quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Coreia do Sul/ Presidente deposto visado por segundo mandado de captura

Bissau, 09 Jan 25 (ANG) – A justiça emitiu a 7 de Janeiro um segundo mandado de captura contra o presidente destituído, Yoon Suk-Yeol, após a sua tentativa frustrada de impor a lei marcial a 3 de Dezembro passado.

Centenas de apoiantes do antigo chefe de Estado acampam junto à sua casa, para tentar impedir a sua detenção. 

Apesar do frio que reina na capital da Coreia do Sul, apoiantes do chefe de Estado deposto Yoon Suk-Yeaol continuam a acampar nas ruas à volta da sua residência e os agentes do Serviço de Segurança Presidencial ergueram barricadas  com o objectivo de impedir a polícia de aceder ao edifício. 

Esta terça-feira 7 de Janeiro, a justiça emitiu um segundo mandado de captura contra o presidente destituído, que deverá ser posto em prática nos próximos dias. 

Yook Suk-Yeol é visado por uma investigação por insurreição desde que tentou impor a lei marcial, a 3 de Dezembro, antes de voltar atrás face à mobilização dos parlamentares, apoiados por milhares de manifestantes. 

Uma primeira tentativa de detenção foi realizada pelos funcionários do Gabinete de investigação sobre a corrupção de altos funcionários (CIO). A operação falhou devido a um confronto de cerca de seis horas entre membros do Serviço de Segurança Presidencial e militares. 

Contactado pela RFI, Miguel Morais, jovem português a residir neste momento em Seul, relatou o receio inicialmente partilhado por muitos sul-coreanos de que a situação degenere, antes de regressar a uma calma relativa.

“No início acho que foi um receio para toda a gente, porque a Coreia tem um histórico bastante triste em relação a confrontos.

Mas penso que os coreanos fazem um trabalho espetacular ao tentar que as coisas se mantenham normais na vida diária. Claro que, havendo muitas manifestações, às vezes há, por exemplo, atrasos em autocarros, o que não é nada comum cá. Havendo muitas manifestações nas ruas, alguns autocarros têm de fazer outras rotas.

Mas de resto, e fora daquela primeira fase, agora parece estar tudo normal. Acho que os coreanos já estão a ficar cansados disto e querem mudança, querem ter alguém com quem não tenham que se preocupar e que não faça este tipo de escândalos. Preocupa-lhes a imagem que isto dá a outros países no mundo, porque isto foi notícia global e eles têm medo que isto divulgue a imagem de que a Coreia não é país que se possa levar a sério. E isso é uma coisa muito importante para eles”, disse Miguel Morais

Um dos advogados do presidente, Yoon Kab-keun, contestou novamente a legitimidade do mandado de detenção. O advogado desmentiu ainda as declarações segundo as quais o chefe de Estado teria escapado da sua residência.  ANG/RFI

EUA/Governantes reafirmam "soberania" face às ameaças expansionistas de Donald Trump

Bissau, 09 Jan 25 (ANG)  - O Presidente-eleito dos Estados-Unidos afirmou querer anexar o canal do Panamá, o Canadá e a Groenlândia, pela força se necessário,  em resposta, os governantes dos países visados e do bloco europeu reiteraram o princípio de "soberania" aplicável a todos os países do mundo. 

Donald Trump apelou o Canadá a se juntar aos Estados Unidos para tornar-se no 51° Estado americano, a 6 de Janeiro, horas depois do anúncio da demissão do primeiro-ministro Justin Trudeau.

Este, no Canadá, vincou que "nunca, nunca mesmo, o Canadá fará parte dos Estados-Unidos" e que o país "não se deixará intimidar pelas ameaças".  

Dois dias depois, numa conferência de imprensa na sua residência na Flórida, Donald Trump afirmou desta vez querer "retomar" o canal do Panamá, construído em 1914 pelos Estados-Unidos, explicando não querer continuar a pagar as taxas de passagem para os navios norte-americanos.

Reacção do ministro dos Negócios Estrangeiros Javier Martinez-Acha: "a soberania do Panamá não é negociável, é parte da nossa história de luta é uma conquista irreversível. As únicas mãos que controlam o Canal são do Panamá e assim continuará a ser". 

Quanto à Gronelândia, onde Donald Trump pretende também içar a bandeira norte-americana, o objectivo do presidente recém-eleito é claro, trata-se de "comprar" a ilha, um território autónomo da Dinamarca, situado entre o Atlântico Norte e o oceano Arctico. 

A primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen reagiu, afirmando que a "Gronelândia não está à venda". No bloco europeu, o chefe da diplomacia francesa também respondeu, na radio France Inter, às ameaças expansionistas de Donald Trump. Jean-Noël Barrot, frisou que a União Europeia "não permitirá que países ataquem as fronteiras soberanas" do da comunidade europeia.   

Em resposta à pergunta de um jornalista, Donald Trump não excluíu o recurso à força, recusando-se a descartar as opções de coerção militar ou económica para alcançar os seus objectivos. ANG/RFI

Literatura/PR considera de “ grande importância” lançamento do Livro sobre Vida e Obra do combatente Manuel  Santos

Bissau, 09 Jan 25 (ANG) - O Presidente da República (PR) considerou , quarta-feira, de “grande importância” o lançamento do Livro sobre a Vida e Obra do combatente da Liberdade da Pátria, Manuel Isabel  Santos vulgo “Manecas”.

Umaro Sissoco Embaló falava  no ato do lançamento do   livro, que decorreu na Embaixada de Portugal em Bissau, e que retrata o percurso  do Manecas  na Luta pela libertação da Guiné e Cabo Verde.

O chefe de Estado Guineense afirmou ainda que Manecas Santos foi um militar exemplar e que por isso, não podia ficar de fora sem presenciar o ato de lançamento do livro sobre a sua vida e obra.

Sustentou que Manecas Santos foi um comandante histórico durante a luta pela libertação da Guiné-Bissau e Cabo Verde,  que  merece admiração e consideração.

“Na qualidade do Presidente da República e do guineense que sou tenho o dever de participar em assuntos importantes da Nação e esta homenagem sobre a vida e obra de Manecas Santos não fica de fora dos aspetos relevantes da Guiné-Bissau”, disse Embaló.

No livro intitulado Manecas Santos, a escritora cabo-verdiana explora as realidades sociais da Guiné-Bissau e das ilhas de Cabo Verde, duas antigas colónias portuguesas na África  Ocidental, e as motivações políticas dos combatentes do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Manecas Santos  nasceu  em Cabo Verde, em 1936, foi um dos mais destacados comandantes pela independência da Guiné-Bissau e Cabo-Verde. Ele liderou o assalto ao quartel de Guiledje, sul do país foi responsável pela introdução dos mísseis “Strella” que mudou completamente o cenário da luta colonial entre a Guiné-Bissau e Portugal.

Trata-se do 1º livro de Rosário Luz que iniciou a sua carreira em 2012, com uma coluna no semanário “Expresso das Ilhas”, focada nos aspetos únicos da política, história e cultura de Cabo Verde, ela tem contribuído regularmente com artigos de opinião para várias publicações, tanto locais como estrangeiras, mantendo sempre o foco na singularidade da experiência cabo-verdiana.ANG/AALS/ÂC//SG

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Política/Líder de PNP pede  marcação de nova data para eleições legislativas

Bissau, 08 Jan 25 (ANG) – O líder  do Partido Nossa Pátria  pede ao  Presidente da República Umaro Sissoco Embalo para assumir as suas responsabilidades quanto a marcação de nova data para realização das eleições legislativas.

Mamadu Traualé falava terça-feira, em conferência de imprensa sobre a  situação política no país, e diz que a sua  formação política não depositou a candidatura no Supremo Tribunal de Justiça, não por falta de meios ou capacidade política, mas sim porque sabiam que não  haveria  eleições.

"A divisão nos partidos políticos traz a divisão nas famílias em suas casas e nas tabancas. Se todos querem que a paz reine no país não há necessidade para divisão dos partidos”, disse Traualé que apela ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló para não  conformar com estas divisões no seio dos partidos, porque “se a situação continuar assim não vai  haver  bons resultados nas eleições”.

Por outro lado, referiu que tinham feito uma previsão económica quando o preço de arroz tipo “nhelem” do saco de 50 kg foi fixado em   24 mil francos CFA, que o preço ia chegar até 30 mil fcfa nos meses de Agosto e Setembro do ano passado, e aconteceu.

"Além do imposto da democracia surgiu um outro imposto que entrou em vigor no dia 01 de Janeiro denominado  de Imposto sobre Valor Acrescentado IVA, que significa que quem tem um saco de arroz ou um quilo de mancarra para vender na tabanca, o Governo vai ganhar algo naquele produto, mas  não constrói boas estradas, não paga bons salários aos funcionários, nem melhora suas condições. Dá  guias aos professores para irem a região de Tombali, quando chegam lá pedem lugar para morar e comida, "criticou.

Mamadu Traualé pede ao Presidente da República para que no prazo de 10 dias demita o Governo em função, “porque não está a corresponder com a espectativa do povo”.ANG/MI/ÂC//SG

Regiões/Diretor Regional de Saúde de Cacheu doa 21 computadores aos responsáveis das estruturas sanitárias locais

Canchungo, 08 Jan 25 (ANG) – O Director Regional de Saúde da Região de Cacheu, norte do país, procedeu, esta terça-feira, a entrega de 21 computadores portáteis para as estruturas sanitárias que dirige.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG em Cacheu, após o ato de entrega dos computadores, Eugênio Ialá, disse que esses  computadores foram comprados com os meios financeiros da sua Direção para que os técnicos de saúde possam pôr os relatórios de atividades no formato eletrónico, evitando de escrever à mão e dos erros.

Revelou ainda que pediu ao Ministério da Saúde Pública, 21 computadores de mesa e 21 protetores para as 21 estruturas sanitárias da região de Cacheu, esperando um bom resultado de trabalho dos técnicos de saúde.

Em nome dos responsáveis das estruturas sanitárias da região de Cacheu, Lino da Silva Fernandes assegurou que os técnicos de saúde vão utilizar os computadores para a informatização dos relatórios de atividades de saúde e diz que estão disponíveis para apoiarem as inovações da Direção Regional de Saúde de Cacheu.

Cada uma das 21 estruturas sanitárias da região de Cacheu beneficiou de um computador portátil. ANG/AM/MSC/ÂC//SG

 

 

Saúde Pública/Hospital Pediátrico “São José de Bôr” inaugura novo Serviço de Urgência para proporcionar uma assistência médica rápida

Bissau, 08 Jan 25 (ANG) – O Hospital Pediátrico “São José de Bôr” procedeu, terça-feira, a inauguração de novo Serviço de Urgência local, para proporcionar uma assistência rápida e eficaz à população.

A cerimónia de inauguração do referido Serviço de Urgência, do Hospital Pediátrico Católica “São José de Bôr” foi presidida pelo Bispo de Bissau, “Don José Lampra Cá”, que na ocasião, pediu aos profissionais da saúde pública para que cuidassem dos pacientes que necessitam de assistência médica.

Para o Diretor do mesmo hospital, Luís Semedo, a abertura de Serviço de Urgência de Hospital Pediátrico “São José de Bôr” feita pela Diocese de Bissau, é um passo importante para garantir saúde de qualidade à toda a população guineense.

“Com o empenho da minha equipa, e apoio da comunidade vai ser possível construir um futuro saudável para as nossas crianças, porque a missão do hospital é proporcionar cuidados médicos de excelência, e contribuir  para a redução da mortalidade infantil no país”, sublinhou o Diretor.

O Hospital Pediátrico “São Josê de Bôr”, é uma das principais instituições da saúde dedicadas ao atendimento infantil na Guiné-Bissau.ANG/LLA/ÂC//SG

 

Portugal/Lavagem de dinheiro da Guiné-Bissau provoca demissão de administrador do Novo Banco

Bissau, 08 Jan 25 (ANG) - O administrador do Novo Banco foi demitido das suas funções na sequência de "operações financeiras suspeitas" que deram origem a uma denúncia às autoridades.

Carlos Brandão terá participado numa operação de branqueamento de dinheiro com proveniência das finanças públicas da Guiné-Bissau. 

Aproximadamente 500 mil euros terão sido desviados do erário público da Guiné-Bissau para Portugal. Carlos Brandão, administrador do Novo Banco, um dos mais importantes bancos portugueses, terá engendrado uma plataforma de branqueamento de dinheiro de origem ilícita de forma a não ser descoberto pelos mecanismos de detecção de branqueamento de capitais.

O maquilhar das contas para evitar deixar rasto usando testas-de-ferro e sucessivos depósitos feitos em dinheiro vivo no Novo Banco e noutras instituições financeiras portuguesas e as “reuniões secretas” entre membros do governo da Guiné-Bissau e Carlos Brandão são alguns dos ingredientes que levaram à demissão do administrador esta terça-feira.

O dinheiro vivo entraria em Portugal por vias que ainda serão apuradas pela investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção. .

Carlos Brandão contaria com a ajuda da mulher e do seu motorista no Novo Banco - que transportava malas com milhares de euros para depositar.

Para já, o agora ex-administrador e a mulher foram constituídos arguidos por crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação.

Carlos Brandão, que foi denunciado ao Ministério Público pelo Novo Banco por "operações financeiras suspeitas na sua esfera pessoal", estava a ser investigado em segredo nos últimos tempos. Esta terça-feira, a Polícia Judiciária portuguesa realizou "quatro buscas domiciliárias, uma busca em estabelecimento bancário e sete buscas não domiciliárias”.

Em comunicado, o Novo Banco garante que "as operações em causa não estão relacionadas nem envolvem, de forma alguma, o Banco e, como tal, não têm qualquer impacto nos clientes, em contas ou operações de clientes, na posição financeira ou na actividade do Banco, nas suas operações comerciais, no sistema de gestão de riscos nem nos seus colaboradores”. ANG/RFI

São Tomé e Príncipe/Primeiro-ministro  denuncia suposta ilegalidade da dissolução do governo

Bissau, 08 Jan 25 (ANG) – Patrice Trovoada denuncia a suposta ilegalidade da dissolução do seu governo pelo chefe de Estado Carlos Vila Nova.

 O primeiro-ministro cessante numa longa conferência de imprensa nesta terça-feira alegou não haver razões com fundamento constitucional para derrubar o seu governo. Trovoada pede parecer ao Tribunal Constitucional sobre a medida e garante que o partido se reunirá para analisar os próximos passos a tomar.

O primeiro-ministro cessante lamenta o que, a seu ver, será um novo recuo e um atraso para o arquipélago com a queda do seu governo.

Patrice Trovoada lembrou as conquistas do seu executivo, exemplificando com a retoma do diálogo com o Fundo monetário internacional e alegando ser necessário viajar para o estrangeiro para convencer os parceiros a apoiar o arquipélago.

Segundo ele os indicadores provariam o seu empenho na melhoria das condições, citando o recuo da inflação ou as melhoras em termos de saúde.

Porém Patrice Trovoada admitiu que as condições no país sempre foram difíceis. Mas alegou ter colocado as instituições sempre acima de problemas pessoais descartando qualquer responsabilidade numa suposta incompatibilidade com o chefe de Estado.

Trovoada estima que as razões citadas pelo presidente seriam "politiquice" e argumentos próprios de partidos da oposição.

O chefe do executivo lembrou que o seu partido e respectivos aliados dispõem de uma "maioria significativa" na Assembleia Nacional e pedem que o Tribunal Constitucional se pronuncie com urgência sobre esta decisão presidencial.

Eis um excerto da alocução de Patrice Trovoada em conferência de imprensa na capital do arquipalago a 7 de Janeiro, no dia seguinte ao anúncio surpresa do Presidente Carlos Vila Nova de dissolver o seu governo, após ter ouvido o Conselho de Estado.

O Presidente da República pede que se mande um outro nome em 72 horas. Mais uma vez, o Presidente da República não escolhe o primeiro-ministro da nossa Constituição. O Presidente da República tem que nomear um primeiro-ministro, tomando em conta os resultados eleitorais e os resultados eleitorais deram à ADI a maioria absoluta para governar São Tomé e Príncipe. E o ADI indicará a personalidade que achar mais apropriada para formar o próximo governo. Mas eu não quero deixar de insistir sobre a violação da Constituição nessa decisão que no nosso entender é perfeitamente ilegal, porque nós somos um Estado de Direito democrático. Nós vamos combater essa ilegalidade pelos meios ao nosso dispor e vamos nos próximos dias, depois de reuniões profundas a nível do partido, anunciar o que vai ser a posição definitiva do ADI.ANG/RFI

 

Costa do Marfim/ Conferência sobre turismo em África prevista para Fevereiro

Bissau, 08 Jan 25 (ANG)  - A 5ª edição da Conferência sobre Turismo e Investimento Hoteleiro em África (CITHA), organizada pela Voltere by Egis, será realizada na quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025, no Hotel Pullman em Abidjan sob o tema “África, terra de talentos e oportunidades”.


As edições anteriores da CITHA reforçaram a sua posição como uma plataforma crítica para o investimento em turismo e hotelaria em África. Permitiram destacar projetos concretos e enfrentar os desafios do setor, ao mesmo tempo que apoiaram iniciativas para promover o turismo sustentável e atrair investimentos para destinos emergentes, informa um comunicado dos organizadores, cuja cópia foi enviada segunda-feira, 6 de janeiro, no AIP.

Este projeto tomou forma após um encontro entre a Africa Capital Markets Corporation (ACMC) e a Vatel, uma rede internacional de escolas de gestão hoteleira, durante a CITHA 2023. Foi na última edição, em 2024, que foi anunciado o anúncio da abertura da Vatel Côte d'Ivoire foi feito. Destina-se a formar talentos locais para responder às necessidades crescentes do sector, recorda o documento.

A edição de 2025 terá como foco as grandes perspectivas e oportunidades do sector turístico e hoteleiro do continente, impulsionadas pelo desenvolvimento dos seus talentos, salienta-se.

Uma conferência de imprensa exclusiva para a mídia será realizada na véspera de quinta-feira, 18 de fevereiro de 2025, no Pullman Abidjan, para revelar os destaques do evento. ANG/FAAPA

   

    Senegal/ Vencedor do CHAN vai receber mais de 2 mil milhões de fcfa

Bissau,  8 Jan 25(ANG) – O vencedor da oitava edição do Campeonato Africano das Nações (CHAN), agendado de 1 a 28 de fevereiro, embolsará 3,5 milhões de dólares, ou mais de 2 mil milhões de francos CFA, soube a Confederação das Nações Unidas. Futebol Africano (CAF).

A CAF também anunciou na terça-feira que a dotação financeira para este CHAN foi aumentada para US$ 10,4 milhões, um aumento de 32%.

Para esta edição prevista para o Quénia, Tanzânia e Uganda, a CAF “decidiu aumentar significativamente o prémio financeiro para o vencedor para 3,5 milhões de dólares, o que representa um aumento de 75%”.

“Também aumentamos a dotação financeira para CHAN Quénia, Tanzânia e Uganda 2024 para 10,4 milhões de dólares, um aumento de 32%”, disse o presidente da CAF, Patrice Motsepe.

Acrescentou que o CHAN é “uma competição importante para o desenvolvimento e crescimento dos jogadores de futebol baseados em África e contribuirá significativamente para a competitividade global do futebol africano e das competições da CAF”.

“Esta competição faz parte da nossa estratégia de investir no futebol africano com vista a torná-lo atrativo para os adeptos do futebol, espectadores, patrocinadores, parceiros e outros intervenientes em África e em todo o mundo”, sublinhou o presidente da CAF.

O sorteio acontecerá no dia 15 de janeiro em Nairóbi (Quênia).

A competição acontecerá de 1 a 28 de fevereiro no Quênia, Tanzânia e Uganda.

O Senegal, atual campeão, está qualificado para esta edição do CHAN, que coincidirá com a quarta participação dos Leões nesta competição que reúne jogadores que jogam em África.

Dezassete países, incluindo os três países organizadores (Quénia, Tanzânia e Uganda), já se qualificaram para o CHAN.

Marrocos, Guiné, Senegal, Mauritânia, Níger, Burkina Faso, Nigéria, República Centro-Africana e República Democrática do Congo estão entre os países qualificados, assim como Congo, Sudão, Zâmbia, Angola e Madagáscar.

Um bilhete final é reservado para países da zona CECAFA (África Central e Oriental). Ele deveria retornar ao Burundi, à Etiópia ou ao Sudão do Sul. ANG/FAAPA

 

              Senegal/Escândalo de peculato abala setor automobilista

Bissau, 08 jan 25 (ANG) -  Um caso de alegado desvio de um montante de 1,2 mil milhões de francos CFA (1.838.375 euros) acaba de eclodir na Sénégalaise de l'Automobile, um dos maiores concessionários de automóveis do Senegal, a imprensa local noticiou na segunda-feira.

Este escândalo financeiro de “escala sem precedentes” põe em evidência “sofisticadas práticas fraudulentas orquestradas” por um antigo executivo da empresa, indica o jornal “Libération”, que nota que este caso “explosivo” foi revelado ao público na sequência de uma denúncia apresentada pelo general da empresa gerenciamento.

No centro deste caso está um antigo executivo do departamento de trânsito da empresa, responsável pelo depósito de cheques para desembaraço aduaneiro de veículos importados, que alegadamente se apropriou indevidamente de pagamentos destinados à Percepção Dakar-Porto, acumulando assim atrasos de taxas aduaneiras estimadas em vários. cem milhões de francos CFA, segundo os meios de comunicação de Dakar que evocam “carnificina financeira”.

O suspeito foi detido no Aeroporto Internacional Blaise Diagne (AIBD), em Dakar, enquanto tentava fugir do país, alegando “licença médica” injustificada, segundo o jornal.

A investigação realizada pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) indica que o suspeito teria beneficiado de cumplicidade interna e externa. Entre eles, sua segunda esposa, que supostamente tentou negociar uma moratória com a Fazenda Pública roubando uma identidade.

Perante a dimensão deste desfalque, o Ministério Público Financeiro decidiu alargar as investigações sobre este assunto para investigar mais aprofundadamente as acusações de quebra de confiança e branqueamento de capitais. Será apresentado um pedido formal ao Colégio de Juízes de Instrução para desvendar as múltiplas ramificações deste escândalo, nota o “Libération”.ANG/FAAPA

   

                Ensino/ SINAPROF entrega novo pré-aviso de greve

Bissau, 08 Jan 25(ANG) – O Sindicato Nacional de professores(Sinaprof) entregou, terça-feira, novo pré-aviso de greve no ensino público, em reivindicação da conclusão do processo de admissão de mais professores, melhoria das condições de trabalho, pagamento aos 2.640 professores contratados no ano letivo 2023/2024.

A greve deve ser observada entre os dias 21 e 23 de janeiro em curso.

Em declarações à imprensa após a entrega  do Pré-Aviso, o presidente do Sinaprof, Domingos de Carvalho, disse que restam 2024 professores para admitir na Função Pública e diz se  não forem admitidos centenas de crianças vão ficar fora do sistema do ensino.

“A falta dos professores  na escola pública vai afetar mais o ensino primário sobretudo o primeiro ciclo que começa de primeiro ao quarto ano que corresponde a  53 por cento das crianças em idade escolar, e segundo ciclo de quinto a sexto ano que equivale ao 06 por cento, “ revelou Domingos.

O presidente do SINAPROF informou ainda que há uma vaga de 5.900 professores para preencher durante o ano letivo em curso.

Domingos de Carvalho alegou  citando  orientações do Banco Mundial em parceria com o Governo da Guiné-Bissau que o número de professores não deve ultrapassar os 15.000, o que para Domingos de Carvalho, quer dizer  que ainda podem ser admitidos mais 3.466 professores  no sistema do ensino, neste ano letivo de 2024/2025. ANG/JD/ÂC//SG

Segurança Rodoviária/  “Ponte "João Landim não apresenta riscos imediatos”, diz  Diretor-geral do  Fundo de Conservação Rodoviária

Bissau, 08 Jan 25 (ANG) - O Diretor-geral do Fundo de Conservação Rodoviária disse que a ponte de João Landim não apresenta perigo imediato para os utilizadores, apesar dos sinais de degradação visíveis, noticiou a Rádio Sol Mansi.

Tanunde Keita  acrescentou que os trabalhos de reabilitação da estrutura da ponte estão previstos para o próximo mês de Fevereiro.

O Diretor-geral do Fundo de Conservação Rodoviária fez estas afirmações em reação às preocupações publicadas através das  redes sociais, com  imagens que expõem danos nas borrachas que separam as placas da ponte.

Estes danos  provocam pequenas aberturas visíveis a olho nu, gerando receios entre os cidadãos.

Tanunde Keita disse que uma inspeção técnica já foi realizada, e chegou-se a conclusão de que o estado atual da ponte não compromete a circulação nem representa risco de vida.

Keita  garantiu que as intervenções necessárias serão iniciadas em Fevereiro, com a conclusão prevista para o final do mesmo mês.

Anunciou que as obras de reabilitação vão incluir a ponte de São Vicente, no âmbito do primeiro lote de intervenções rodoviárias programadas pelo Governo, e diz que essas  obras integram o projeto de recuperação do troço rodoviário que liga Safim à Mpak.

Keita informou ainda que o Fundo está a implementar estratégias para superar os desafios financeiros internos até ao final deste ano, o que permitirá maior eficiência na execução de obras futuras.

Destacou a colaboração com o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo na facilitação da  execução dos trabalhos previstos.

O Diretor-Geral do Fundo de Conservação Rodoviária apelou aos proprietários das viaturas para que regularizassem  o pagamento das taxas rodoviárias junto ao Fundo de Conservação Rodoviária.

Segundo ele, já foram divulgadas tabelas detalhando os valores aplicáveis a cada tipo de veículo, com previsão de isenções de alguns casos.

ANG/Rádio Sol Mansi

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Regiões/ Diretor da ENA  para Província Norte anuncia início do curso superior para ano letivo 2024/2025

Canchungo, 07 Jan 25(ANG) – O  Diretor da Escola Nacional da Administração (ENA) para a Província Norte, em Canchungo, região de Cacheu, norte do país, anunciou hoje que a instituição inicia no presente ano letivo(2024/20259 o curso superior para Administração e Contabilidade.

Em entrevista à ANG, Mutaro Tuncará garantiu que o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica já deu orientações ao Diretor Geral da ENA de Bissau para a implementação da iniciativa, com duração de três anos.

Revelou ainda que, para assegurar o funcionamento do Curso Superior de Administração e Contabilidade em Canchungo, alguns docentes terão que deslocar de Bissau para ministrar as disciplinas essenciais e que os docentes internos  vão se ocupar das outras disciplinas, para que os cursos superiores da contabilidade e administração        possam ter a mesma qualidade com a da capital.

Tuncara disse que já estão em curso as matrículas, no valor de 10.000fcfa, e que as propinas serão no  valor de 17.500 francos CFA, mensalmente,  para a formação de uma turma de Contabilidade e outra da Administração, neste primeiro ano.

Aquele responsável adiantou que vai reunir com os docentes e alunos na próxima semana, com vista ao arranque das aulas dos dois cursos superiores naquela cidade nortenha.ANG/AG/JD/ÂC//SG

  França/Chade e Senegal lamentam declarações do Presidente francês

Bissau, 07 Jan 25 (ANG) - Os governos do Chade e do Senegal lamentaram as declarações do Presidente francês Emmanuel Macron que considerou que os dirigentes africanos “esqueceram de dizer obrigado” a Paris pela luta contra o terrorismo no Sahel.

O governo do Chade fala em “atitude de desprezo perante África e os africanos”, enquanto o primeiro-ministro do Senegal desmentiu abertamente as afirmações do Presidente francês.

As declarações de Emmanuel Macron indignaram os governos do Chade e do Senegal. Esta segunda-feira, numa reunião anual com os embaixadores em França, o Presidente francês disse que Paris teve razão em intervir com uma missão militar contra o terrorismo no Sahel desde 2013, mas que os dirigentes africanos se esqueceram de dizer obrigado.

Em resposta, num comunicado lido na televisão estatal esta segunda-feira à noite, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Chade, Abderaman Koulamallah, falou em “grande preocupação perante as declarações do Presidente francês que, no seu entender, “reflectem uma atitude de desprezo perante África e os africanos”.

O ministro sublinhou que o Chade “não tem nenhum problema com França”, mas que os dirigentes franceses devem aprender a respeitar o povo africano”. Abderaman Koulamallah escreveu, ainda, que o papel determinante de África e do Chade na libertação de França nas duas guerras mundiais nunca foi “verdadeiramente reconhecido” por Paris, nem os “sacrifícios dos soldados africanos”. O ministro acrescentou que “em 60 anos de presença, a contribuição francesa foi maioritariamente limitada a interesses estratégicos próprios, sem impacto durável para o desenvolvimento do povo chadiano”.

A 28 de Novembro, Ndjamena rompeu os acordos militares que duravam há 60 anos com a antiga potência colonial e as operações de retirada começaram em Dezembro.

Por sua vez, o primeiro-ministro do Senegal, Ousmane Sonko, desmentiu directamente o Presidente francês ao classificar como “totalmente errada” a afirmação segundo a qual Paris propôs aos presidentes africanos a reorganização da presença militar francesa e lhes deu a primazia de o anunciar.

Ousmane Sonko disse que “não houve nenhum debate ou negociação e que a decisão tomada pelo Senegal é da sua inteira responsabilidade, enquanto país livre, independente e soberano”. Em Dezembro, o primeiro-ministro já tinha dito que se os soldados africanos, maltratados e depois traídos, não tivessem sido mobilizados para a Segunda Guerra Mundial para defender a França, esta talvez ainda fosse hoje alemã”.

Dakar anunciou, nas últimas semanas, para 2025 o fim da presença militar francesa e estrangeira no solo nacional. O Senegal era um principais aliados africanos de França depois da independência, mas os dirigentes que chegaram ao poder no ano passado trouxeram uma agenda de ruptura e prometeram tratar França da mesma forma que os outros países estrangeiros.

Entre 2022 e 2023, quatro antigas colónias francesas, o Níger, o Mali, a República Centro-Africana e o Burkina Faso, exigiram a retirada dos militares franceses. Há pouco mais de um mês, o Senegal e o Chade fizeram o mesmo e há dias foi a vez da Costa do Marfim tomar a mesma posição. ANG/RFI

          São Tomé e Príncipe/ Governo de Patrice Trovoada demitido

Bissau, 07 Jan 25 (ANG) - O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, demitiu,  segunda-feira, o Governo liderado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada e convidou o partido ADI, “enquanto partido político mais votado nas últimas eleições legislativas” a “apresentar, no prazo de 72 horas, outra individualidade para assumir o cargo de primeiro-ministro e chefe do Governo”.

No decreto presidencial, o chefe de Estado justifica a decisão “tendo em atenção o contexto interno de São Tomé e Príncipe, caracterizado, presentemente, por inúmeros desafios, particularmente económicos e financeiros e a sua repercussão social” e considera que “a actuação do Governo tem sido marcada por uma assinalável incapacidade em aportar soluções atendíveis e compatíveis com o grau de problemas existentes”.

O Presidente apontou, ainda, “períodos frequentes prolongados de ausência do primeiro-ministro” que, no seu entender, se traduzem “em despesas injustificáveis para o erário público”.

Carlos Vila Nova destacou, também, “a falta, por parte do primeiro-ministro, de uma clara cooperação estratégica e uma manifesta deslealdade institucional”, na relação que deve existir entre o Presidente da República e o líder do Governo.

No caso de o ADI não avançar com uma outra personalidade, de acordo com a Constituição, o Presidente da República poderá convocar a segunda força política mais votada nas últimas eleições, o MLSTP-PSD, a formar um governo que garanta sustentabilidade parlamentar. Isso poderia enfrentar um bloqueio pelo facto de o ADI ter a maioria  parlamentar com 30 deputados e um acordo de incidência parlamentar com uma outra força política, o MCI-PS, que dispõe de cinco assentos.

Alguns analistas apontam o cenário de eleições legislativas antecipadas para garantir estabilidade política, enquanto outros consideram que, a um ano das eleições gerais de 2026, seria pouco judicioso avançar para eleições antecipadas.ANG/RFI

França/Morreu Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema-direita francesa

Bissau, 07 Jan 25 (ANG) - Jean-Marie Le Pen, figura da extrema-direita francesa morreu, esta terça-feira, aos 96 anos, na região de Paris, num estabelecimento onde estava internado há várias semanas. A notícia foi avançada num comunicado da família enviado à agência France Presse.

Jean-Marie Le Pen foi o líder histórico da extrema-direita em França, tendo dirigido durante 40 anos o partido que fundou - Frente Nacional - antes de o deixar à filha, Marine Le Pen, que o rebaptizou como União Nacional e o transformou numa das principais forças políticas do país.

Jean-Marie Le Pen retirou-se gradualmente da vida política a partir de 2011, quando tinha 83 anos e quando Marine assumiu a liderança do partido. Ainda assim, manteve o mandato de conselheiro regional e de deputado europeu, assim como o cargo de presidente de honra do partido.

Para trás, ficava quase meio século da vida política francesa. O ponto alto da sua carreira foi nas eleições presidenciais de 2002. A 21 de abril desse ano, aos 73 anos e na sua quarta candidatura ao Palácio do Eliseu, Jean-Marie Le Pen surpreendeu ao qualificar-se para a segunda volta das presidenciais, o que foi sentido como um sismo político em França. Em reacção, durante duas semanas, milhões de pessoas marcharam contra o racismo e a extrema-direita, o que permitiu facilmente a reeleição de Jacques Chirac.

Para a história ficam também os seus discursos polémicos sobre a imigração e os judeus, alguns que lhe valeram condenações jurídicas, nomeadamente quando disse que as câmaras de gás nazis eram um “detalhe da história”.

"O fundador da Frente Nacional, que conseguiu unir, nos anos 60 e 70, uma extrema-direita dividida, fez do seu apelido e da sua família um império político, conseguindo, através de provocações, impor combates racistas e identitários no debate político", resume o jornal Libération. ANG/RFI

      Canadá/Demissão do primeiro-ministro por impasse no parlamento

Bissau, 07 Jan 25 (ANG) – O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, mantém-se em funções até ser nomeado o seu sucessor.

O chefe do executivo anunciou, porém, na segunda-feira a sua demissão do cargo. Em causa a situação de bloqueio no parlamento. 

O primeiro-ministro cessante canadiano Justin Trudeau justificava a sua demissão com a paralisia do parlamento desde há meses, após a mais demorada sessão parlamentar minoritária. 

Após praticamente uma década no poder, Trudeau, de 53 anos, está em apuros nas sondagens relativamente ao seu rival conservador, Pierre Polievre, que tem cerca de 20% de avanço.

O seu partido tornou-se minoritário no parlamento, após a retirada do apoio de um aliado de esquerda, o descontentamento cresceu também no seio do Partido Liberal, a sua força política.

Trudeau deixa também a liderança desse movimento numa altura em que o Canadá se debate com uma forte inflação, com uma crise na habitação, mas também nos serviços públicos.

E isto para além da crise política suscitada com a demissão da vice-primeira ministra, Chrystia Freeland, por discordar da forma como Trudeau gere a guerra económica que se avizinha com os Estados Unidos.

Reagindo à demissão de Trudeau o futuro presidente americano Donald Trump voltou a deixar o recado que caso o Canadá se tornasse no 51° Estado americano a preocupação levantada com os direitos alfandegários que este pretende rever não existiria...

Os impostos baixariam e o Canadá ficaria totalmente seguro quanto à ameaça de navios russos e chineses que o cercam constantemente.ANG/RFI