quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

EUA/"Para os Estados Unidos de Donald Trump, África não é uma prioridade", diz Calton Cadeado

Bissau,23 Jan 25(ANG) - Donald Trump tomou posse como 47.º Presidente dos EUA, levantando incertezas quanto à política externa, especialmente com o continente africano. No seu primeiro mandato, Trump mostrou pouco interesse pelo continente africano. O docente da Escola Superior de Relações Internacionais da Universidade Joaquim Chissano, Calton Cadeado, acredita na manutenção do status quo nas relações EUA-África e observa a saída dos EUA da OMS e do Acordo de Paris como um reforço da postura unilateral de Donald Trump.

RFI: Donald Trump descreveu o início da sua gestão como uma "era dourada", prometendo apostar na prosperidade americana. Por outro lado, diversos líderes africanos manifestaram interesse em fortalecer os laços com os EUA, destacando esperanças em parcerias económicas e cooperação mútua. O que se pode esperar das relações entre os Estados Unidos e o continente africano nos próximos quatro anos?

Calton Cadeado: À primeira vista, é esperar mais do mesmo. Não há grandes alterações. Uma grande evidência disso é o número de convidados africanos que não estão presentes nos eventos presidenciais. Isso já diz algo, porque a África nunca foi uma prioridade para os Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump. Isso ficou ainda mais explícito no passado, e não há muita expectativa de que isso venha a mudar.

Em que medida a política de Donald Trump pode travar o desenvolvimento e as relações entre os Estados Unidos e a África?

Não vejo possibilidade de travar as relações entre os Estados Unidos e a África. Vejo uma continuidade do que já está em curso. Por isso digo: mais do mesmo. Há, por exemplo, algum receio de que projectos como o corredor do Lobito, em Angola, sejam interrompidos. Mas não acredito que os Estados Unidos abandonarão a política de apoio a questões de saúde, por exemplo. Também não vejo os Estados Unidos a desistirem de alargar a sua presença no continente africano por meio do AFRICOM, algo que, apesar de difícil de concretizar, continua relevante. Além disso, abandonar completamente o continente africano significaria abrir espaço para a China e a Rússia, que estão activamente à procura de fortalecer as suas influências.

Mas quando Donald Trump anuncia a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), isso terá inevitavelmente consequências à escala global, mas também para o continente africano?

De facto, essa saída simboliza um ataque ao multilateralismo, algo que já se esperava de Donald Trump. No entanto, é importante considerar o lado bilateral das relações, que ele provavelmente vai tentar manter. Sair completamente seria uma tragédia para as ambições geopolíticas americanas. Por outro lado, Trump pode simplesmente ignorar políticas que Joe Biden implementou e que foram bem recebidas em África, como a defesa de uma maior presença africana no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Essa é uma questão que Donald Trump provavelmente não discutirá, como já ficou evidente nos seus discursos. Outro aspecto importante são as cimeiras entre os Estados Unidos e a África, cuja realização permanece incerta. Mas, se não acontecerem, não será uma surpresa, pois já é o que se espera de Donald Trump.

O que pode acontecer caso essas cimeiras não se realizem nos próximos quatro anos?

Está claro que, para os Estados Unidos sob Donald Trump, a África não é uma prioridade. A menos que algo extraordinário aconteça no continente, Trump dificilmente gastará recursos em iniciativas como as cimeiras EUA-África, especialmente se essas acções não trouxerem benefícios económicos directos para os Estados Unidos.

Em que medida, China e Rússia podem capitalizar um possível recuo dos Estados Unidos no continente africano?

Quando Joe Biden fez a visita histórica a Angola, no contexto do corredor do Lobito, muitos interpretaram isso como um colapso da influência russa em África. Contudo, a Rússia, devido à guerra na Ucrânia, enfrenta dificuldades económicas e políticas que limitam a sua acção no continente. Já a China parece mais bem posicionada para capitalizar qualquer recuo dos Estados Unidos. No entanto, é difícil medir os resultados a curto prazo, pois são apenas quatro anos, e mudanças significativas ou estratégicas não são esperadas nesse período.

Por que motivo disse que a Rússia está a perder presença em África?

A guerra na Ucrânia tem impactado severamente a economia russa, e já existem sinais claros de que o país enfrenta desafios significativos. Isso lembra o colapso da URSS, que também enfrentou dificuldades económicas semelhantes. Além disso, a Rússia está cada vez mais focada em questões internas e em alianças estratégicas próximas das suas fronteiras. O grande braço da política externa russa, o Grupo Wagner, também se encontra fragilizado. Actualmente, parece que a Rússia está mais preocupada em proteger a sua segurança interna do que expandir a sua influência externa.

Donald Trump gerou indignação ao usar termos depreciativos para se referir a países africanos. Essa retórica ainda influencia a percepção e as relações diplomáticas?

As relações diplomáticas têm um histórico importante. Em Moçambique, por exemplo, há uma percepção de que as relações com os republicanos sempre foram boas, ao contrário dos democratas. Contudo, a retórica de Trump reforça a desconfiança e o cepticismo em relação à hegemonia americana. Essa visão é amplificada pelo nacionalismo de Donald Trump, que prioriza abertamente os interesses dos Estados Unidos, mesmo que isso prejudique outros países.

Acredita que a OMS pode sobreviver à saída dos Estados Unidos?

Esse é um grande teste para a OMS, que sempre dependeu muito dos Estados Unidos como maior contribuinte. A organização precisará de procurar recursos de potências emergentes, mas isso tem um custo elevado. A China, por exemplo, está mais focada em ganhar dinheiro do que assumir a liderança mundial.

Como interpreta a saída dos EUA do Acordo de Paris? E de que forma os países africanos podem defender seus interesses climáticos?

A saída de Trump do Acordo de Paris era previsível, dada a sua coerência em priorizar os interesses americanos. Para países africanos como Moçambique, isso representa um desafio para se reinventar e procurar parcerias alternativas. É uma oportunidade de reduzir a dependência excessiva dos Estados Unidos e de encontrar soluções internas para lidar com problemas climáticos.ANG/RFI

Ano Novo/Sindicato de Base da INACEP cumprimenta ministro da Comunicação Social

Bissau, 23 Jan 25(ANG) – O ministro da Comunicação Social, Florentino Fernando Dias, recebeu quarta-feira, no seu gabinete de trabalho, o Sindicato de Base dos funcionários da Imprensa Nacional(INACEP), no âmbito de cumprimentos do ano novo.

“Na sequência dos funcionários internos do Ministério, recebi, hoje, em representação dos trabalhadores da Imprensa Nacional - INACEP, o sindicato, nas pessoas do Presidente, do Vice-Presidente e do Porta-voz, para apresentar-me os cumprimentos do novo ano”, informou Florentino Fernando Dias na sua página do Facebook a que ANG teve acesso hoje.

O governante disse que, ocasião serviu para o sindicato manifestar a sua satisfação pelos trabalhos que têm sido desenvolvidos na INACEP, tendo enaltecido, em especial, o trabalho de requalificação das instalações, melhoria de condições de trabalho dos funcionários, contribuindo, deste modo, para a elevação da produtividade na empresa e, não olvidou, o facto da empresa estar, como poucas vezes na sua história recente, com salário em dia.

“Em reação, agradeci ao Sindicato e, através deles, todos os trabalhadores da Empresa por esse gesto de grande significado e que tanto me tocou”, salientou.

O ministro da Comunicação Social afirmou que, aproveitou da ocasião para reiterar o seu compromisso inabalável com a transformação da INACEP, tornando-a uma empresa robusta, com boa saúde financeira e um ambiente propício para os seus servidores.

“Informei ao sindicato que o Plano de Relançamento da INACEP, em implementação, prevê, entre outras ações, a requalificação; à elevação da capacidade produtiva da empresa, com aquisição e instalação de novos equipamentos; a melhoria da situação financeira, com a redução do peso da massa salarial nas finanças”, disse.

O titular da pasta da Comunicação Social,  frisou que, finalmente, reiterou a disponibilidade, de sempre, de contar com a colaboração dos trabalhadores, através do sindicato. “Como digo, a nossa porta vai continuar escancarada e que não hesitem em bate-la, quando precisarem”, vincou.ANG/ÂC

                                   Rabat/VIII Assembleia-geral da FAAPA

Rabat, 23 Jan 25 (ANG) – A VIII Assembleia-geral (AG) da Federação Atlântica das Agências de Notícias Africanas(FAAPA), sedeada no Reino de Marrocos cumpre, esta quinta-feira, o segundo e último dia de trabalhos com análises de assuntos relacionados à organização fundada em Outubro de 2014 e que integra 25 Agências de Notícias africanas, inclusive a ANG.

Na Ordem do Dia para este segundo dia de trabalhos, o destaque recai sobre  apresentação do Plano de Ação para o presente ano, que inclui formação de jornalistas e técnicos das Agências de Notícias de países membros.

Desde a sua fundação, a FAAPA tem assegurado a capacitação profissional dos profissionais das Agências de Notícias filiadas, havendo casos em que disponibilizou apoios em equipamentos.

O tema central da VIII AG da organização que integra quatro países lusófonos: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe é “a
s Agências de 
Notícias Africanas, alavanca da Promoção da Soberania Sanitária do Continente”.

“O desenvolvimento da soberania sanitária, à escala continental, representa um desafio que interpela todas as forças vivas do continente, pelo que a media e particularmente  as agências de notícias nacionais devem,  em conjunto, assumir o papel de produtor de  informações fiáveis, lutar contra  as falsas notícias e sensibilizar o público sobre as questões da saúde pública, num quadro de cooperação e desenvolvimento comum”, refere um comunicado da FAAPA, à que a ANG teve acesso.

Discursando na cerimónia de abertura dos trabalhos, quarta-feira, o Presidente da FAAPA, Fouad Arif, destacou  que a temática a volta da qual se realiza a VIII AG se inscreve numa realidade   de equívoco de um continente  onde os desejos de saúde pública  estão no centro  das preocupações   dos dirigentes e das populações. 

Acrescentou que o continente africano foi, por muito tempo, confrontado com desafios sanitários, doenças infeciosas, desigualdade no acesso ao tratamento, e dependência de importações farmacêuticas.

 “Estes desafios aumentaram  com as crises sanitárias ocorridas, tais como a de HIV-Sida, de Ébola, de Paludismos, e mias recentemente da pandemia da Covid-19 e a Mpox”,disse Fouad Arif, o também Diretor-geral da Agência Marroquina de Noticias, (MAP).

Para o ministro da Juventude, Cultura  e Comunicações de  Marrocos, Mohamed Mehdi Bensaid, não há soberania com uma saúde delegada à terceiros.

“Um modelo sanitário integrado, tal como quer  Sua Majestade, o Rei  Mohamed VI para o nosso continente não pode existir e se consolidar sem formação e sinergias entre as nações africanas. É por isso que a colaboração das Agências de Notícias africanas  é imprescindível. Vocês são os nervos que vão estabelecer a conexão desta  dinâmica coletiva que deve representar o nosso continente, cheio de potencialidades, e que devemos cultivar”, disse o governante.

A VIII AG da FAAPA deve encerrar, quinta-feira, à tarde, após entrega de prémios no valor de mil dólares cada, aos vencedores do Prémio de melhor reportagem escrito, melhor foto e de melhor reportagem vídeo. ANG//SG

Desporto/Seleção de Futebol Sub-17 da Guiné-Bissau defronta hoje sua congénere de Marrocos em Bissau

Bissau, 23 Jan 25(ANG) - A seleção Sub-17 de futebol da Guiné-Bissau, vai medir forças esta quinta-feira (23-01), em Bissau, com a sua congénere de Marrocos.

Jogo agendado para 16 horas, no estádio da nacional 24 de Setembro e conta para o caráter particular, afinando as pontarias para os próximos embates.

Três dias depois, ou seja, no dia 26 de Janeiro, as duas formações voltaram de novo em cenas com o mesmo propósito e no mesmo palco (24 de Setembro).

Entretanto, a seleção marroquina já chegou ao solo pátrio guineense na madrugada desta terça-feira (21-01), para preparar estes dois compromissos.

Em declarações à imprensa no Aeroporto Osvaldo Vieira, após a chegada da caravana marroquina, Nabil Baha, selecionador de Marrocos revelou a sua satisfação por estar na Guiné-Bissau e partilhar as experiências com o seu similar guineense.

Estamos a preparar a Copa de África que terá lugar no próximo mês de Abril em Marrocos, isso é muito importante para os jogadores das equipas de África. Vamos, a partir de agora, jogar com as equipas do continente africano, porque trata-se de uma competição africana, falou Nabil.

Baha, aproveitou a ocasião para realçar a evolução dos futebolistas e do futebol africano, sublinhando que a expectativa é fazer um bom jogo contra a Guiné-Bissau.ANG/Fut245

Finanças/Banco Mundial aprova 20 milhões de dólares para reforçar a saúde . educação e serviços sociais na Guiné-Bissau

Bissau, 23 Jan 25(ANG) - O Banco Mundial aprovou uma subvenção de 20 milhões de dólares para reforçar a educação, saúde e os serviços de proteção social na Guiné-Bissau, sendo áreas mais vulneráveis do país, apoiando assim as crianças, grávidas, raparigas adolescentes e famílias desfavorecidas.

Segundo o comunicado daquela instituição bancária, datada de 15 de janeiro de 2025, a que a redação  de O Democrata teve acesso, esta terça-feira, 21 do mês em curso, o Projeto de Capital Humano  visa melhorar o acesso a serviços sociais de qualidade em todo o país.

“Neste projeto, serão realizadas algumas atividades nomeadamente, transferências monetárias regulares para famílias pobres e vulneráveis, de modo a permitir que invistam em saúde, educação e nutrição, estabelecer e expandir o registo social nacional, uma ferramenta fundamental para programas sociais, capacitação de assistentes sociais, professores e profissionais de saúde, implementação de uma estratégia nacional de saúde comunitária, distribuição de novos materiais didáticos a todas as escolas do país e expansão da utilização das tecnologias no setor da educação”, informou o comunicado.

Adiantou que, no que toca ao capital humano, estão a referir aos conhecimentos, competências e saúde que os indivíduos acumulam ao longo das suas vidas, permitindo-lhes atingir o seu pleno potencial como membros da sociedade.

De acordo com  o documento, o projeto centra-se na prestação de serviços sociais essenciais a mulheres grávidas, raparigas adolescentes e crianças até aos 10 anos de idade que é a fase mais crítica do desenvolvimento de uma criança. 

Acrescentou que ao capacitar mulheres, meninas e crianças para atingirem o seu pleno potencial, estará assim, a fazer um investimento estratégico no desenvolvimento a longo prazo da Guiné-Bissau.

O comunicado informa ainda que o projeto será implementado até 2030 em colaboração com o Ministério da Saúde Pública, Ministério da Educação e o Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social, com o objetivo de beneficiar diretamente 111 mil crianças do ensino primário e mais de 200 mil grávidas e raparigas adolescentes, mais de 1 milhão de crianças com menos de 5 anos e 3.500 agregados familiares vulneráveis.ANG/O Democrata

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Telecomunicações/Governo apresenta resultados dos Estudos sobre Cibersegurança

Bissau, 22 Jan 25(ANG) – O ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital, afirma que o Governo reafirma o seu compromisso em impulsionar o sector das telecomunicações e da economia digital como pilares do desenvolvimento nacional.

Marciano Silva Barbeiro que falava hoje na abertura de um ateliê de apresentação pública do resultado dos Estudos sobre Cibersegurança, salientou que, o futuro de qualquer nação moderna está intrinsecamente ligado à sua capacidade de proteger seus sistemas digitais e oferecer aos cidadãos e empresas, um ambiente seguro para prosperar.

“Neste contexto, a Cibersegurança não é apenas uma questão de técnica, mas sim, uma prioridade estratégica. Ela está no centro do nosso compromisso político com a soberania digital, a proteção de dados dos cidadãos e a criação de um ecossistema de inovação capaz de atrair investimentos e fomentar a inclusão digital”, disse o governante.

Silva Barbeiro afirmou que a digitalização deve ser inclusiva e segura, garantindo que ninguém fique para trás, frisando que esse é o guia das políticas e actuação do Governo.

“Os estudos apresentados hoje, destacam os principais desafios e oportunidades da cibersegurança no país e que foram identificadas vulnerabilidades críticas nas infraestruturas digitais, mas também soluções inovadoras e acessíveis para mitigar os riscos”, afirmou.

Disse que, um país sem cibersegurança tem um preço e consequências sem mecanismos robustos de protecção digital dentre os quais, riscos de dados comprometidos, perdas económicas, impacto na soberania nacional e fragilidade dos Serviços Públicos.

“A partir de hoje, o Governo assume o compromisso na construção de um ecossistema digital mais seguro, através da criação da Agência Nacional de Cibersegurança e de Proteção de Dados”, frisou.

O governante sublinhou que são dois pilares fundamentais para garantir que a segurança digital e a proteção de dados não são apenas conceitos, mas sim, realidades concretas que beneficiam os cidadãos e instituições.

Por sua vez, o coordenador do Projecto de Integração Digital na África Ocidental (Wardip), Aníbal Baldé disse o seu objectivo é de alargar a internet de banda larga e promover o comercio online e está constituído por cinco componentes nomeadamente a de conetividade que irá permitir ao país nos próximos anos ter a fibra óptica em todos os cantos do território nacional.

Aquele responsável frisou que, já foram identificados os sítios onde irá passar a fibra óptica, salientando que, se Deus quiser á partir do próximo ano vão iniciar os trabalhos de escovações do terreno para a colocação de cabos de fibra óptica.

“Isso irá permitir a todas as pessoas disporem de internet de qualidade e não o que temos actualmente que não corresponde com os desafios de digitalização de que o país ambiciona”, disse.

De acordo com Baldé existem ainda outros componentes nomeadamente os Serviços Públicos Digitais que permite por exemplo a cada cidadão interagir com o Estado mesmo na sua casa como acontece noutras partes do mundo e basta ter um computador ou telemóvel pode pedir por exemplo um certidão e não precisa de deslocar para fazer longas fileiras.

Disse que isso permite ao Estado arrecadar maior volume de receitas porque, os serviços públicos passarão a funcionar 24/24 horas e não apenas 8 horas.

Aníbal Baldé informou que existe ainda o componente de capacitação que passa em formar os recursos humanos para a manutenção dos equipamentos de telecomunicações.ANG/ÂC

 

Regiões/Presidente da República promete construir a estrada que liga Mansaba à Bafatá

Mansabá, 22 Dez 25 (ANG) – O Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló, prometeu terça-feira, construir a estrada que liga o sector de Mansabá, na região de Oio e Bafatá leste do país.

A promessa de Umaro Sissoco Embalo foi feita durante uma visita de Presidência Aberta, efetuada ao sector de Mansabá, região de Oio norte do país.

Durante o comício efetuado com os populares de Mansabá, Umaro Sissoco Embaló anunciou que o executivo liderado pelo Rui Duarte Barros, já tem um financiamento através dos parceiros, destinado a construção da referida estrada para facilitar a comunidade na transição nas suas movimentações distantes.

“Só para vos fazer confiar, a construção da estrada que liga Safim e Mpak, e Farim/Dungal já está em curso, o país está a caminhar num bom sentido,  promete-vos, que ninguém venha estragar o bom feitio que estamos a fazer pelo seu desenvolvimento”, assegurou Embaló.

Acrescentou por outro lado que, as próximas eleições ainda sem data marcada, será vencido facilmente por ele, na primeira volta.

O Presidente da República apelou por outro lado a comunidade de Mansabá, para não aceitarem a divisão étnica, porque em fim, são todos guineenses.

Assegurou por outro lado aos populares de Mansabá região de Oio, que enquanto for o Presidente da República da Guiné-Bissau, não haverá nenhum desordem.

Em nome dos anciões de Mansabá, Dembó Djité mostrou confiante que os populares local, já confirmaram o segundo mandato ao Presidente Umaro Sissoco Embaló.

“Aproveito o momento, para apelar ao Chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló, no sentido de usar a sua influência, no sentido de mobilizar mais fundos, para melhorar outras estradas em Mansabá”, disse Dembó Djite.ANG/AD/LLA/ÂC        

Aviação civil/União Europeia fornece novo sistema de controlo de fronteiras no aeroporto de Bissau

Bissau, 22 Jan 25(ANG) - A União Europeia inaugurou esta terça-feira, no Aeroporto Internacional "Osvaldo Vieira", em Bissau, o novo sistema de controlo de fronteiras.

O investimento enquadra-se no âmbito de um projecto financiado pela União Europeia com participação de Portugal que visa modernizar e reforçar cadeia de identificação e segurança documental em Cabo Verde e na Guiné-Bissau.

Materializado por onze leitores ópticos de documentos, um servidor, uma rede intranet e 16 computadores, este sistema representa um avanço tecnológico significativo e reforça a segurança e a eficiência no controlo dos passageiros que entram e saem do país, segundo o Embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau Artis Bertulis.

Em declarações recolhidas durante a inauguração terça-feira deste novo sistema no aeroporto da capital guineense, o diplomata considerou que “este momento simboliza o início de uma nova era para a gestão das fronteiras” na Guiné-Bissau e que “este projecto é mais do que tecnologia, é sobre segurança, desenvolvimento e confiança”

Artis Bertulis considerou ainda que ao fortalecer as fronteiras, está a ser criado “um ambiente favorável ao crescimento económico e ao desenvolvimento sustentável, beneficiando as comunidades locais e regionais”.

A Guiné-Bissau tem estado até ao momento na lista dos países mais frágeis no controlo das suas fronteiras.

Em termos concretos, segundo as explicações fornecidas pelo embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, Miguel Silvestre, na sessão de apresentação do novo sistema, trata-se de “um sistema informático de controlo de passageiros que permite optimizar os procedimentos de entradas e saídas, através do reforço da segurança e do aumento da detecção de casos de fraude”, sendo que este equipamento permite verificar “todos os tipos de passaportes, cartões de identidade, títulos de residência e vistos, incluindo a leitura das informações que estão armazenadas nos 'chips' destes documentos”.

Neste sentido, o diplomata português disse que o seu país deu formação a mais de 50 funcionários que desempenham funções no aeroporto internacional de Bissau e em outras fronteiras do país, no sentido de utilizar este novo material.

Por sua vez, ao agradecer o apoio internacional, o Director-geral de Migração e Fronteiras guineense, Lino Leal, mostrou-se convicto de que este equipamento vai contribuir para colocar o Aeroporto de Bissau em conformidade com as regras internacionais.ANG/RFI

      Regiões/ Liceu Regional de Biombo depara com falta de professores

Biombo, 22 jan 25 (ANG) – O Liceu regional de Biombo, em Quinhamel depara com falta de professores nas disciplinas como matemática, física, Química e Educação Visual desde o inicio do ano lectivo 2024/2025.

Em entrevista  ao correspondente regional da ANG, sobre greve de três dias decretada pelo Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), o Director do referido Liceu Nando Carlitos Có disse que  os professores que lá trabalham não aderiram a paralisação.

Nando Carlitos Có destacou o desempenho dos professores, que apesar das suas situações de não efectivo, continuam a trabalhar para que  os alunos possam aprender.

Por seu turno, o diretor do Liceu louvou o trabalho feito da pintura do referido Liceu, contudo lamentou que é com a receita Interno da propina pagas pelos alunos.

A aluna Carlita Carlitos Dju de 9º ano, disse que sem professores não é possível aprender as matérias e cumprir com o programa lectivo.

“Sou aluno do 9º ano e não tenho professores e isso vai refletir na nossa aprendizagem", afirmou Carlita Carlitos Dju, que estuda no referido Liceu público.

Por outro lado disse que além disso, pagam as propinas de que são sujeitos, bem como compram as camisolas, não obstante não existem os professores para dar aulas.ANG/MN/LPG/ÂC

Regiões/ Coordenador do Centro SOS Crianças Talibés de Bafatá considera de “preocupante” situação de “mininos mendigos”

Bafatá, 22 jan 25 (ANG) – O Coordenador do Centro SOS  Crianças Talibés de Bafatá considerou de “preocupante” a situação das crianças que mendigam nas ruas dessa cidade leste do país.

Em declarações ao correspondente regional da ANG, em Bafatá, Malam Baio criticou o facto de existir pessoas que utilizam a religião para os benefícios pessoais.

Disse que, vários meninos são colocados nas ruas e outros deslocam para diferentes sectores que fazem parte da região de Bafatá para pedir esmola.

“Os ganhos obtidos pelas crianças revertem sempre para os mestres corânicos ou cada criança é obrigado a trazer para casa no mínimo 500 francos CFA por dia” afirmou, tendo questionado se aquele mestre tiver 10 crianças quanto e que vai arrecadar em 30 dias.

Malam Baio informou que a religião recomenda que caso o mestre corânico não consegue garantir a alimentação das crianças que ensina a leitura do alcorão, deve fechar a escola  devolver os meninos junto das suas respetivas
famílias e de seguida serem inscritos na outra escola corânica sem que esteja obrigados a mendigar nas ruas, como acontece.

Para superar este problema, Malam Baio apontou o reforço de capacidade em todos os sentido, defendendo a introdução de estudos corânicos no currículo escolar.ANG/WP/LPG/ÂC

Combate ao terrorismo/Níger, Burkina Faso e o Mali vão criar uma força conjunta contra terrorismo

Bissau,22 Jan 25(ANG) - O chefe de defesa do Níger anunciou na noite de terça-feira que vai ser criada uma força regional composta por 5 mil soldados do Níger, Burkina Faso e Mali para combater combater em conjunto o terrorismo na sua região. Estes três países que decidiram no ano passado sair da CEDEAO e formaram a Aliança dos Estados do Sahel pretendem deste modo garantir a sua segurança pelos seus próprios meios.

Numa mensagem difundida ontem à noite na televisão estatal, o Ministro nigerino da Defesa, Salifou Mody, explicou que esta nova força vai dispor dos seus próprios meios aéreos, equipamentos bem como recursos de inteligência e que iria cobrir a totalidade do território dos três países que no ano passado assinaram um pacto de defesa mútuo ao formar a Aliança dos Estados do Sahel (AES).

Ao referir que "a força unificada da AES está quase pronta, com um efectivo de 5.000 pessoas", o governante nigerino referiu que "é só uma questão de semanas até que esta força não seja visível no terreno".

"Estamos no mesmo espaço, enfrentamos os mesmos tipos de ameaças, incluindo esta ameaça de grupos criminosos. Era preciso unir esforços", disse o general Mody ao considerar que esta opção "é nova, é original e é segura para o espaço dos três países e para as suas populações".

De acordo com o Ministro nigerino da Defesa, algumas operações conjuntas contra grupos jihadistas já foram realizadas de forma pontual, nomeadamente na "zona das três fronteiras", onde os ataques são particularmente numerosos.

Os três países da Aliança dos Estados do Sahel constituem um vasto território de 2,8 milhões de quilómetros quadrados que enfrenta constantes ataques de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda ou ao grupo Estado Islâmico há mais de uma década.

Durante este período, a violência tem vindo a agravar-se depois dos golpes militares destes últimos anos no Mali, Burkina Faso e Níger. De acordo com a ONU, os ataques provocaram 2,6 milhões de deslocados na região.

Apesar de a França estar militarmente presente na região há décadas e apesar dos seus contingentes terem sido reforçados em 2013 no âmbito da operação Serval e em seguida Barkhane, os ataques dos jihadistas e de outros grupos criminosos não conseguiram ser impedidos.

Os golpes militares que a partir de 2021 ocorreram no Mali, Burkina Faso e Níger, marcaram uma mudança radical da sua estratégia, cada uma das juntas que tomaram o controlo desses países decidindo prescindir da presença militar francesa nos seus respectivos territórios, antes de oficializar a sua intenção de sair da CEDEAO em Janeiro do ano passado.

Com esta decisão, efectiva a partir do próximo dia 29 de Janeiro, os países da AES pretendem definitivamente virar costas à CEDEAO que acusam de estar ao serviço dos interesses da França, antiga potência colonial.

Ainda recentemente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental pediu aos três países sahelianos para voltarem atrás nesta decisão, mas depois de chegarem ainda no passado a ameaçar com uma intervenção militar, alguns países da CEDEAO mostram agora sinais de que poderiam aproximar-se senão mesmo juntar-se à Aliança dos Estados do Sahel.

Tal é o caso do Togo, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Robert Dussey, garantiu no começo deste mês que o seu país poderia juntar-se à Aliança, argumentando que as populações seriam a favor desta eventualidade.

No Gana, cujo Presidente John Dramani Mahama, eleito no final do ano passado, convidou para a sua posse o chefe da junta do Burkina Faso, antes de receber, há dias, o primeiro-ministro do Mali, não dá sinais de animosidade para com os parceiros da AES.

Estes dois países têm vindo, como aqueles que compõem a AES, a enfrentar problemas de segurança.

A posição do Senegal que no ano passado elegeu um novo Presidente e um novo chefe do governo também tem vindo a evoluir, pelo menos relativamente à presença militar da França. Em finais do passado mês de Novembro, o Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye disse que a "soberania" do seu país "não era compatível com a presença de bases militares" da França no seu território.ANG/RFI

Itália/Polícia prende cidadão marroquino ligado ao Estado Islâmico em Nápoles

Bissau, 22 Jan 25(ANG) - As forças de segurança italianas detiveram hoje de madrugada em Nápoles (centro-sul de Itália) um cidadão marroquino, alegadamente ligado à organização terrorista Estado Islâmico, que já tinha manifestado intenção de efetuar um atentado com arma branca.

divisão especial DIGOS da polícia estatal italiana adiantou num relatório preliminar que entre os potenciais alvos estavam elementos da comunidade judaica de Nápoles.

Os investigadores, que estão a examinar as possíveis ligações de outras pessoas ao principal suspeito, com cerca de 30 anos, pediram para o manter sob custódia enquanto aguardam novas investigações, informa a agência noticiosa AdnKronos.

Por seu lado, a agência noticiosa italiana ANSA adianta que o suspeito é acusado de vários crimes relacionados com terrorismo, com base em múltiplas provas circunstanciais de que era membro do grupo Estado Islâmico e que divulgava todo o tipo de informação e propaganda através da Internet.ANG/Lusa

Médio Oriente/Hamas saúda "heróica operação de esfaqueamento" em Telavive

Bissau,22 Jan 25(ANG) - O grupo islamista Hamas celebrou o ataque com faca que deixou quatro feridos em Telavive na terça-feira, sublinhando que esta é uma resposta à incursão militar israelita em Jenin, na Cisjordânia, que já provocou nove mortos.

"Saudamos a heróica operação de esfaqueamento que ocorreu esta tarde [de terça-feira] em Telavive, demonstrando mais uma vez que a maré da resistência continuará e crescerá enquanto a ocupação [israelita] e os seus crimes continuarem", disse o Hamas num comunicado.

"Esta operação surge como uma resposta natural após a agressão da ocupação [israelita] ter deixado dezenas de mártires e feridos em Jenin, passando uma mensagem eloquente de que o sangue paga-se com sangue e que a mão da resistência atacará com todas as forças e profundamente esta entidade usurpadora", referiu a nota.

Por volta do meio-dia de terça-feira, as forças especiais israelitas invadiram a cidade de Jenin e o campo de refugiados que tem o mesmo nome, onde vivem cerca de 14 mil pessoas, numa incursão militar que poderá durar meses, disse o exército israelita, que afirma querer manter a segurança dos israelitas na Cisjordânia.

Posteriormente, quatro pessoas ficaram feridas num ataque com uma faca em Telavive, de acordo com os serviços de emergência israelita Magen David Adom (MDA) e a polícia.

As vítimas são dois jovens de 24 e 28 anos, que ficaram com ferimentos moderados no tronco, um homem de 59 anos e outro jovem de 24 anos, ambos com ferimentos ligeiros. De acordo com as autoridades israelitas, o agressor foi morto.

O Hamas disse que ações como esta não darão segurança a Israel ou aos seus colonos, mas "pelo contrário, serão um pesadelo que os irá perseguir e que abalará os seus alicerces", apelando ainda aos palestinianos a se levantarem contra as tropas e as milícias de colonos.

Estes episódios, na Cisjordânia e em Telavive, ocorreram no terceiro dia do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.ANG/Lusa

Conflito Médio Oriente/Israel vai permitir que milicianos feridos do Hamas saiam para tratamento

Bissau,22 Jan 25(ANG) - Israel vai permitir que cerca de 50 milicianos do Hamas feridos na Faixa de Gaza saiam diariamente para o Egito por razões médicas, como parte do acordo de cessar-fogo, noticia hoje o jornal israelita Haaretz.

Segundo uma investigação publicada hoje pelo meio de comunicação liberal, o governo israelita aprovou que, a partir da segunda semana do acordo e até ao final da primeira fase de 42 dias, "os membros feridos do Hamas serão autorizados a viajar para o Egito para receber tratamento médico, acompanhados por um máximo de três pessoas que não precisam de ser familiares".

"Nos termos do acordo, o serviço de segurança [nacional], Shin Bet, manterá o poder de veto sobre a identidade dos membros do Hamas que deverão ser tratados no Egito, bem como sobre os seus acompanhantes", refere o relatório.

Os membros feridos do Hamas entrarão no Egito através da fronteira de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que se encontra encerrado desde o início de maio, quando Israel se apoderou militarmente do posto fronteiriço na sequência da invasão terrestre do sul de Gaza.

Na quarta-feira, o diário árabe Asharq al-Awsat noticiou que será a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), sob o comando do Presidente Mahmoud Abbas, a controlar a passagem de Rafah após a guerra, mas o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, negou a informação e disse que a "gestão técnica" já está a ser efetuada por habitantes de Gaza "não filiados no Hamas".

"As tropas continuam a cercar a passagem [de Rafah] e ninguém passa por ela sem controlo prévio, supervisão e aprovação do exército e do Shin Bet", recorda o comunicado, acrescentando que o controlo dos trabalhadores palestinianos na zona será efetuado por uma força de vigilância das fronteiras da União Europeia (UE).

"A única intervenção prática da Autoridade Nacional Palestiniana [no posto fronteiriço] é o carimbo de registo nos passaportes, que, segundo o acordo internacional existente, é a única forma de permitir que os habitantes de Gaza deixem a Faixa de Gaza", acrescenta. 

Terça-feira, o chefe do Estado-Maior de Israel reivindicou que as suas forças mataram cerca de 20 mil elementos do Hamas durante a guerra de 15 meses na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano.

"A ala militar do Hamas foi seriamente afetada. A maioria da liderança da organização foi morta", declarou o general Herzi Halevi num discurso televisivo, horas depois de ter anunciado que iria abandonar o cargo no início de março.

O comandante das Forças de Defesa de Israel (FDI) justificou a demissão com as falhas de segurança que permitiram o ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023 em solo israelita, que provocou o atual conflito.

Halevi disse que cessará funções em 06 de março, quando concluir as investigações sobre o ataque do grupo extremista palestiniano contra Israel, que desencadeou uma guerra de 15 meses, interrompida no domingo por um acordo de cessar-fogo.

Na primeira fase de 42 dias, o acordo prevê a troca de reféns detidos na Faixa de Gaza por palestinianos presos em Israel.

O conflito em curso foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou cerca de 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.ANG/Lusa

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Dia dos Heróis Nacionais/ PAIGC volta a ser impedido de homenagear Amílcar Cabral no Mausoléu Amílcar Cabral

Bissau, 21 jan 24 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné Cobo Verde(PAIGC) voltou a ser impedido de  ceder às instalações do Estado Maior General das  das Forças Armadas para homenagear Amílcar Cabral e outros combatentes.

Califa Seidi, um dos vices Presidente do partido, disse que nas últimas horas receberem informação, através de correspondência, de que  a delegação do PAIGC não pode ter acesso ao local.

O mausoléu de Amílcar Cabral  está nas instalações do Estado Maior General das  das Forças Armadas em Amura e lá estão sepultados os restos mortais de Amílcar Cabral, fundador das nacionalidades  guineense e cabo-verdiana.

 Afirmou que, ontem, segunda-feira foi 20 de janeiro e toda gente sabe, foi neste dia que assassinaram barbaramente em Conacri o Amílcar Cabral. Então desde lá, o PAIGC  e próprio Estado da Guiné-Bissau considera 20 de janeiro como Dia dos Heróis Nacionais.

Califa Seidi afirmou que homenagem ao Amílcar Cabral não será beliscada por este impedimento, porque mesmo estando nas suas respetivas casas ou na sede do partido podem homenagear Amílcar.

“Temos muitos heróis que lutaram pela liberdade e independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, por isso mesmo, nós não podemos de forma alguma deixar passar está data sem redermos  homenagem aquele que foi obreiro principal  da nossa independência, que é Amílcar Cabral”, disse Califa Seidi.

Informou que, a data também  é o culminar de uma série de actividades realizadas no âmbito do centenário de Amílcar Cabral, frisando que, como se lembram  foi a 20 de janeiro de 2024 que iniciou tudo um processo da celebração do Centenário do nascimento de Amílcar Cabral.

“Então, estamos satisfeito com tudo o que foi feito durante a comemoração dos 100oanos de Cabral, que teve o seu ponto mais alta no dia 12 de setembro de 2024, em Bafatá na sua casa natalícia, então de facto todos os guineenses celebraram com certa dignidade o centenário de Amical Cabral. Não só na Guiné-Bissau, mas também em tudo mundo. Tudo o mundo mesmo celebrou 100 anos de Amílcar Cabral”,  afirmou.

O vice Presidente do PAIGC disse que, esta celebração demonstra que a dimensão de Amílcar Cabral, ultrapassa os países que lutou para suas libertação, ou seja é uma dimensão multifacetada, daí que é motivo de satisfação por aquilo que tem sido a celebração mais digna feita pelas entidades, instituições e países.

“Nós sempre inspiramos nos pensamentos de Amílcar Cabral, tanto nas ações revolucionárias, na arma de teoria de Amílcar. Portanto com a sua morte todos pensavam, sobretudo o regime colonial, que ia acabar com o PAIGC e com luta, pelo contrário inspirou e motivou ainda mais os combatentes e deram de facto aquele golpe final no mesmo ano em que foi assassinado pelo  colonialismo em 1973 e em 1974 foi apenas o ano de formalização da independência, proclamada em 1973.

Embora, conforme   Califa Seidi,  muitos dizem que a independência foi 1974, por ser o ano que o colonialismo português reconheceu o Estado da Guiné Bissau, salientando que, não o Estado da Guiné-Bissau já tinha sido reconhecido por maioria dos  países ao nível do Sistema da Nações Unidas.

Adiantou que, Portugal tinha só que acompanhar, porque não tinha outra alternativa se não aceitar a independência e o Estado da Guiné Bissau.

“Por isso que nós pensamos que o PAIGC vai  inspirar sempre nos ideais de Amílcar Cabral. Ele fundou o partido,  porque tinha ideia clara de que era necessário criar um partido e não uma Frente ou Movimento de libertação, apesar das exigências que isso implicava na altura, que é a mesma coisa que criar um Movimento, razão pelo qual ele, Cabral, dizia que o PAIGC não é para a independência, mas sim o PAIGC é da independência”, revelou Califa Seidi.

Instado a falar se vão inspirar nas ideias de Amílcar Cabral para lutar pela consolidação da democracia, o vice presidente do PAIGC disse que sim, alegando que é  por isso, que estão a homenageá-lo e que ninguém lhes pode impedir.

Questionado ainda  sobre o facto dos ideais de Amílcar Cabral, dos quais é a liberdade e justiça, mas que no entanto o PAIGC continua a reclamar pela  liberdade e justiça, Califa Seidi disse que de facto há pessoas que pretendem sequestrar esta independência e essa liberdade, prometendo que vão continuar a  lutar para reconquista da independência e para resgatar a liberdade alcançada.

“Porque Amílcar Cabral lutou até a morte. Ele não quis ser amarado. Se tivesse aceite talvez não estaria morto, mas recusou porque estamos a lutar para libertarmos das amaras do colonialismo português e de tudo que era impedido de fazer como um povo livre”, sustentou o vice Presidente do PAIGC.

 Acrescentou que  agora também não podem de forma alguma, qualquer que seja circunstância, deixar  de lutar pela liberdade que neste momento alguns estão a tentar  privar-lhes desse valor conquistado através de uma luta árdua.ANG/LPG/ÂC

Regiões/ Coordenador do  Movimento Cívico  “Bissorã Rumo a  Mudança” preocupado com más condições das estradas

Bissorã, 21 jan 25 (ANG)  - O Coordenador do Movimento Cívico de Bissorã “Bissorã Rumo a Mudança” no sector com o mesmo, na região de Oio, norte do país, manifestou-se preocupado sobre as  más condições de estrada que liga o referido sector a Porto de Barros.

Segundo o despacho do correspondente regional da ANG, a distância entre o sector de Bissorã e o porto de Barros é de 27 quilómetros.

Devido as más condições da estrada local, Ussumane Djaló  disse que custo de transporte para  população residente nesta zona  é muito elevado, que chegam a  pagar 5000 mil francos CFA.

“Estes valores são cobrados por motoristas, às pessoas que querem participar na Feira Popular (lumo) realizada no sector de Bissorã e que neste momento não há uma viatura de transporte para o porto de Barros”, lamentou o Coordenador do Movimento Cívico de “Bissorã Rumo a Mudança”.

A referida zona conta com 3 secções, nomeadamente de sessão de  Brufa, Lador e Forol.

Por isso, Ussumane Djaló pediu ao Governo para melhorar as condições dessa estrada para  minimizar o sofrimento dos  populares.ANG/ AD/LPG/ÂC

Regiões/Grupo Compuduris de Paz, (San-Bontche),  da região de Oio realiza palestra alusiva ao Dia dos Heróis Nacionais

Bissorã, 21 jan 25 (ANG) -  O coordenador do Grupo “Compudures de paz” de sector de Mansaba região de Oio, norte do país, realizaram uma palestra, alusiva ao Dia dos Heróis Nacionais, assinalado no dia 20 de janeiro.

A referida palestra, segundo o despacho do correspondente regional da ANG, na região de Oio, decorreu no sector de Mansaba e sob  o lema “Imigração clandestina”.

O tema foi honrado por Vladimir Cuba e durante o qual defendeu a realização de mais eventos para sensibilizar os jovens sobre as consequências de imigração ilegal.

Na ocasião, António Tchuda  disse estar preocupado com aumento do número de jovens que optam por imigração irregular em busca de melhores condições de vida.

Tchuda disse que, a maioria dos jovens  morreram na tentativa de chegar a Europa via ilegal.

Exortou ao executivo no sentido de trabalhar para garantir o emprego aos jovens como forma de reduzir a perda das suas vidas na tentativa de chegar a Europa a todo custo.

Destacou a figura de Amílcar Cabral na luta pela libertação do povo guineense e cabo-verdiana.

O dia  de 20 de janeiro é data em que assinala o assassinato de Amílcar Cabral, aquele que foi considerado o fundador das nacionalidades guineense e cabo verdiana.ANG/ AD/LPG/ÂC