Síria/ Assad fugiu
depois de Moscovo ter recusado pedido para criar mini estado
Bissau, 27 Jan 25 (ANG) - O Observatório
Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) revelou hoje que o ex-presidente da Síria,
Bashar al-Assad, fugiu do país depois de Moscovo lhe ter rejeitado um pedido
para criar um "mini-estado" na costa mediterrânica síria.
Citando "fontes fiáveis", a
organização com sede no Reino Unido que dispõe de uma vasta rede de
informadores na Síria, disse que a Rússia, principal aliado do presidente
deposto, alegou que o pedido de Assad iria dividir a Síria.
A organização não especificou a cidade onde o ex-líder esperava
criar o "mini-estado", embora se acredite que fosse Latakia e Tartus,
onde a comunidade alauita, à qual pertence a família Assad, é maioritária,
segundo a agência espanhola EFE.
A Rússia tem uma base naval em Tartus e uma base aérea em
Latakia.
O OSDH disse que Assad esperava que o Irão, outro grande aliado
do regime derrubado pelos rebeldes no domingo, o apoiasse "na guerra
contra o seu povo".
"Mas as milícias iranianas abandonaram-no após a batalha de
Alepo, tal como os russos (...) após a derrota das forças do antigo regime em
Hama", acrescentou, referindo-se às primeiras vitórias militares dos
rebeldes.
Bashar al-Assad fugiu com a família no domingo e pediu asilo
político na Rússia, depois de uma coligação de rebeldes ter conseguido tomar Damasco
e anunciado o fim de cinco décadas de poder da família do ex-presidente.
A coligação vitoriosa é liderada pela Organização Islâmica de
Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe) e inclui fações
pró-turcas.
Os rebeldes lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de novembro a
partir da cidade de Idlib, um bastião da oposição, e conseguiu expulsar em
poucos dias o exército de Assad das capitais provinciais de Alepo, Hama e Homs,
abrindo caminho para Damasco. ANG/Lusa
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