Rabat/VIII Assembleia-geral da FAAPA
Rabat, 23 Jan 25 (ANG) – A VIII Assembleia-geral (AG) da Federação Atlântica das Agências de Notícias Africanas(FAAPA), sedeada no Reino de Marrocos cumpre, esta quinta-feira, o segundo e último dia de trabalhos com análises de assuntos relacionados à organização fundada em Outubro de 2014 e que integra 25 Agências de Notícias africanas, inclusive a ANG.
Na Ordem do Dia para este segundo dia de trabalhos, o destaque recai sobre a apresentação do Plano de Ação para o presente ano, que inclui formação de jornalistas e técnicos das Agências de Notícias de países membros.
Desde a sua fundação, a FAAPA tem assegurado a capacitação profissional dos profissionais das Agências de Notícias filiadas, havendo casos em que disponibilizou apoios em equipamentos.
O tema central da VIII AG da
organização que integra quatro países lusófonos: Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe é “a
s Agências de Notícias Africanas, alavanca da Promoção da Soberania Sanitária do Continente”.
“O desenvolvimento da soberania sanitária, à escala continental, representa um desafio que interpela todas as forças vivas do continente, pelo que a media e particularmente as agências de notícias nacionais devem, em conjunto, assumir o papel de produtor de informações fiáveis, lutar contra as falsas notícias e sensibilizar o público sobre as questões da saúde pública, num quadro de cooperação e desenvolvimento comum”, refere um comunicado da FAAPA, à que a ANG teve acesso.
Discursando na cerimónia de abertura dos trabalhos, quarta-feira, o Presidente da FAAPA, Fouad Arif, destacou que a temática a volta da qual se realiza a VIII AG se inscreve numa realidade de equívoco de um continente onde os desejos de saúde pública estão no centro das preocupações dos dirigentes e das populações.
Acrescentou que o continente africano foi, por muito tempo, confrontado com desafios sanitários, doenças infeciosas, desigualdade no acesso ao tratamento, e dependência de importações farmacêuticas.
“Estes desafios aumentaram com as crises sanitárias ocorridas, tais como a de HIV-Sida, de Ébola, de Paludismos, e mias recentemente da pandemia da Covid-19 e a Mpox”,disse Fouad Arif, o também Diretor-geral da Agência Marroquina de Noticias, (MAP).
Para o ministro da Juventude, Cultura e Comunicações de Marrocos, Mohamed Mehdi Bensaid, não há soberania com uma saúde delegada à terceiros.“Um modelo sanitário integrado, tal como quer Sua Majestade, o Rei Mohamed VI para o nosso continente não pode existir e se consolidar sem formação e sinergias entre as nações africanas. É por isso que a colaboração das Agências de Notícias africanas é imprescindível. Vocês são os nervos que vão estabelecer a conexão desta dinâmica coletiva que deve representar o nosso continente, cheio de potencialidades, e que devemos cultivar”, disse o governante.
A VIII AG da FAAPA deve encerrar, quinta-feira, à tarde, após entrega de prémios no valor de mil dólares cada, aos vencedores do Prémio de melhor reportagem escrito, melhor foto e de melhor reportagem vídeo. ANG//SG
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