terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Conflito Médio Oriente/Ministro da Segurança rejeita eventual acordo de tréguas com Hamas

Bissau,14 Jan 25(ANG) - O ministro israelita da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, apelou hoje aos aliados de extrema-direita para que ajudem a travar o eventual cessar-fogo em Gaza e o acordo de libertação de reféns que está a ser negociado no Qatar.

"Durante o ano passado, usando o nosso poder político, conseguimos impedir que este acordo fosse aprovado", disse o líder do partido ultranacionalista Poder numa mensagem que difundiu nas redes sociais.

Ben Gvir qualificou a proposta de trégua, que prevê a libertação gradual de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos em Israel, de "horrível" e uma "rendição" face ao Hamas.

Itamar Ben Gvir pediu ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, para que "informe o primeiro-ministro, de forma clara e firme, que se o acordo for aprovado" não resta outra saída a não ser a demissão. 

Smotrich rejeitou na segunda-feira a proposta de tréguas que está a ser negociada no Qatar, mas não se comprometeu a abandonar o governo de coligação, tal como Ben Gvir lhe pede.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com os dois ministros no sábado para tomar conhecimento formal da oposição a um acordo sobre os reféns.

Segundo o jornal israelita Walla, a equipa do presidente acredita que Ben Gvir abandonaria o governo se Israel aceitar um acordo com o Hamas, razão pela qual Netanyahu tenta convencer Smotrich a limitar-se a votar contra a proposta, sem abandonar a coligação, a fim de evitar eleições antecipadas.

Hoje, Ben Gvir reconheceu que a saída do partido Poder Judaico da coligação, por si só, não impediria a aplicação do acordo.

O ministro apelou ainda a Netanyahu para que impeça completamente a entrada de ajuda humanitária e de combustível, eletricidade e água em Gaza.

O enclave palestiniano enfrenta uma crise humanitária sem precedentes após mais de 15 meses de guerra.

Uma última ronda de negociações entre Israel e o Hamas sobre tréguas em Gaza deve realizar-se hoje no Qatar, disse à Agência France Presse (AFP) fonte próxima das negociações.

As conversações, a decorrer no Qatar, têm como objetivo pôr fim a 15 meses de guerra no enclave palestiniano. 

"Uma última ronda de negociações deve ter lugar hoje em Doha", entre os chefes dos serviços secretos israelitas, os mediadores norte-americanos e o primeiro-ministro do Qatar, por um lado, e os mediadores e o movimento palestiniano Hamas, por outro.

A fonte que falou à France Prece, e que não quis ser identificada, acrescentou que o encontro pretende "finalizar os últimos pormenores do acordo".ANG/Lusa



    Migração/Entradas irregulares na UE recuam 38% para 239 mil em 2024

Bissau,14 Jan 25(ANG) - O número de travessias irregulares das fronteiras externas da União Europeia (UE) recuou 38% em 2024 face ao ano anterior para 239 mil, o nível mais baixo desde 2021, segundo dados hoje divulgados pela Frontex.

De acordo com a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), no ano passado foram detetadas mais de 239 mil entradas irregulares na UE, regressando a valores ao nível da pandemia da covid-19.

As chegadas à UE através da rota do Mediterrâneo Central foi apresentou a segunda maior redução anual apresentou, de 59% para as 66.766 travessias, na sua maioria migrantes oriundos do Bangladeche, Síria e Tunísia e que tentam chegar por barco a Itália.

Também a rota, por terra, dos Balcãs Ocidentais sofreu um corte nas tentativas de entrar na UE, com um corte de 78%, para as 21.520 travessias, principalmente sírios, turcos e afegãos.

Através do Mediterrâneo Oriental (para a Grécia) foram intercetadas mais 14% de passagens irregulares da fronteira, para as 69.436, em 2024, de sírio, afegãos e egípcios, na sua maioria.

Através da rota de África Ocidental, para as ilhas espanholas das Canárias, entraram irregularmente 46.877 pessoas, maioritariamente do Mali, Senegal e Marrocos, um crescimento homólogo de 18%.

A rota do Mediterrâneo Ocidental (para Espanha), por outro lado, viu as travessias aumentar 1%, para as 17.026, da Argélia, Marrocos e Mali.

Através da fronteira terrestre oriental, as travessias irregulares aumentaram 192%, para as 17.001, principalmente da Ucrânia, Etiópia e Somália.ANG/Lusa

 


São Tomé e Príncipe
/ Presidente nomeia novo governo liderado por Américo Ramos

Bissau,14 Jan 25(ANG) -  O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, nomeou, segunda-feira, novo governo composto por dez ministros, quatro dos quais do executivo anterior.

O novo governo vai ser liderado por Américo Ramos, antigo ministro das Finanças, cuja nomeação contraria a indicação do partido ADI, vencedor das últimas eleições legislativas.

Entre os dez ministros nomeados, seis são homens e quatro mulheres, marcando um equilíbrio de género da composição do novo governo. Entre os ministro que se mantém do executivo anterior destacam-se Ilza Amado Vaz, agora ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, e Isabel de Abreu, que mantém a pasta da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior. Entre as novas caras, figuram Vera Cravid, que assume a pasta da Justiça, Assuntos Parlamentares e Direitos da Mulher, e Celso Matos, novo responsável pela Saúde.

A cerimónia de tomada de posse decorre esta terça-feira, 14 de Janeiro, terminando com uma semana de instabilidade política, que começou com a demissão do governo liderado por Patrice Trovoada.

A nomeação de Américo Ramos como primeiro-ministro gerou controvérsias. O partido ADI, liderado por Patrice Trovoada, classificou a decisão como um "golpe de Estado palaciano". O novo primeiro-ministro são-tomense, antigo ministro das Finanças, esteve seis meses em prisão preventiva sob acusações de corrupção que acabaram por ser arquivadas. Recentemente, foi indemnizado em cerca de 400.000 euros em virtude de decisões judiciais relacionadas ao caso.

Embora a ADI continue a questionar a legitimidade do novo governo, os partidos da oposição, como o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) e o Movimento Basta, reconheceram a nomeação de Américo Ramos, apesar de, inicialmente, defenderem que o ADI deveria formar o executivo.

O Presidente Carlos Vila Nova quer reorganizar a liderança política do país, que enfrenta grandes desafios económicos e sociais. A comunidade internacional diz estar a acompanhar a transição política.ANG/RFI

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Ensino/Governo e União Africana lançam Projeto Piloto para Integração da Carta Africana sobre Democracia e Governação(CADEG) nos currículos escolares

Bissau,13 Jan 25(ANG) – O Governo, através do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica e a União Africana, lançaram hoje a Fase Piloto do Projeto para Integração da Carta Africana sobre a Democracia, as Eleições e a Governação(CADEG), nos currículos escolares do país.

No ato de abertura do evento, o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica Herri Mané disse que a implementação desse projeto da União Africana tem como objetivo a  promoção da  adesão de cada Estado parte aos valores e princípios universais da democracia, e o respeito dos direitos humanos e à Constituição da República nos Estados que fazem parte da União Africana.

A realização regular das eleições transparentes, livres e justas, a promoção e proteção da independência do poder judicial, restauração, reforço e consolidação da base de governação, a promoção  e desenvolvimento durável dos Estados partes e a segurança humana e promoção da luta contra a corrupção, de acordo com a Convenção da União Africana, são outros objetivos do referido projeto.

Heri Mané salientou que é com estes objetivos que o projeto CADEG que emana das recomendações da Reunião do  Comité Técnico Especializada em Educação Ciência e Tecnologia, realizada em 30 de Outubro de 2015, em Adis-Abeba(Etiópia), incentivou a Comissão da União Africana a promover a inclusão da CADEG nos currículos escolares bem como na formação dos professores.

O governante frisou ainda que, para assegurar a implementação dessa iniciativa, o Departamento para os Assuntos de Defesa da União Africana, em conformidade com o seu mandato, adoptou uma  estratégia baseada num roteiro continental que visa certificar-se da sua exclusividade
assim como na elaboração de materiais didáticos, guias do professor e manuais de aluno imprescindíveis à sua implementação.

O representante Especial do Presidente da Comissão da União Africana na Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno exprimiu a sua gratidão ao Governo guineense por ter aceite desempenhar esse papel na fase piloto do projeto que diz ser crucial para o futuro do continente africano.

“Hoje marcamos uma etapa importante na educação e democracia no continente africano, Para o efeito, é uma resposta à um declínio notável dos valores democráticos no contexto atual que os Estados membros julgaram essencial promover a integração da Carta Africana da Democracia, Eleições e a Boa Governação nos programas escolares”, disse Pequeno.

Afirmou que o projeto visa reforçar os princípios democráticos do continente africano tendo em conta que os jovens representam atualmente mais de 60 por cento da população africana e são mais atingidos pelas questões de democracia â escala continental.

O seminário que decorre entre os dias 13 e 16 do corrente mês, agrupa mais de 50 técnicos do Ministério da Educação que irão abordar os temas sobre a Visão Geral do Projeto CADEG e próximas etapas de sua implementação. ANG/ÂC//SG

Religião/Guiné-Bissau oficializa participação na peregrinação/2025 à cidade Santa de Meca

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) – A Guiné-Bissau  oficializou, no domingo, a participação, este ano, de fiéis muçulmanos na peregrinação à Cidade Santa de Meca.

Segundo uma nota enviada à ANG, um acordo para o efeito foi assinado na manhã de domingo, em Jeddah, pelo Alto Comissário para Assuntos de Meça, Califa Soares Cassamá e o vice-ministro saudita  de Meca e Umrah,Abdulfattah bin Sulaiman .

O acordo  detalha as condições para a participação dos peregrinos guineenses, incluindo números de vagas, as datas da peregrinação, e os serviços que serão oferecidos tais  como assistência médica e acomodação.

A Guiné-Bissau, refere a nota, dispõe, este ano, de 751 lugares para a peregrinação, que deve decorrer entre os dias 26 de Maio e 11 de Junho.

“As autoridades guineenses estão a trabalhar intensamente para garantir que a peregrinação seja um sucesso, e também na seleção dos peregrinos, na campanha de vacinação e logísticas dos voos. ”, refere a Nota.

A peregrinação à Meca “Hajj”, é um dos cinco pilares do Islã e representa um momento de grande espiritualidade para os muçulmanos.ANG/LLA//SG 

Política/ “As eleições presidenciais decorrerão entre Outubro e Novembro de 2025”, diz PR

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) -  As eleições presidenciais  decorrerão entre Outubro e Novembro, de acordo com as leis do país, anunciou, sexta-feira, o presidente Umaro Sissoco Embaló, à saída da reunião do Conselho de ministros.

“O meu mandato de cinco anos termina no dia 4 de Setembro e, de acordo com as leis do país, a votação deverá realizar-se entre Outubro e Novembro”, afirmou o presidente guineense.

Além disso, o Presidente da República convidou “aqueles que não concordam com esta data a recorrerem para o Supremo Tribunal de Justiça e disse que a medida  visa garantir a transparência e o respeito pelas regras eleitorais do país.

Segundo a Agência Marroquina de Notícias(MAP(,Umaro Sissoco Embalo que se dirigia à imprensa, também confirmou que as eleições legislativas terão lugar este ano, sem contudo indicar uma data precisa. ANG/FAAPA

São Tomé e Príncipe/ADI diz que o país vive situação "anormal" e que nomeação de Américo Ramos é uma "surpresa"

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) - O imbróglio político em São Tomé e Príncipe é uma "situação anormal" segundo o partido maioritário ADI, motivado por "razões pessoais" do Presidente Carlos Vila Nova, segundo explicou à RFI o secretário-geral do ADI, Elísio Teixeira.

Numa semana, São Tomé e Príncipe teve três primeiros-ministros diferentes. Na segunda-feira passada, Patrice Trovoada foi destituído pelo Presidente Carlos Vila Nova com acusações de deslealdade institucional, com a nomeação, entretanto, sob indicação do partido maioritário ADI, de Ilza Amado Vaz. Com a divulgação da lista de ministro da então primeira-ministra a acontecer antes do aval final do Presidente, Ilza Amado Vaz apresentou a sua demissão que levou depois à sua exoneração, com o Presidente a escolher no final do dia de ontem Américo Ramos como novo primeiro-ministro.

Do lado do ADI, mesmo se se trata de um antigo secretário-geral do partido, esta decisão não se compreende, já que o partido tinha sugerido o nome do advogado Adelino Pereira. Em entrevista à RFI, Elísio Teixeira, actual secretário-geral do ADI, admite que o partido foi surpreendido pela decisão do Presidente e que não ajudará a formar o próximo Governo.

RFI: Como descreve a situação política em São Tomé e Príncipe?

Elísio Teixeira: Claro que, do nosso ponto de vista, é uma situação anormal, porque o ADI ganha as eleições em 2022 com maioria absoluta e apresentou o candidato a primeiro ministro. Logo, tem toda a legitimidade para cumprir o mandato até 2026. Obviamente que havendo a demissão do primeiro ministro Patrice Trovoada e o ADI enquanto partido vencedor, apresenta um outro nome para dar continuidade ao programa sufragado em 2022, mas tendo em conta a natureza do conflito - que em certa medida não se consegue perceber porque parece que deixou de ser institucional e em parte passou a ser um conflito quase de natureza pessoal - então há nomes que foram rejeitados e pelo que o Presidente da República indicou, o primeiro ministro, pese embora seja oriundo do ADI, não foi indicado pela direcção atual do partido.

Portanto, podemos confirmar que o nome de Américo Ramos não foi indicado pelo ADI. Confirma isso?

Nós tínhamos indicado ontem o nome do advogado Adelino Pereira, que foi o nome da direcção do partido indicou ontem ao Presidente da República. Mas, entretanto, o Presidente da República nomeou o Dr. Américo Ramos, que é uma figura oriunda do ADI e para as funções de primeiro ministro.

Vocês tiveram alguma razão para essa renúncia em relação a Adelino Pereira.

Nós não tivemos retorno do Presidente e, embora tenhamos enviado o nome de Adelino Pereira, fomos depois digamos que surpreendidos com a nomeação do Dr. Américo Ramos.

E no vosso entender porque é que a escolha do Presidente recaiu sobre Américo Ramos? 

Obviamente que entendemos que ele quer dizer que deve ser o ADI a continuar o programa sufragado em 2022 até 2026. Logo, digamos que escolheu uma figura oriunda do ADI, que foi recentemente secretário geral do partido. Até há bem pouco tempo, Américo Ramos foi deputado eleito pelo partido ADI. O Presidente da República indigitou-o como primeiro ministro talvez por ele ser oriundo do partido, pese embora não tenha sido indicado pela direcção do partido.

No vosso ponto de vista, trata se de um governo de iniciativa presidencial?

Tecnicamente sim, porque se a direcção do partido indica o nome e o nome do partido não é tido e se indica um outro nome... Neste momento entendemos que há aqui um Governo que foi formado de iniciativa presidencial.

Do vosso lado vocês pensam agora participar no processo de construção do Governo? Ou seja, reunirem se com Américo Ramos e tentar atribuir pastas a membros do ADI?

Não, não nos cabe a nós indicar nomes neste momento, tendo em conta que não foi o nome escolhido pela direção que é primeiro-ministro. Portanto, caberá ao primeiro ministro indigitado pelo Presidente formar o seu elenco e depois tratar de tudo o resto. Poderá ser que chame pessoas do ADI, mas neste momento a direção do partido não assume responsabilidades em relação à nomeação de quaisquer nomes para o Governo.

Então como é que vocês vão continuar a proceder, sendo que vocês são o partido mais votado e foram o partido que ganhou as eleições em 2022?

O ADI tem maturidade política suficiente para não querer que o país entre numa situação de instabilidade permanente que não nos interessa. Então nós, nos próximos tempos, nos próximos dias, analisaremos a situação Vamos ouvir ponderadamente e veremos o que será melhor para São Tomé e Príncipe acima de tudo.

Diz que ADI então vai esperar para ver. Em relação também à questão da importância da estabilidade política em São Tomé e Príncipe, vocês não pensam censurar um Governo com o qual não concordem?

Bem, neste momento não posso afirmar com certeza, até porque os órgãos do partido não reuniram ainda para analisar no seu todo este rol de acontecimentos. Digamos que só o futuro dirá. Mas nós vamos fazer de tudo para evitar ao máximo qualquer situação de instabilidade no país.

Vocês fizeram um recurso em relação à destituição de Patrice Trovoada perante as autoridades são tomenses. Como é que está esse recurso? No vosso entender, essa destituição foi legítima por parte do presidente?

Nós entendemos que não, porque, pese embora o Presidente tenha competências constitucionais para demitir o Governo, nós entendemos que não foram preenchidos os requisitos legais previstos na própria Constituição. Daí que nós pedimos ao Tribunal para sufragar esta decisão para que tenhamos a certeza de que ou estamos enganados, ou que, na verdade, houve aqui uma violação às normas e aos princípios constitucionais.

Tem uma ideia de quando é que haverá uma decisão?

Não, não porque os tribunais têm prazos legais impostos e, se não estou em erro, a decisão para este tipo de recurso deve ser analisado no prazo máximo de 30 dias. Logo, não sabemos em quanto tempo eles terão uma resposta para que se saiba qual é o posicionamento do Tribunal Constitucional. Mas nós estamos a aguardar porque o tempo da Justiça é diferente do tempo da política. É daí que aguardamos a todo o tempo o resultado do Constitucional.

Claro, quando se fala da instabilidade política em São Tomé e Príncipe, fala-se também da questão da credibilidade internacional. São Tomé e Príncipe é um país que depende do financiamento de várias instituições internacionais. Considera que esta questão política pode acabar por afectar também financeiramente São Tomé e Príncipe e a própria credibilidade internacional do país?

Nós acreditamos que sim, porque o último Governo desdobrou-se em vários esforços para para elevar a imagem do país a nível internacional, para dar credibilidade junto às instituições bancárias e financeiras internacionais e também junto empresários internacionais. Então estamos em crer que muitas dessas situações, que assentam na base da confiança e da estabilidade política, com a queda do governo que já tinha começado um processo, possa haver situações que sejam interrompidas ou que depois levem a uma renegociação da perspectiva actual dos investidores em São Tomé e Príncipe.

Tendo em conta todas estas possíveis consequências na sua. Na sua perspetiva, qual é que era o objetivo de Carlos Villanova no meio disto tudo?

Não sei precisar. Não consigo perceber. Só ele saberá das suas motivações. E eu acredito que deve ter ponderado, mas na nossa perspectiva, do partido ADI, obviamente que houve aqui um desvio às regras do Estado de Direito democrático. ANG/RFI

Moçambique/Posse dos novos deputados  marcada por boicote da Renamo e MDM

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) - Os deputados da Renamo e do Movimento Democrático de Moçambique boicotaram a cerimónia de investidura dos membros do Parlamento para a X legislatura. 


Apenas a Frelimo, declarado vitorioso pela CNE e o Conselho constitucional, assim como o Podemos tomaram posse, apesar do seu candidato presidencial, Venâncio Mondlane, rejeitar os resultados eleitorais e ter apelado novamente a três dias de manifestações a partir de hoje. 

Apenas 210 dos 250 deputados tomaram posse na Assembleia da República em representação do partido Frelimo que suporta o governo e do estreante Podemos. 

Conforme já tinham anunciado, a Renamo e o MDM, na oposição, não participaram na cerimónia de tomada de posse dos parlamentares eleitos a 9 de Outubro.

“Os dados apurados indicam que estão presentes nesta sala 210 deputados eleitos, sendo 171 da bancada parlamentar da Frelimo e 39 do partido Podemos, zero da Renamo e zero do MDM”, confirmou o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, que dirigiu esta manhã a investidura da nova Assembleia da República.

Ao pedir "responsabilidade", o chefe de Estado preconizou que se “adoptem reformas legislativas que reforcem a credibilidade das instituições do Estado democrático e não permitam a manipulação política que muitas vezes degenera em violência e no descrédito dos nossos processos eleitorais”.

Filipe Nyusi considerou ainda que “a Assembleia da República como órgão e os senhores deputados como mandatários do povo moçambicano devem assumir o papel crucial para desencorajar a desordem que provoca mortes e destruição no tecido económico e social”.

No âmbito da cerimónia de investidura dos novos parlamentares, também foi eleita a nova Presidente da Assembleia da República. Margarida Talapa, antiga ministra do trabalho e segurança social, prometeu trabalhar para acabar com a crise pós-eleitoral.

“Vamos ter de optar por um sistema de inclusão participativa, onde todos os deputados, independentemente das suas cores políticas, estejam unidos em torno daquilo que são as aspirações dos moçambicanos”, disse Margarida Talapa em declarações à imprensa, momentos antes da oficialização da sua eleição como Presidente do parlamento.

Pela primeira vez, Moçambique deveria contar com quatro partidos representados no parlamento, Frelimo, Podemos, Renamo e MDM. Essa diversificação de partidos na Assembleia da República dá-se contudo em pleno contexto de violência pós-eleitoral, com um balanço que se eleva segundo a sociedade civil a quase 300 mortos e mais de 600 feridos a tiro.ANG/RFI

EUA/Pelo menos 24 mortos nos incêndios de Los Angeles sem acalmia à vista

Bissau, 13 jan 25 (ANG) - A Califórnia, prepara-se para o regresso a partir de amanhã dos ventos fortes e um possível recrudescimento dos incêndios que desde a semana passada lavram certas zonas de Los Angeles, segunda cidade mais povoada dos Estados Unidos, onde já se contabilizam 24 mortos, segundo um novo balanço estabelecido neste domingo à noite. 

A medicina legal de Los Angeles aumentou ontem à noite para 24 o balanço oficial das vítimas mortais dos incêndios que reduziram a cinzas vários bairros da cidade, esta sendo considerada desde já a catástrofe natural mais devastadora da história dos Estados Unidos.

De acordo com as autoridades, cerca de 12.300 estruturas foram destruídas ou danificadas, cerca de 100 mil pessoas foram evacuadas das suas casas e estima-se que os danos materiais e prejuízos financeiros se elevem a pelo menos 135 mil milhões de Dólares.

Nesta segunda-feira, os bombeiros continuam a lutar contra o fogo nomeadamente em Altadena, no nordeste da cidade, onde já arderam quase 6 mil hectares, mas também e sobretudo em Pacific Palisades, no oeste, com 23 mil hectares já ardidos e onde as chamas alastraram substancialmente no fim-de-semana, ameaçando agora estender-se para a vizinha área densamente povoada de San Fernando.

A tarefa dos bombeiros corre o risco de tornar-se ainda mais difícil, os serviços meteorológicos prevendo um novo aumento da força dos ventos para 110 km/hora a partir desta terça-feira. Além de prever a possível evacuação de milhões de pessoas, os socorros alertaram que os ventos vão impedir qualquer retorno dos habitantes às suas casas antes de quinta-feira, por motivos de segurança.

Perante a dimensão da catástrofe cujas circunstâncias estão a investigadas pelo FBI, o governador democrata da Califórnia preconizou um "plano Marshall" para a reconstrução das zonas destruídas. As autoridades locais não deixam, contudo, de ser alvo de críticas. 

A autarca democrata de Los Angeles, Karen Bass, garantiu no sábado que os seus serviços estão a actuar "em sintonia". Na véspera, a chefe dos bombeiros da cidade apontou o orçamento insuficiente reservado à sua acção pelo município.

Ontem, na sua rede social, o republicano Donald Trump tornou a denunciar "os políticos incompetentes que não têm ideia de como apagar" os incêndios.

Os ventos de Santa Ana que alimentam estes incêndios são um fenómeno recorrente dos outonos e invernos californianos. Mas desta vez, segundo os especialistas,  eles atingiram uma intensidade inédita desde 2011, com uma força que atingiu os 160 km/hora esta semana.ANG/RFI

Coreia do Sul/Seul afirma que cerca de 300 soldados norte-coreanos morreram na Rússia

Bissau, 13 jan 25 (ANG) - Os serviços de inteligência sul-coreanos afirmaram nesta segunda-feira que foram mortos cerca de 300 dos 10 mil soldados norte-coreanos alegadamente destacados para a Rússia, no âmbito da guerra contra a Ucrânia.

"As estimativas indicam que o número de vítimas nas fileiras das forças norte-coreanas ultrapassou 3.000, incluindo cerca de 300 mortos e 2.700 feridos", indicou hoje Lee Seong-Kweun, deputado sul-coreano, em declarações à imprensa, na sequência de uma reunião do serviço de inteligência sul-coreano (NIS).

Também hoje, o chefe de Estado ucraniano Volodymyr Zelensky declarou-se disposto a efectuar uma troca de prisioneiros com a Coreia do Norte, depois de ter anunciado no sábado que o exército ucraniano tinha capturado dois soldados norte-coreanos.

Até ao momento, estas declarações não foram comentadas nem por Moscovo, nem por Pyongyang que também nunca se expressaram sobre o alegado envio pelo regime de Kim Jong Un de 10 mil soldados para reforçar as tropas russas, conforme afirmam os Estados Unidos, Seul e a própria Ucrânia.

Noutro quadrante, o exército russo reivindicou hoje ter tomado o controlo de Pishchane, uma cidade mineira perto de Pokrovsk, no leste da Ucrânia, onde as forças de Moscovo continuam a progredir ao preço de pesadas baixas.

Por outro lado, Moscovo acusou hoje a Ucrânia de ter atacado, sem sucesso, um ponto de passagem do gasoduto TurkStream, única via de fornecimento de gás russo à Europa desde 1 de Janeiro, altura em que entrou em vigor a proibição de o gás russo transitar pelo território ucraniano.

"O regime de Kiev tentou atacar com nove drones" um ponto de distribuição de gás do gasoduto TurkStream na região de Krasnodar, no sudoeste da Rússia, afirmou o exército russo num comunicado.

O sector energético tem sido um campo de batalha chave do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Para além da sabotagem -ainda por esclarecer- do gasoduto Nord Stream no mar Báltico em Setembro de 2022, das diversas sanções adoptadas pelos países ocidentais contra o sector russo dos hidrocarbonetos, Moscovo ataca quase diariamente o sector energético ucraniano, privando milhares de pessoas de electricidade.

Uma situação perante a qual, ainda nesta segunda-feira, a União Europeia anunciou um novo envelope de ajuda no valor de 140 milhões de euros destinados ao fornecimento de aquecimento, água potável, alimentos e abrigos aos ucranianos.ANG/RFI

Paquistão/Liga Mundial Islâmica lança conferência internacional sobre educação de meninas em comunidades muçulmanas

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) -  O Secretário Geral da Liga Islâmica Mundial (MWL), Dr. Muhammad bin Abdulkarim Al-Issa, lançou a iniciativa internacional intitulada “Conferência Internacional sobre a Educação de Meninas em Comunidades Muçulmanas: Desafios e Oportunidades”, sábado em Islamabad, Paquistão, com a participação da Organização de Cooperação Islâmica (OIC) e o apoio do governo paquistanês.

A iniciativa visa sensibilizar todas as sociedades muçulmanas sobre a importância da educação das raparigas através de diversas estratégias, programas conjuntos e acordos de apoio, segundo a União das Agências de Notícias OIC (UNA). A mensagem e os objectivos de divulgação da liga destinam-se às comunidades muçulmanas dentro e fora do mundo islâmico, visando tanto indivíduos como instituições públicas e privadas.

No final desta conferência, espera-se que a "Declaração de Islamabad para a Educação das Raparigas nas Sociedades Muçulmanas" seja promulgada e adoptada após a sua apresentação a organizações internacionais governamentais e não-governamentais, bem como a instituições públicas e privadas, com um apelo à estabelecer um dia internacional dedicado aos seus principais objetivos.

A iniciativa será também associada ao lançamento da Plataforma de Parcerias Internacionais, que facilitará a assinatura de vários acordos entre organizações regionais e internacionais centrados no empoderamento das mulheres, no direito das raparigas à educação e na implementação de iniciativas práticas nesta área.

O Dr. Al-Issa sublinhou que esta iniciativa se destaca pelo seu potencial de impacto “eficaz” e “tangível” graças aos acordos significativos que serão assinados. Esclareceu que não será uma “chamada temporária”, um “anúncio vazio” ou uma “simples expressão de posição”, mas sim um passo transformador na defesa da educação das meninas, que certamente fará as delícias de todas as meninas privadas de educação. e todas as sociedades que necessitam urgentemente do contributo das gerações mais jovens.

O Primeiro Ministro do Paquistão, Muhammad Shehbaz Sharif, expressou a sua gratidão à MWL pela sua dedicação inabalável à causa da educação e por lançar esta importante iniciativa. Ele destacou que garantir o acesso equitativo à educação para as meninas é um dos desafios mais prementes da atualidade.

No âmbito da conferência de lançamento da iniciativa, serão organizadas uma “sessão de académicos seniores” e uma sessão ministerial, com a participação de Ministros da Educação e do Ensino Superior de vários países participantes. Além disso, diversas sessões científicas, workshops e painéis de discussão abordarão temas-chave relacionados com a educação das raparigas, tais como a educação das mulheres no Islão: "textos religiosos, regras legais e opiniões académicas", a educação das mulheres nas sociedades muçulmanas: "modelos brilhantes do passado e presente”, e tecnologias de informação e seu papel na educação das mulheres: Oportunidades e perspectivas, Empoderamento das mulheres e seu papel civilizacional. ANG/FAAPA


Regiões/Liga dos Direitos Humanos denuncia prática em Canchungo de mutilação genital feminina  proibida há 14 anos

Cacheu, 13 Jan 25 (ANG) – O ativista da Liga Guineense dos Direitos Humanos no setor de Canchungo denunciou sábado a prática, proibida, de mutilação genital feminina em Canchungo, Região de Cacheu .

Segundo o Correspondente regional da ANG na Região de Cacheu, Robaldo Na Dum denunciou que o ato envolveu quatro  crianças de idades compreendidas  entre dois e  10 anos, e terá ocorrido  no passado dia 5 de Janeiro, no bairro de Catacumba.

Segundo Na Dum, os pais das crianças e a fanateca se encontram  detidos na Polícia de Ordem Pública, em Canchungo, e as  crianças excisadas tiveram a necessidade  de serem assistidas  no Hospital Regional de Cacheu ,em Canchungo.  

Robaldo Na Dum condena a prática punida por lei e exige que os responsáveis por esse ato sejam processados criminalmente.

A fanateca terá recebido dos pais das crianças, naturais de Cossé  a quantia de cinco mil francos para cada criança excisada, uma prática proibida por lei desde 2011. ANG/AG/MI//SG

 

Cooperação/”Guiné-Bissau e Sudão apostam  em negociações para resolução de conflitos”, diz Presidente da República

Bissau, 13 Jan 25 (ANG)- O Presidente da República  afirmou no fim-de-semana que a Guiné-Bissau e do Sudão “apostam fortemente” no diálogo e nas negociações para a resolução de conflitos, de modo a preservar a paz e unidade nacional nos  respetivos países.


Umaro Sissoco Embaló falava no âmbito da visita de trabalho que o  Presidente de Conselho da Soberania  e de Transição da República do Sudão, Abdel  Fattah Al-Buhran efetuou à Guiné-Bissau de 12 à 13 de Janeiro em curso.

O chefe de Estado guineense acrescentou que a Guiné-Bissau e o Sudão têm  mantido sempre  excelentes relações e  que têm trabalhado juntos, tanto na União Africana, bem como ao nível internacional, em particular na ONU, com vista a realização dos seus objectivos comuns de paz e desenvolvimento, em África e no resto do mundo.

“Durante as nossas conversações  tivemos a oportunidade de analisar questões de interesse comum, em particular a situação nos nossos respetivos países, bem como de trocar opiniões sobre a conjuntura da República da Guiné-Bissau”, disse Embaló.

Acrescentou  que ainda falaram sobre  os desafios geopolíticos a nível nacional, continental e em várias outras partes do mundo, nomeadamente na Palestina, na Síria e na Ucrânia, e reiterou que concordaram em seguir, de mãos dadas, para atingir os resultados desejados.

“Os nossos dois países vão consolidar as suas relações de cooperação e solidariedade em todos os domínios de interesse comum, pautando sempre pela defesa dos interesses dos nossos povos e da África em geral. Vamos promover encontros e consultas regulares ao mais alto nível, com vista a uma maior coordenação dos nossos esforços, em prol da estabilidade política, da concórdia nacional, do desenvolvimento e bem-estar  da África, em geral”, garantiu Umaro Sissoco Embaló.

ANG/AALS//SG

 Regiões /Rede Juvenil da Ação Climática organiza campanha de sensibilização sobre danos de sacos de plástico em Cátio

Tombali, 13 Jan 25 (ANG) – A Rede Juvenil da Ação Climática realizou no fim de semana em Cátio, Sul da Guiné-Bissau, uma campanha de sensibilização e fiscalização sobre os danos provocados por sacos de plástico.

Falando na cerimônia de abertura do ato, a Embaixadora da Rede Juvenil da Ação Climática, Marcelina Naboda da Silva disse que o trabalho está a ser feito em colaboração com o Governo , através do Ministério do Ambiente e Ação Climática, com o objetivo de informar a população da zona sul sobre o impacto dos sacos de plástico na vida das pessoas e no ambiente

Segundo Marcelina Naboda da Silva, os sacos plásticos causam muitas das vezes problemas de saúde e traz a pobreza, razão pela qual o  Governo da Guiné-Bissau vai levar a cabo, num futuro próximo, uma campanha de recolha de todos os sacos de plástico não biodegradáveis.

Naboda pediu a população da Região de Tombali para colaborarem na campanha do Governo de combate ao uso de sacos de plástico não biodegradáveis, a fim de reduzir os seus efeitos no ambiente, e  se criar melhores condições para a prática da agricultura e a vida marinha. ANG/JQ/MSC//SG

 Política/Governo aprova Regime Jurídico para informatização do Registo Civil

Bissau, 13 Jan 25(ANG) – O Governo aprovou em Conselho de Ministros realizado, sexta-feira(10) o  Regime Jurídico para informatização do Registo Civil no país.

A informação consta no primeiro Comunicado do Executivo de 2025, à que a ANG teve acesso hoje, assinado pelo Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Malal Sané.

O documento indica  ainda que o elenco governamental aprovou dois instrumentos dos oficiais de justiça, nomeadamente o Regulamento Interno do Conselho dos Oficiais de Justiça e o Regulamento de Inspeção do mesmo.

Na parte das nomeações, o Conselho de Ministros autorizou a indigitação de Caramó Camará para desempenhar as funções do Presidente do Conselho de Administração da Autoridade de Aviação Civil da Guiné-Bissau, (AACGB), sendo, em consequência, dada por finda a comissão de serviço, nas mesmas funções, do anterior titular.

 

Em relação as informações gerais, o Ministro das Finanças falou dos esforços em curso visando a contenção das despesas do Estado, tendo admitido  que poderá, em certa medida, afetar algumas deslocações ao estrangeiro, em missão de serviço.

 

 O Ministro de Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, fez uma exposição sobre as reais necessidades com que o Ministério se confronta em relação ao pessoal docente.

 

 Informou igualmente ao coletivo governamental  da decisão da União Africana sobre o lançamento da fase piloto de um  Projeto, em que a Guiné-Bissau é beneficiária, e que visa a integração da Carta Africana da Democracia, de Eleições e da Governança (CADEG), nos currículos escolares. ANG/JD//SG

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Pescas/”O fecho do mar à atividades de pesca industrial é um decreto do Governo e não do Fiscap”, diz Carlos Nelson Sanó

Bissau,10 Jan 25(ANG) – O Diretor-geral do Instituto Nacional de Fiscalização e Controlo de Atividades de Pesca(FISCAP-IP), disse que o Governo produziu um decreto que determina o fecho, anualmente, do mar à atividades de pesca industrial entre os dias 31 de Dezembro e 31 de Janeiro, na Zona Económica Exclusiva do país.

“Quando é assim, a Lei tem o seu carater geral, obrigatória e abstrata”, salientou Carlos Nelson Sanó, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG) em jeito de reação às acusações do Sindicato de Base do FISCAP tornadas públicas, quinta-feira, em conferência de imprensa.

O Presidente do Sindicato de Base do FISCAP-IP, Mamadú Infamará Mané acusou o  ministro das Pescas e o Diretor-geral do FISCAP-IP de terem declarado o fecho do mar, sem informar os parceiros, tendo os acusado de negligência e má gestão.

Em declarações à ANG, Nelson Sanó disse que o ministro das Pescas e Economia Marítima fez apenas uma “Declaração Política”, no passado dia 31 de Dezembro de 2024, para anunciar  que o país já entrou no período do repouso biológico .

 “Penso que foi isso que aconteceu, mas para dizer que o ato foi feito sem conhecimento dos parceiros, não corresponde à verdade, porque este não é o primeiro ano que está a acontecer. Está a ser observado há três anos e já é tradição”, disse.

Aquele responsável afirmou que o papel do FISCAP-IP é de apenas fazer a fiscalização das águas territoriais do país durante os 12 meses do ano, informando que por isso dispõe de um sistema denominado VMS, que monitora os satélites e que os permite verificar todas as atividades dos navios de pesca que estão a decorrer  dentro da extensão do mar da Guiné-Bissau.

Perguntado sobre como está servido o FISCAP em termos de capacidades operacionais de patrulhamento, Carlos Nelson Sanó respondeu que de um tempo para cá se deparam com problemas de fiscalização tendo em conta que as suas vedetas estão com problemas, nomeadamente “Ocante Bnum”, “Ndjambá Mané” e “Baleia”.

Sano acrescentou que  as avarias com que se deparam os seus patrulheiros carecem de soluções internas e que, por isso pediram para que sejam diagnosticadas de forma mais profunda no exterior.

“Isso quer dizer que vamos, dentro de pouco tempo, lançar um concurso  para uma reparação profunda das referidas embarcações. É bem provável que os navios até podem ser levados para reparações no exterior , frisou.

O DG do FISCAP-IP sublinhou contudo que graças aos esforços do Governo, conseguiram acelerar o processo de fabrico de novo patrulheiro e que já está operacional. ANG/ÂC//SG

Sociedade/Presidente da RENAJ pede ao Governo para solucionar a falta de emprego jovem no país

Bissau, 10 Jan 25 (ANG) – O Presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), pediu ao Governo para investir na política capaz de inverter o cenário de falta de emprego jovem no país, uma vez  que a falta de emprego está a constituir enorme crise para jovens guineenses.

Adulai Djaura falava, quinta-feira em conferência de imprensa, em jeito de análise sobre a atual situação sociopolítica do país, disse estar preocupado com a situação do país, e sobretudo com a problemática que afeta a camada juvenil.

Disse que depois de formação, independentemente das capacidades dos jovens, de orientação pessoal, social ao serviço da família ou sociedade onde pertencem, qualquer jovem almeja sempre encontrar um emprego que lhe permita garantir  o auto sustento do dia-à-dia.

Aquele responsável juvenil referiu que a crise que os jovens enfrentam se deve ao facto de saírem de formação e não encontram emprego.

Acrescentou que mesmo que não tenha capacidade para empregar todos os jovens, o Estado devia ter políticas que atraem investidores, para criação de empresas  para acolher os jovens recém-formados.

"O governo deve assumir alguma responsabilidade nesta matéria para realmente poder garantir uma saída para a camada juvenil, porque no passado reclamavam que os jovens devem ir a escola para formar, e agora sabemos que estão a formar por conta própria,  porquê que o Estado não está a conseguir entrar com alguma subvenção para permitir com que as universidades e centros de formação baixassem propinas ou garantam bolsas para estudantes”, disse.

Adulai Djaura disse que no fim os jovens acabam frustrados, porque estudaram quatro, cinco ou seis anos e quando terminam não conseguem empregos.

Sublinhou que a falta de emprego para um jovem formado, cria muito stress, e frustração, e  que hoje muitos andam nas ruas  com problemas que não conseguem resolver , tal como a incapacidade de apoiar a  família que a ajudou a formar.

Por outro lado, Djaura disse que a Rede está preocupada com a fuga dos profissionais de saúde e educação que, por motivo de força maior estão a deixar o país em busca de melhores condições de vida.

“Existem escolas que estão com falta de professores de certas disciplinas e centros de saúde com falta de técnicos de saúde”, salientou.   ANG/MI/ÂC//SG