúncia de violência contra estrangeiro nas mãos do SEF

Bissau, 22 Dez 20 (ANG) - O caso da morte violenta em Março de um cidadão ucraniano nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras(SEF) no Aeroporto de Lisboa está a provocar novas denúncias de abusos alegadamente praticados por agentes daquele organismo.

Gilson Pereira, um jovem cabo-verdiano de 28 anos que foi transportado do aeroporto de Faro para o de Lisboa para ser obrigado a embarcar para Cabo Verde na noite de sexta-feira, refere ter sido vítima de violências por parte de agentes do SEF depois de resistir à sua expulsão.

Em declarações à RFI, o advogado do cidadão cabo-verdiano, José Semedo Fernandes explica que "Gilson estava algemado na altura e foi arrastado no aeroporto pelo chão. Ele até refere que nenhum cão merece o tratamento a que ele foi sujeito. Foi levado para uma sala privada do SEF que não o Centro de Instalação Temporária para os Estrangeiros, onde foi novamente -sempre algemado- atirado ao chão. Um inspector colocou o joelho em cima da cabeça dele e mais dois inspectores, um fazer-lhe "mata-leão" (manobra de estrangulamento) e outro a amarrar-lhe os pés e sentá-lo numa cadeira de rodas", conta o advogado. 

Em declarações à imprensa portuguesa, Gilson Pereira afirma ter ligado naquela altura ao seu advogado pedindo-lhe para requerer o vídeo da actuação dos agentes do SEF assim com à sua namorada, a quem disse temer pela vida.

Em resposta, o SEF que indica ter"usado a força estritamente necessária" alega que Gilson Pereira era“alvo de pena acessória de expulsão de território nacional pelo período de 10 anos decidida pelo Tribunal da Comarca de Faro, foi escoltado de Faro para Lisboa no dia 18 de Dezembro” e a ordem de execução da pena “teve lugar após indicação do Ministério Público”.

O advogado do cidadão cabo-verdiano, José Semedo Fernandes indica contudo que esta "providência cautelar não existe porque ainda não foi decidida". Segundo o advogado que defende que a ordem de expulsão é ilegal sustentando-se no artigo 135 da lei de estrangeiros, que proíbe a expulsão de cidadãos com filhos menores, Gilson Pereira "encontra-se actualmente no CIT (Centro de Instalação Temporária) de Faro a aguardar algum desenvolvimento em relação a esse processo". Oiçamo-lo.

Este caso veio a público apenas um dia depois de um caso semelhante ser denunciado por um cidadão igualmente cabo-verdiano. Egídio Pina, 54 anos a residir em Portugal há vinte anos e a cumprir uma pena de prisão de 7 anos na zona de Sintra por tráfico de droga, alega ter sido esmurrado, pontapeado e algemado a um carrinho de bagagens por agentes do SEF no aeroporto de Lisboa.

De acordo com o interessado, esta agressão que terá durado quase uma hora aconteceu na presença de agentes da PSP e seguranças. O cidadão cabo-verdiano indica igualmente que os inspectores do SEF não o deixaram comer nem beber durante 10 horas, nem tão pouco falar com a advogada.

Estes casos acontecem numa altura em que o ministro da Administração Interna acaba de anunciar há dias a intenção de operar reformas no seio do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, em contexto de intensa polémica depois da morte em Março de um cidadão ucraniano, Ihor Homeniuk, nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa. Depois de uma primeira autópsia ter indicado que o homem de 40 anos tinha sucumbido a um ataque cardíaco, um segundo relatório revelou que a sua morte tinha sido subsequente a uma agressão. ANG/RFI

                           RCA/ Rússia nega envio de tropas para o país

Bissau, 22 Dez 20 (ANG) – A Rússia disse segunda-feira que não enviará tropas para a República Centro-Africana, onde uma ofensiva de grupos rebeldes está a ser encarada como “uma tentativa de golpe de Estado” a dias das eleições previstas para domingo.

“Não enviaremos tropas, respeitamos todas as exigências das resoluções das Nações Unidas [ONU]”, disse Mikhaïl Bogdanov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela agência de notícias Interfax.

A posição deste alto representante russo contraria as declarações do porta-voz do governo da República Centro-Africana (RCA), Ange Maxime Kazagui, que anunciou a mobilização para o país de “várias centenas” de soldados russos no quadro do acordo de cooperação bilateral.

“A Rússia enviou várias centenas de homens das forças regulares e equipamento pesado” como parte de um acordo de cooperação bilateral, disse Ange Maxime Kazagui, porta-voz do Governo da República Centro-Africana (RCA), sem especificar o número exacto ou data de chegada.

Apesar de não confirmar o envio de militares, o Kremlin admitiu anteriormente estar “seriamente preocupado” com a crise na República Centro-Africana.

“As informações vindas deste país suscitam sérias preocupações”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas, escusando-se, no entanto, a comentar a alegada presença na República Centro-Africana de soldados russos.

Os líderes dos três principais grupos armados, que ocupam grande parte do território da RCA e conduzem uma ofensiva no norte e oeste do país, anunciaram na sexta-feira à noite a sua fusão e criação de uma coligação.

Os três grupos ameaçaram atacar se detectarem que o Presidente está a organizar fraudes, como já o acusam, para conseguir um segundo mandato.

Segundo fontes humanitárias e da ONU, os grupos armados apoderaram-se de várias localidades situadas nos eixos que servem a capital e ameaçaram bloquear a cidade.

No sábado, o Governo centro-africano acusou o ex-Presidente François Bozizé de uma “tentativa de golpe de Estado.

O partido de François Bozizé negou, no domingo, qualquer tentativa de golpe.

No mesmo dia, o porta-voz da Missão das Nações Unidas na RCA (Minusca), Vladimir Monteiro, disse que os rebeldes foram bloqueados ou repelidos em várias localidades.

A França, a Rússia, os Estados Unidos, a União Europeia e o Banco Mundial pediram, no domingo, a François Bozizé e aos grupos armados que depusessem as armas.

François Bozizé, que liderou o país entre 2003 e 2013 e regressou em Dezembro de 2019, após quase sete anos de exílio, era apontado como o principal adversário ao actual chefe de Estado, eleito em 2016 e que procura um segundo mandato.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube de François Bozizé por grupos armados e, desde então, tem sido palco de confrontos comunitários, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes do país a abandonarem as suas casas.

O Governo centro-africano controla um quinto do território, sendo o resto dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, em Fevereiro de 2019 pelo Governo e por 14 grupos armados, e um mês mais tarde as partes entenderam-se sobre um Governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Na antecipação das eleições, a missão das Nações Unidas na RCA apontou que estas são “uma oportunidade para consolidar o processo democrático”.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017 e tem actualmente no país 243 militares, dos quais 188 integram a Minusca e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada por Portugal, pelo brigadeiro general Neves de Abreu, até Setembro de 2021.
ANG/Inforpress/Lusa

 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Desporto/"Programa desporto para todos será alargado em todo território da Guiné-Bissau”, diz director geral dos Despostos

Bissau, 21 Dez 20 (ANG) -  O Diretor-geral dos Desportos afirmou hoje que o "Programa Desporto para Todos" será brevemente alargado para todo o território da Guiné-Bissau para poder cumprir as suas exigências.


Alberto da Silva Dias  falava  na cerimónia de encerramento de formação dos animadores do desporto, que decorreu durante quadro dias, e culminou com a oferta de materiais para animação de ginásticas, no quadro do "Programa Desposto para Todos".

Disse que o objectivo da iniciativa  é   capacitar as pessoas para poderem dar melhores respostas às demandas do referido programa.

"É muito comum hoje ver as pessoas nas ruas e muitas vezes debaixo de sol  a praticarem o desporto. Estão tendo a consciência da importância que o desporto tem para a saúde, mas se essa importância não for   orientada a um trabalho científico estamos a enganar uns aos outros e a nós mesmos", disse.

Alberto Dias garantiu que vão sempre estar junto dos formandos para lhes dar assistência de que precisam para que a formação ora encerrada seja contínua, no sentido de elevar não só  seu número mais também sua qualidade.

“Estamos a começar a certificação dos nossos agentes desportivos. No futuro ninguém será autorizado a dar exercícios na rua se não estiver habilitado para o fazer”, salientou.

Dias lançou um desafio  aos formandos para que até ao final  de Maio de 2021  seja feita uma grande sessão da ginástica, envolvendo pelo menos cinco mil pessoas, ao nível de Bissau.

Para Cipriano Có, que falou em nome dos formadores, ocurso de quadro dias foi enriquecedor porque não só transmitiram os conhecimentos como também apreenderam algo, no quadro da avaliação  daquilo que cada um pode representar.

Có apelou aos formandos no sentido de acompanharem cada acto desportivo com componente pedagógico do ensino. ANG/MI/ÂC//SG           

Dia da Marinha Nacional/Chefe de Estado Maior da Armada aposta na formação para enfrentar  desafios de momento

Bissau, 21 Dez 20 (ANG) – O Chefe de Estado Maior da Armada guineense, disse hoje que a sua Instituição precisa de formar  jovens quadros para fazer face aos desafios da atualidade em matéria de protecção e vigilância das águas marítimas  da Guiné-Bissau.

Carlos Mandugal falava na abertura da cerimónia comemorativa do  55º aniversário da criação da Marinha  Nacional, que se assinala nos dias 21 e 22 de dezembro .

Aquele responsável disse que o governo já fez visitas e levantamentos das necessidades da Marinha, para modernizar a instalação, pelo que vai necessitar de quadros bem preparados para manejar equipamentos e garantir a defesa da integridade territorial marítima a nível
nacional.

Segundo o Chefe de Estado-maior da Armada(CEMA), o território marítimo ocupa maior percentagem da superfície total  da Guiné-Bissau, por isso, segundo disse, Amílcar Cabral sempre deu atenção especial a esse ramo das Forças Armadas, efectuando a  sua criação em Conacri para proteger a vasta área marítima guineense, com recursos haliêuticos abundantes.

Mandugal lamentou que as instalações da Marinha não dignificam os fuzileiros navais, acrescentando que nas actuais condições nem servem para um pequeno aquartelamento do interior do país, tendo em conta a inexistência de meios para uma fiscalização plena das águas nacionais.

"Espero que um dia a Marinha Nacional seja  igual às outras da África e da subregião. Vai zelar plenamente em  defesa da integridade territorial  de forma condigna”, diz Carlos Mandungal

No ato, o veterano de guerra e co-fundador da Marinha Nacional, Raul Plácido Domingos Gomes, Médico militar, partilhou com os presentes o momento e as experiências vividas na criação da Marinha ao lado do Amílcar Cabral, tendo aconselhado aos jovens fuzileiros a serem corajosos e determinados no cumprimento das suas  missões para  dignificar o ramo.

"Não estou arrependido de ter participado na luta da libertação nacional e de participar no momento histórico da criação da Marinha nacional, de ter a nossa bandeira e Hino”,  afirmou Plácido Gomes.

Por outro lado, este veterano fuzileiro lamentou a atual situação difícil em que se encontram os fuzileiros, mas  encoraja-os a seguirem os ideais que nortearam a criação da Marinha, e defenderem a integridade territorial do pais.

A Marinha deu iniciou hoje a celebração de 55 anos da sua criação, em Conacri, à  22 de Dezembro de 1965, com djumbais e partilha de experiencias entre os veteranos e jovens fuzileiros.

As celebrações vão culminar terça-feira com um acto oficial de encerramento.  ANG/CP/ÂC//SG

     Covid-19/Reunião de emergência devido a nova variante de coronavírus

Bissau, 21 Dez 20 (ANG) - Os 27 líderes da União Europeia reúnem-se, esta segunda-feira, ao mais alto nível político, para coordenar respostas à nova variante do SARS-CoV-2 descoberta no Reino Unido.

A reunião foi convocada de emergência pela presidência alemã do Conselho.

O objectivo da reunião é encontrar uma abordagem coordenada à nova variante do coronavírus, numa altura em que os Estados-membros começam a suspender viagens com o Reino Unido e a ponderar a introdução da obrigatoriedade de realização de testes para quem chega do país.

A reunião é realizada por videoconferência. As autoridades britânicas alertaram a Organização Mundial da Saúde sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível, mas não há provas que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

Segundo o Instituto português Ricardo Jorge, ainda não foram identificados em Portugal casos da nova variante que se estima ser até 70% mais contagiosa.

Portugal, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, Áustria e Bulgária já decretaram restrições à entrada de passageiros provenientes do Reino Unido.

Argentina, Colômbia, Chile e Peru também decidiram fechar as suas fronteiras aéreas com o Reino Unido, sendo os primeiros países da América Latina a seguir o alerta europeu.

Esta segunda-feira, a Agência Europeia do Medicamento deverá aprovar o uso da vacina da Pfizer-BioNTech contra a covid-19 na União Europeia. O objectivo é arrancar em simultâneo nos 27 Estados-membros “uma campanha de vacinação contra a covid-19.ANG/RFI

Presentes de Natal e Novo Ano/Embaixador de Boa Vontade doa seis vacas para  estabelecimentos prisionais

Bissau,21 Dez.230(ANG) – O embaixador de Boa Vontade, José Braima Baldé, procedeu hoje a entrega de um donativo constituído de seis cabeças de vacas e 40 caixas de sumo para os reclusos detidos nos Centros Prisionais de Bissau, Bafatá e Mansoa bem como para o Hospital Militar Sino Guineense, Lar Betel e Ninho das Crianças.

Em declarações à imprensa no acto da entrega do referido donativo, o representante do ministro da Justiça, Paulo Mendes qualificou de “grande significado”, o gesto do embaixador de Boa Vontade.

Acrescentou que o embaixador de Boa Vontade é um parceiro privilegiado do Ministério da Justiça, tendo em conta que anualmente faz gestos desta natureza, partindo do princípio de que os concidadãos que estão atrás das grades, apesar de estarem em conflito com a lei, não deixam de ser seres humanos  que merecem, tal como qualquer cidadão, ter condições para festejar  o natal e novo ano.

“Em nome do ministro da Justiça  agradeço ao embaixador de Boa Vontade José Braima Baldé e formulado os votos para que tenha sempre sucesso na sua caminhada e desejo-lhe uma longa vida, saúde e felicidade”, disse.

A administradora do Lar Betel, Francisca Mário da Conceição agradeceu ao embaixador de Boa Vontade pelo gesto, acrescentando que este esteve no seu orfanato e  ficou sensibilizado  com a situação das crianças ali internadas.

Em nome do embaixador de Boa Vontade, Sibite Camará disse que o gesto se enquadra no apoio anual a todas as camadas desfavorecidas do país.

 Camará sublinhou
que a referida ação começou há seis anos na prisão de Bafatá.

 “Em primeiro lugar porque faz parte das directrizes deixadas pelo seu pai ainda em vida, porque também chegou de ser um recluso e entendeu que o filho amanha se tiver algumas condições, deve apoiar as instituições de reclusão e foi a partir daí que se iniciou essas acções e que veio a estender-se para outras instituições de caridade”, explicou Sibite Camará. ANG/ÂC//SG

 

 

 

         ONU/PAM ressalta disparidades no preço de alimentos entre países

Bissau, 21 Dez 20 (ANG) - O Programa Mundial de Alimentos, PMA, apresentou o “Custo de um Prato de Alimentos 2020” que compara o preço da comida entre os países com base na renda salarial dos consumidores. 

Utilizando uma tabela com variantes e índices em 36 países, o PMA constatou que um trabalhador em Nova Iorque gasta 0,6% do seu salário com um prato feito com arroz e feijão. A mesma refeição equivaleria a US$ 393 no Sudão do Sul, ou 186% do salário mensal de um trabalhador no país africano. 

 Essas disparidades foram agravadas com a crise da Covid-19. Por causa da pandemia, houve um aumento de 27 pontos percentuais no valor gasto para uma refeição básica no Sudão do Sul. 

Esta é a terceira edição do estudo, que analisa as razões para a insegurança alimentar no mundo com base em múltiplos fatores. A falta de meios para comprar comida deixa milhões de pessoas com fome. Além disso, fatores como conflitos, mudança climática influenciam na situação. 

Moçambique é o único país de língua portuguesa entre as 36 nações analisadas pelo índice.  Na relação aparecem ainda Burundi, Malauí, Haiti, Sudão e Mali. São 17 países da África Subsaariana. Das Américas estão República Dominicana, Colômbia e Panamá nos lugares 33, 34 e 35, respectivamente. 

 

O diretor-executivo do PMA, David Beasley, disse que a análise expõe o quão destrutivo é o impacto do conflito, da mudança climática e de crises econômicas agora agravadas pela Covid-19. 

O chefe da agência ressalta que os piores efeitos recaem sobre os mais vulneráveis cujas vidas eram limitadas antes da pandemia, diante da pior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial. Agora, a situação “é muito pior, pois a pandemia ameaça levar a nada menos do que uma catástrofe humanitária”. 

O relatório aponta o fator conflito como chave para a fome em muitos países. Esta situação leva pessoas a abandonar suas casas, terras e empregos, reduzindo de forma drástica a renda e a disponibilidade de alimentos a preços acessíveis.  

Ao receber o Prêmio Nobel da Paz, este mês, o PMA ressaltou a estreita conexão entre segurança alimentar e paz. Até 270 milhões de pessoas terão as vidas e os meios de subsistência de sob grande ameaça este ano, se não houver medidas imediatas para combater a pandemia. 

Burquina Fasso aparece pela primeira vez no índice pela onda de conflitos aliada a mudanças climáticas. O número de pessoas com fome ali triplicou para 3,4 milhões e mais 11 mil habitantes das províncias do norte do país estão ameaçados. 

Quanto ao Haiti, o documento realça o gasto de mais de um terço da renda diária pelos habitantes para comprar um prato de comida, o equivalente a US$ 74 para quem vive em Nova Iorque.  

Contribuem para a situação haitiana as importações de metade dos alimentos e 83% do arroz. Esses fatores tornam o país vulnerável à inflação e à volatilidade dos preços nos mercados internacionais, em especial em crises como a atual pandemia. 

Beasley ressaltou que os habitantes de áreas urbanas também “estão altamente vulneráveis”, diante de efeitos da pandemia como as altas no desemprego, que baixam o poder de uso dos mercados alimentares de que as pessoas dependem. 

Para milhões delas “perder um dia de trabalho significa perder um dia de comida, para elas e seus filhos”. Esse fator também pode causar crescentes tensões sociais e instabilidade. 

Antes chamado de “Contando os Feijões”, o relatório usa a variável da renda média estimada em cada país para calcular a percentagem dos gastos em uma refeição básica, como alguns feijões ou lentilhas, com um carboidrato de preferência local. 

O preço que um residente em Nova Iorque poderia pagar foi calculado com base na relação entre a refeição e renda entre este e um habitante de uma nação em desenvolvimento. ANG/ONU NEWS

 

 

Covid-19/Mais de 1,68 milhões de mortos em todo o mundo desde início da pandemia

Bissau, 21 Dez 20 (ANG) – A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos no mundo desde que o novo coronavírus foi descoberto no final de Dezemb
ro de 2019 na China, anunciou hoje a agência France-Presse (AFP).

Segundo o balanço diário da AFP feito a partir de fontes oficiais hoje às 09:00 de Bissau, mais de 76.207.740 casos de contágios foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 48.584.100 são agora considerados curados.

Este número de casos diagnosticados, contudo, reflecte apenas uma fracção do número real de contágios porque alguns países testam apenas casos graves, outros utilizam os testes principalmente para fins de rastreio e muitos países pobres têm uma capacidade de teste limitada.

Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 11.392 mortes e 629.483 novos casos em todo o mundo.

Os países com o maior aumento de mortes nos seus últimos balanços foram os Estados Unidos com mais 2.971 mortes, Brasil (706) e México (627).

Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em termos de mortes como de casos, com 316.202 mortes em 17.659.271 casos, de acordo com a contagem de Johns Hopkins. Foram relatadas pelo menos 6.298.082 pessoas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 186.356 mortos e 7.213.155 casos, a Índia com 145.477 mortos (10.031.223 casos), o México com 117.876 mortos (1.313.675 casos), e a Itália com 68.447 mortos (1.938.083 casos).

Entre os países mais duramente atingidos, a Bélgica tem o maior número de mortes em relação à sua população, com 160 mortes por 100.000 habitantes, seguida da Itália (113), Peru (112), Eslovénia (111) e Bósnia (110).

A Europa totalizou 514.689 mortes em 23.760.572 casos, a América Latina e as Caraíbas 483.959 mortes (14.609.974 casos), os Estados Unidos e o Canadá 330.313 mortes (18. 159.017 casos), Ásia 210.360 mortes (13.393.621 casos), Médio Oriente 86.760 mortes (3.760.963 casos), África 58.761 mortes (2.492.919 casos), e Oceânia 943 mortes (30.682 casos).

Este balanço baseou-se em dados recolhidos por jornalistas da AFP junto das autoridades nacionais competentes e em informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades ou à publicação tardia dos dados, os números para aumentos superiores a 24 horas podem não corresponder exactamente aos publicados no dia anterior. ANG/Inforpress/Lusa

Covid-19/ Interpol teme aumento dramático de crimes relacionados com vacinas

Bissau, 21 Dez 20 (ANG) – O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, alertou hoje para o perigo de um aumento “dramático” da criminalidade durante a distribuição das vacinas contra a covid-19, que já começou em alguns países.

“Com a entrega das vacinas, o crime aumentará dramaticamente”, disse o responsável da polícia internacional, numa entrevista à revista alemã Wirtschaftswoche.

“Vamos assistir a furtos, arrombamentos de entrepostos e ataques durante o transporte de vacinas”, acrescentou, no dia em que as autoridades sanitárias europeias devem proferir a sua decisão sobre a autorização para o mercado de uma primeira vacina.

Stock também espera um ressurgimento da corrupção “para obter o precioso remédio mais rapidamente”.

A primeira vacina, desenvolvida pelo laboratório alemão BioNTech associado à gigante norte-americana Pfizer, já recebeu luz verde de 16 países.

Se a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitir uma autorização de comercialização para esta vacina, a vacinação poderá começar no domingo na União Europeia (UE).

Na Alemanha, a polícia federal é responsável por entregar as doses das vacinas que serão armazenadas em locais secretos.

As autoridades temem também eventuais operações de sabotagem dos grupos “anti-vacinas”.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 6.134 pessoas dos 374.121 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

ANG/Inforpress/Lusa